Meu Céu Violeta

Capítulo 21- Caixa de mensagem

Violet PDV

Chegar finalmente na casa de Edgar não tinha sido fácil, mas eu tinha cumprido a minha promessa de chegar o mais rápido possível. Uma mulher abre a porta para mim assim que eu cheguei.

-Você deve ser a mãe da Alice. - Ela fala. - Por favor entre.

-Onde ela está?

-No quarto dela com o Sr. Lunther ele não saiu de perto dele desde o ocorrido.  Venha eu vou levar você até  lá.

A mulher parecia bem simpática, mas eu não conseguia me concentrar em nada só pensava na minha filha e em como ela estava. Fui levada pela enorme casa bem estilo inglesa e antes de subir as escadas vi a única pessoa que não queria esbarrar naquele momento.

-Você novamente? - Georgia fala descendo as escadas como se estivesse em um concurso de miss.

-Vim ver minha filha soube do ocorrido com o bichinho de estimação dela. - Falo tentando ser normal com ela, mas era difícil olhar para aquela cara de barbie desclassificada dela sem ficar enojada.

-Bem dramático o que aconteceu, era apenas um roedor, não deveriam dá tanta importância assim. - Ela fala como se o que estava acontecendo não fosse nada demais me aproximo dela até ficarmos cara a cara, mesmo que ela fosse bem mais alta que eu.

-Não era apenas um roedor, era o bichinho de estimação de uma garotinha que o considerava como um melhor amigo, mas não vim aqui gastar minhas palavras com você, se me dê licença minha filha precisa de mim.

Passo por ela que não estava com uma expressão nada alegre depois do que eu falei, volto a seguir a mulher que me recebeu e ela me leva até o quarto de Alice, bate na porta antes de abrir. A cena que eu vi foi uma que eu nunca pensei que veria, estava Alice dormindo na cama abraçada com seu unicórnio de pelúcia, um cachorro enorme que mais parecia um lobo estava deitado por baixo das pernas dela na cama e ao seu lado sentado em uma poltrona lilás cheia de arco iris estampado estava Edgar ele cochilava e nem notou minha presença ali, me aproximo um pouco e acho que ele finalmente me notou pois logo abriu os olhos e quando me viu se levantou.

-Violet! Não sabia que já tinha chegado. - Ele fala parecendo cansado, cogito que ele não tenha saído de junto de Alice.

-Como ela está? - Pergunto indo até Alice.

-Bastante triste, foi uma noite difícil, quando ela finalmente parou de chorar pegou no sono. - Sento na beirada da cama e toco na testa dela e percebo que sua temperatura estava elevada.

-Ela está febril?

-Sim, foi um choque muito grande pra ela, mas não se preocupe eu chamei um médico até aqui e ele já medicou ela e disse que essa febre é apenas consequência do estresse que passou.

-Minha anjinha, detesto vê-la assim. - Falo tocando seus cabelos, observo seu rostinho sereno dormindo. - Como aconteceu? -Pergunto sem tirar os olhos dela.

-Eu não sei muito bem, nos tínhamos passado o dia juntos eu a levei para o minha empresa para conhecer tudo lá, segundo ela tinha deixado o bichinho na gaiola aqui no quarto, mas acho que ela não deve ter trancado muito bem e o bichinho fugiu, eu sempre pago para dedetizarem a casa, não sabia que tinham feito dedetização a pouco tempo então acho que ele deve ter comido o veneno...

-Pobre Chris Morris. - Falo triste pela morte dele. - Estava conosco há três anos, Alice amava aquele porquinho da Índia, tratava ele como um melhor amigo.

-Eu sei disso, eu me sinto culpado pelo que aconteceu. - Olho para Edgar ele parecia arrasado. - Mal a nos conhecemos e já falhei como pai.

-Você não falhou. - Falo firme. - Infelizmente coisas ruins acontecem não tem como evitar, não se culpe por isso tenho certeza que a Alice não pensa que nem você.