Boa noite, é agora que as coisas finalmente começam.
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Louis Tomlinson havia flertado comigo. Eu tinha certeza e isso me matou o dia inteiro, mesmo após eu rir e dizer "idiota", continuando um assunto aleatório com ele. Agora, nós estamos deitados na grama de sua casa, encarando as estrelas, um do lado do outro.
- A vida não é estranha?
- O quê? – Pergunto confuso, ainda olhando para as estrelas. Deixando de lado qualquer surto interno, tentando entender o que ele queria dizer com isso.
- Não sei, mas você nunca parou para pensar como tudo o que acontece, às vezes, é estranho?
- Na verdade já, mas se ficar pensando muito eu enlouqueço.
- Eu não consigo parar de pensar.
- Coloque esses pensamentos para fora. – Ouço um suspiro vindo dele e surge um tempo de silêncio, o que me faz pensar que ele não iria falar.
- Por exemplo, não chega a ser patético pensarmos que estamos sozinhos nesse universo? Tipo, se toda a transformação aconteceu com o nosso planeta, por que não pode ter outros que apenas não conhecemos?
- Sinceramente? Eu não acho que sejamos os únicos. Como você disse, com tudo o que aconteceu com o nosso planeta, não é possível que sejamos os únicos.
- Exatamente! Outra coisa é o fato de aqui é tudo tão perfeitinho, é muito estranho.
- Uns dizem Deus, outros dizem natureza. – Dou de ombros, sem saber ao certo aonde essa conversa iria parar. Louis parecia estar tendo uma crise existencial.
- Eu não sei o que achar disso, é bizarro.
- Eu também não.
- Você acredita em Deus?
- O Deus que me apresentaram é um que me julga e irá me castigar eternamente no fogo. Não sei o que pensar.
- Por que Ele iria te castigar?
- Por pecar, ir contra a sua palavra e não sentir arrependimento disso.
- Não acho que ele iria te castigar assim. Mas não posso falar com certeza, eu também só conheci o Deus castigador.
- Como começamos a ter essa crise existencial? – Pergunto e logo após escuto sua risada pelo ambiente, fazendo meu peito vibrar. Então, apenas querendo admirar a beleza que Louis Tomlinson tem, sento-me sob a coberta e fico de frente para ele, vendo o sorrisinho de canto habitual em seu rosto.
- Eu não sei, mas eu olho para as estrelas e começo a pensar muitas coisas.
- Eu também costumava pensar muito. Quando era criança, pensava que talvez a minha alma gêmea também estivesse olhando as estrelas, então, desse modo, nós estaríamos nos olhando. Eu era uma criança boba.
- Ei, eu achei fofo.
- Ah claro. – Mesmo com o sarcasmo em meu tom, eu não pude evitar de rir. Lembrar do Harry criança traria muitas vergonhas para a minha mente. Me trazendo de volta ao mundo real, Louis se movimenta e rapidamente encontra-se sentado de frente para mim. Havia um lindo sorriso em seus lábios e eu estava suspeitando que meu coração não aguentaria muito mais tempo.
Eu poderia se quer ser menos rendido por ele?
- Eu costumava pensar que as luzes de natais eram para mim, já que faço aniversário perto do natal.
- Adorável.
- Patético.
- Ei! Não é não.
- Claro, se você diz... – Ele dá de ombros, fazendo pouco caso.
- Que dia é seu aniversário?
- dia 24.
- Falta apenas uma semana, Lou!
- É, uma semana. – Pendo minha cabeça para o lado, tentando entender porque ele parecia tão triste.
- Por que você não está animado? É seu aniversário!
- Sim, mas também é apenas um dia qualquer.
- Não é, não!
- Eu apenas não gosto. – Sua expressão estava mudando para uma mais irritada, ele apenas dá de ombros e eu suspiro ao mesmo tempo. Não queria deixá-lo irritado.
- Tudo bem, me desculpe.
- Você não tem culpa. Está tudo bem.
- Ok, então... o que acha de voltarmos a ver as estrelas?
- Sinceramente? Eu estou bem observando você. – Eu poderia dizer que há fogos de artificio dentro do meu corpo. Essa é a única explicação para senti-lo vibrar tanto. Mas havia também o sorriso em meu rosto, além do rubor em minhas bochechas. Eu fui pego desprevenido e estava definitivamente com vergonha.
Louis estava flertando comigo descaradamente.
Ele não poderia me beijar logo?
- Então podemos apenas ficar olhando um para o outro.
- Eu tenho uma ideia melhor. – Encaro Louis, que ainda estava com um sorriso de canto nos lábios, em dúvida. Então, seu corpo se aproximou um pouco do meu e talvez eu tenha entendido que ele ainda estava flertando comigo. Afinal, ele estava muito próximo.
- Qual seria? – Seu hálito agora batia em meu rosto e eu não sabia mais como respirar. Tinha cheirinho de framboesa, talvez fosse a bala que ele estava antes. Eu respiro fundo e deixo meus olhos vagarem dos seus olhos até a sua boca, podia sentir minhas mãos soarem, excitadas com a possibilidade do que poderia acontecer, e meu coração batia fortemente contra o peito. Ele iria me beijar?
- Você tem a chance de falar que não quer isso. – Sua voz sai em um sussurro e não posso conter o arrepio que passa por meu corpo. Eu queria aquilo, não queria? Eu queria seus lábios nos meus, suas mãos por meu corpo e as minhas por seu cabelo.
Sim, definitivamente eu queria.
Então, surpreendendo até mesmo a mim, minhas mãos vão para a lateral de seu rosto e eu me aproximo, dando apenas um selar de lábios. Posso então sentir o seu sorriso aumentando e suas mãos vão para as minhas costas, me aproximando mais ainda de seu corpo. Seus lábios se mexiam contra o meu, experimentando apenas a sensação boa.
Eu poderia ficar ali para sempre.
Suas mãos passeavam por minhas costas e iam subindo, quando ele chega a minha nuca, puxa ela e pede passagem, para assim aprofundar o beijo, e, no momento que sua língua toca a minha, eu posso sentir meu estômago se revirando. Minhas mãos vão para o seu cabelo, puxando-os e me deliciando com a sensação de tê-los na ponta dos dedos. Sua língua se arrasta pela minha de forma calma, mas porra, é tão lento que parece uma tortura.
- Você não imagina o quanto quis fazer isso.
- Eu tenho uma noção. – Sorrindo, suas mãos me puxam ainda mais para perto e eu acabo sentando em seu colo. Coloco meus braços em volta de seu pescoço e volto a me aproximar, beijando seus lábios.
Seu gosto era tão bom que poderia facilmente se tornar o meu novo sabor preferido.
Poderia ficar a noite toda ali, as férias todas, em seu colo, puxando seu cabelo e fazendo ele ir de encontro a mim, sentindo sua língua me torturar de tão devagar que era. Eu quero ficar a noite toda aqui.
Naquela noite, ao menos, não me importei com consequências, não me importei com o quão gay estava sendo nem se iria ser estranho no outro dia, não me importei com meus pais, com suas palavras preconceituosas nem seus castigos. Eu só movi minha boca contra a de Louis, puxando e mordendo seu lábio inferior, ansiando sempre por mais.
- Ah Harry, você está me levando do céu ao inferno em questão de segundos e eu adoro isso.
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Home (l.s)
Fanfiction"Eu quero os lábios dela, porque eles têm o seu gosto. Sim, eu apenas quero me afogar nela, porque ela tem o seu perfume. Será demais pedir você para mim? Eu apenas queria permanecer em seus braços." Harry possuía uma única certeza em sua vida: ele...