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Capítulo 19

Olá pessoas amadas, como vão? 

Apenas mais um capítulo para vocês, estamos quase acabando, hein? Pretendo finalizar essa fic ainda esse ano para ano que vem lançar histórias originais. Então é isso, boa leitura e não esqueçam da estrelinha e dos comentários, obrigada :) 

>.<

- Você disse isso mesmo? – Gemma pergunta após um tempo apenas me escutando. Nós estamos em meu quarto, sentados na cama e eu estou agarrado em um travesseiro, escondendo minha cara para não ver a decepção em seu rosto. Eu fui um babaca ontem, definitivamente um babaca. Eu sei que ela iria falar isso, iria deixar claro e iria me mandar ir atrás dele. Ela teria toda a razão, era a minha vez de redimir o que fiz. Apenas... falta toda a coragem da coisa.

- Sim... – murmuro, deixando um suspiro escapar logo após.

- Harry, você sabe que foi babaca, não é?

- Argh, Gemma, sim, agora eu sei...

- Então, o que você vai fazer?

- Eu não sei?

- Você precisa falar com ele!

- E o que eu falaria? – A encaro, na profunda esperança de que ela diga tudo o que precisarei.

- Acho que "desculpa por ser um babaca", é um ótimo começo.

- E se ele estiver com raiva de mim?

- Oh, Harry, ele mesmo disse pra você ir procurar ele. Então, é bem provável que não esteja com tanta raiva. – Suas mãos fazem um cafuné gostoso em meu cabelo, então viro o rosto até poder respirar ar puro e respiro fundo, tentando fazer meu coração parar de bater tanto.

- Mas, e se ele estiver?

- Você só vai saber se ir atrás. Ande, passe uma água no rosto, melhora essa cara e vai atrás dele. Eu seguro o seu pai se ele estiver por perto, não se preocupe. – Sorrindo, levanto da cama com uma rapidez que não sabia que possuía e vou em direção ao banheiro, deixando um beijo em sua bochecha primeiro.

~*~

Dei voltas e mais voltas por onde ele costuma trabalhar, mas nada de achá-lo. Estava tão cansado de andar que lembrei de alguns banquinhos que vovó pediu ao meu avô para colocar para ela poder olhar pelo horizonte ao entardecer. A vista de lá ficava simplesmente magnífica. Então, ainda a poucos passos de lá, eu o vi. Sentado em um dos bancos, Louis estava de costas para mim, os ombros totalmente caídos e a pose confortável. Caminho mais lentamente, o medo voltando a corroer parte de meus ossos. Se ele fosse grosso comigo, não sei se poderia suportar. Talvez ele esteja no seu direito? Apenas talvez, mas não iria suportar igual. Sento calmamente na madeira, ainda permanecendo em silêncio, apenas olhando o céu e escutando a respiração dele.

- Me desculpe. – Sussurro tão baixo que quase eu mesmo não posso escutar.

- O quê? Não escutei.

- Me desculpa por ser um babaca com você.

- E?

- Um idiota.

- E?

- Louis! – Reclamo, finalmente virando minha atenção para ele. Suas olheiras eram perceptíveis, seu rosto cansado e um pouco mais magro, mas havia um sorriso bonito e brincalhão ali agora.

- Certo, gatinho. – Ele passa seus braços ao redor de mim, me puxando para ainda mais perto. – Você está perdoado. - Sorrio, apreciando o calor de seu corpo perto do meu.

- Obrigado, e de verdade, me desculpe.

- Está tudo bem, ok? Não se preocupe.

- Certo. – Deixo minha cabeça encostar em seu ombro, observando uma silhueta magra ao longe, caminhando.

- Ela ainda está aqui?

- Infelizmente sim, seus pais ligaram para a minha avó e eles pareciam tão contentes que estávamos sendo amigos novamente, que ela não teve coragem para contar, então até o ano novo, teremos ela aqui.

- Meu pai me encurralou ontem... ele está desconfiado de nós dois.

- Oh baby, por isso você estava daquele jeito?

- Também, apenas foi... muito complicado. A parte da insegurança e o que aconteceu naquele dia juntos não são uma boa combinação, sabe? Mas você tem razão, se eu quero algo com você, precisamos de confiança um no outro. – Dou de ombros, tentando apenas ir para outro assunto.

- Harry, o que ele disse?

- Apenas... o de sempre, que ele vai me ensinar a ser homem e que eu vou me arrepender.

- Eu sinto muito. – Seus braços passam ao meu redor, me puxando para um abraço de lado. Deus, como senti falta desse contato. Viro meu rosto até estar com o nariz em seu pescoço e respiro fundo, sentindo todo o seu perfume. Louis tem cheiro de casa.

- Quando eu fizer 18, virei para cá tão rápido que o flash não poderá mais ser o homem mais rápido do mundo. – Murmuro, arrancando uma gargalhada dele.

- Acho um ótimo plano, quanto menos você ficar perto deles, melhor.

- Minha saúde mental agradece.

- Baby, apenas tente tomar cuidado com ele, sim? Eu não aguentaria te ver machucado.

- Tudo bem, podemos mudar de assunto? Amanhã é véspera da véspera de ano novo!

- Sim! Graças a deus esse ano está acabando. Vocês vão passar aqui, não é?

- Eu acho que sim, na verdade, eu espero muito que sim. Se formos passar aqui, fica mais fácil fugir à meia-noite com você.

- Fugir à meia-noite comigo, é? – Seu tom é provocativo, me fazendo corar dos pés a cabeça.

- Para de pensar coisas erradas, seu pervertido! Eu sou uma alma inocente, como pode pensar algo assim de minha pessoa?

- De inocente você não tem nem a cara, Harry Styles. – Sorri ladino, alcançando meus lábios com o seu em um beijo urgente. Sim, eu definitivamente morreria de abstinência se ficasse mais algum dia longe dele.