Capítulo 22

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Olá, olá! Boa leitura :) 

>.<

Acontece que a casa, na verdade, era um apartamento. Um apartamento pequeno e extremamente aconchegante. Seu gato estava deitado no sofá, levantou a cabeça apenas um pouquinho e voltou a dormir. Eu ri, me aproximando dele com um extremo cuidado, falando manso para fazê-lo abrir os olhos e poder fazer carinho. Eu queria um gato. Irei falar com vovó depois de tudo isso sobre a possibilidade.

- Está com fome?

- Não.

- Quer um chá? Água?

- Um chá, pelo amor de deus! – Louis ri de minha entonação desesperada, voltando para a cozinha. Já que ele iria demorar pra retornar, sentei-me no sofá e puxei todo o ar possível para meus pulmões. O gatinho ronronou e veio para o meu colo, passando a cabeça diversas vezes por minha barriga.

- Veja só, você é um doce! Liam tem sorte em ter você. – Faço carinho em sua cabeça, fazendo-o fechar os olhos e encostar a cabeça em minha mão. Nós ficamos ali por alguns minutos a mais até Louis voltar da cozinha com duas xícaras de chá de camomila.

- Vejo que ele gostou de você.

- Ele é um doce. Irei pedir para vovó me dar um gato quando for morar com ela.

- Tenho certeza de que ela te dará um. Seu aniversário é que dia?

- 1 de fevereiro. Ainda teremos um mês todo pela frente.

- Você consegue, não é? – Sua voz por mais firme que seja, ainda assim exalava incerteza e preocupação. Solto um suspiro, tomando um longo gole da bebida quente.

- Bem... eu aguentei até agora, terei que suportar mais um mês.

- Suas aulas voltam quando?

- Dia 15 agora, tudo fica cada vez melhor. Nem mesmo sei mais se tenho algum amigo naquele colégio.

- Oh, baby, eu sinto muito. – Seus braços acolhedores estão rodeando meu pescoço e me trazendo para perto, e eu juro que poderia passar a eternidade neles.

- Está tudo bem, não é culpa sua.

- Se eu não tivesse dito nada, nada disso estaria acontecendo.

- Meus pais dariam um jeito de acontecer, eles são obcecados, Lou, obcecados! Agora, por favor, podemos falar de coisas boas? Me conte seus planos para esse ano.

- Estava pensando em voltar a estudar para entrar em uma faculdade, ainda não sei o curso, mas pelo menos tomar a iniciativa, sabe? Então iria ajudar sua avó ainda porque preciso de dinheiro para manter todos os custos, certo? Mas, é basicamente esse o meu plano ainda, sem contar com fevereiro, no qual planejo atormentar muito um certo garoto com cachinhos. – Sorrio grande ao sentir a pressão de seus lábios no topo de minha cabeça e me aconchego mais nele, ficando extremamente confortável.

- Nós iremos conseguir, não iremos?

- Sim, nós iremos conseguir. Eu te amo, gatinho.

- Eu também te amo. – Não sei quando dormi, mas sua mão deslizando pelo cachos de meu cabelo somente foram um grande impulso.

~*~

O sol não havia nascido quando eu abri meus olhos, a sala estava escura, não sendo por uma luz que vinha pela minha frente, devido a porta aberta. Minha visão embaçada percebeu silhuetas nervosas e minha mente finalmente foi capaz de processar o som, permitindo compreender que era uma briga, uma briga extremamente horrorosa. 

- Solta ele! – Gritei, me levantando do sofá ao ver meu pai erguendo Louis pela blusa, prestes a dar um soco nele.

- Finalmente o outro viadinho abriu os olhos. Nós estamos indo embora. 

- Solta ele! Ele não te fez nada! 

- Oh, ele fez sim. Saia desse apartamento e entre no carro, Edward, antes que eu perca a paciência. 

- Como você me achou?! 

- Detalhes não são necessários para você. Entre no carro, agora! 

- Solte ele primeiro! Eu posso ser seu saco de pancadas por meses, mas não faz nada com ele! – O nervosismo já estava tomando posse de todas as partes de meu corpo, me deixando tremer do dedinho do pé a ponta do cabelo. Louis estava se debatendo, ficando com a cara branca e a respiração mais dificultada. Deus realmente deve me odiar muito. – Ele não consegue respirar! Deixe-o ir!

- Eu juro Harry, se você não passar por aquela porta em menos de 1 minuto, eu vou processar esse viadinho por sequestro! 

- Eu estou aqui por vontade própria, mas eu vou com você, eu só o quero no chão, onde humanos devem ficar. 

- Será a palavra de seus pais contra a sua, um adolescente totalmente persuasivo! Então, se não quer que essa bicha seja presa e morta, entre agora naquele carro, você não tem opção de escolha aqui.

- Lou... eu sinto muito, eu não... eu não queria que fosse...

- Ha-harry... não...

- Entre naquele carro, Edward! – A voz furiosa fez até o gato miar assustado, e eu corri para o carro, dando um último olhar para o moreno, implorando para ele ficar bem e sem nenhum machucado. Eu jamais iria me perdoar se ele se machucasse por minha causa.  

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