Home (l.s)

Capítulo 4

Depois que Louis me deixou em casa, especificamente em frente a porta dela e indo embora apenas quando me viu fechar a porta na cara dele, eu troquei a roupa por um short moletom e deitei na cama, suspirando.

Ele é tão bonito.

Louis parecia o típico cara que mexe com seu psicológico e te provoca só para te deixar com vontade depois. Por incrível que pareça, eu estava disposto a ser provocado, contanto que também provocasse e definitivamente não ficasse somente na vontade. Eu o conhecia a exatos dois dias, mas poderia facilmente ter sua boca colada na minha sem problema algum.

- Harry, acorde amor. – A voz de vovó me faz sentar na cama, dando um sorriso pequeno para ela. – Ah, já está acordado. Por que não levantou? Vá se arrumar, tomar café e vamos para a cidade comigo, preciso comprar algumas coisas.

- Tudo bem, vovó. – Ela manda um beijo e sai do quarto, fechando a porta atrás de si. Pelo visto hoje não iria ajudar Louis, inferno.

~*~

- A cidade cresceu? Pensei que já havia atingido o seu auge. – Holmes Chapel estava diferente do que a última vez que estive aqui. O estilo de cidadezinha pequena do interior definitivamente havia ficado fora de moda para ela. Nós estamos andando lado a lado no centro da cidade, onde havia várias lojas novas, inclusive restaurantes, bares e cafeterias.

- Oh querido, tudo costuma mudar em quatro anos. – Vovó pega minha mão, dando dois tapinhas. Eu olho para baixo, sentindo um pouco de crítica em sua voz.

- Desculpe, eu juro que implorei para eles virem antes, eu teria vindo sozinho se tivesse dinheiro.

- Se tivesse dinheiro? Querido... – Ela para de andar e, como ainda está segurando minha mão, eu também paro de andar. Seu semblante está confuso, mas ela tenta disfarçar. – Eu não o culpo, ok? Me escute com atenção, você não tem culpa de nada, você ainda não é maior de idade e infelizmente depende daqueles dois. Eu amo você e estava apenas com saudades. – Sorrio aliviado imediatamente ao sentir seus braços em volta de mim. Senti tanta saudades.

- Obrigado, vovó. Eu também te amo.

- Agora vamos falar sobre coisas boas. Como foi seu dia com Louis? – Nós nos separamos e voltamos a andar de braços dados.

- Ah, foi bom. Como a senhora o achou?

- Eu e a avó dele fomos próximas na adolescência, um dia recebi um e-mail dela pedindo para ir lhe visitar e ele estava lá. Você precisava ver, Harry, ele estava tão feliz e radiante. Enfim, passei apenas duas semanas com eles e logo voltei para casa. Quatro meses atrás eu recebi um telefonema dela e ele apareceu na porta da fazenda, chorando e implorando para eu deixá-lo ficar.

- Mas o que aconteceu? Ele me disse que foi expulso de casa.

- Oh sim, ele foi. Eu não posso lhe contar o que aconteceu, isso ele irá ter que falar.

- Tudo bem, ele realmente parece ser uma boa pessoa.

- E ele é, ele me ajuda tanto, Harry, eu realmente não sei o que seria de mim sem ele. O Louis é como um neto, um neto muito querido.

- Eu fico feliz por você, vovó, a senhora não precisa se esforçar mais tanto assim, nem ficar sozinha naquela casa imensa.

- Talvez esse ano eu tenha meus netos comigo, quem sabe? Gemma já está morando lá. Harry, você sabe que temos ótimas escolas e que você é bem-vindo, não é? – Fico confuso com o fato de Gemma estar morando lá, e seus pais? Mas, quando seu olhar carinhoso é dirigido para mim, meu coração se aquece de uma maneira única e eu esqueço de minhas dúvidas. Essa senhora é tudo para mim.