Acordo com a luz do sol no meu rosto, levanto e vou pro banheiro, faço minhas necessidades, tomo banho e escovo os dentes, saio enrolada na toalha e visto uma lingerie de renda preta com rosa, um short jeans claro, uma blusinha curta vermelha dos Simpsons e um Allstar cano médio preto.
Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo jogando pro lado, arrumo o meu quarto, pego a carteira e o celular colocando na bolsa, saio de casa e ando até o ponto de ônibus, pego o meu e entro, pago a minha passagem passando pro fundo do ônibus, quando chego no meu ponto eu desço e vou andando até o complexo, quando chego cumprimento os vapores e subo o morro pra principal, chego e o pessoal já me olham dos pés a cabeça e eu vou até o TT que acaba de sair de um corredor com a camiseta no ombro.
Eu: cadê o Cobra?- pergunto e ele aponta pro corredor
TT: última sala, só ir reto que tu vê- fala e eu me empurra de leve para dentro do corredor.O corredor é escuro, tem 7 portas, ando até a última e bato na mesma, escuto um "entre" eu entro vendo o Cobra sem camisa com a atenção em alguns papéis, fecho a porta e ele me olha dos pés a cabeça e sorri, ele deixa os papéis de lado e levanta vindo na minha direção.
Eu: oi- falo lhe dando um beijinho na bochecha e ele sorri
Cobra: oi, vamos ver a casa?- pergunta e eu confirmo com a cabeçaSaímos da boca e fomos até a casa que é literalmente de frente a boca por fora ela é linda e bem simples, pintada num tom de branco, tem uma sacada com a proteção num vidro preto igual a proteção da lage, ele pega a chave no bolso da bermuda e abre a porta, entramos na casa e por dentro ela também é branca, piso de madeira, tudo lindo, sala é de um tamanho médio igualmente a cozinha que eu achei perfeito já que ela é um tom de cinza, subimos pro andar de cima, tem 3 quartos, uma suíte e dois banheiros, a suíte é enorme e bem simples na cor cinza escuro quase preto, tem uma sacada, um banheiro pequeno e simples só com a privada, a pia, um espelho grande e o box do chuveiro o banheiro tem a mesma cor do quarto, o quarto tem um espelho enorme na parede, uma parede grande e vazia, provavelmente para colocar o guarda roupa, os outros quartos são normais e na cor cinza igual a cozinha, a lage é linda e bem aconchegante com uma churrasqueira de blocos, coberta e na cor cinza também, pisa de madeira a coisa mais linda, no primeiro andar tem a sala, cozinha, um banheiro pra visitas e uma área de serviço.
Cobra: gostou da casa?- pergunta quando estamos de novo na sala
Eu: amei, é essa- falo e ele sorri- vamos lá na ong que te passo o cheque- falo e ele confirma com a cabeça.Subimos pra Ong apé mesmo, entramos no meu escritório e eu pego o negócio de cheque lá e faço um, assino e lhe entrego, ele me entrega a chave da casa e eu agradeço, ele volta para boca e eu vou dar uma volta pelas salas da Ong, vejo a de artes e entro, fico observando as crianças e adolescentes desenhando e pintando, uma menininha me olha sorrindo e pega outra folha para desenhar, passo por entre as mesas fazendo carinho na cabeça de cada um e vendo os desenhos, a menininha vem correndo até mim e me entrega a folha.
Menininha: tia é pra você- fala me entregando o papel e eu me abaixo ficando do tamanho dela, pego o papel e olho o desenho, uma mulher, uma menininha e um homem.
Eu: quem são meu amor?- pergunta para ela que sorri
Menininha: você, eu e o tio Cobra- fala e eu sorrio- vocês vão casar tia?- pergunta e eu dou risada
Eu: não meu amor, somos só amigos- falo e ela faz um carinha triste- coloca seu nome no desenho que a tia vai guardar com todo amor do mundo esse desenho- falo e ele vai correndo colocar o nome, logo ela volta e me devolve o desenho, abraço ela bem apertado e beijo seu rosto.Volto a andar pela ONG e logo vou para minha casa, quando chego guardo o desenho numa pasta rosa pastel, deixo a pasta guardada com todo carinho, vou pro closet e arrumo minhas coisas em malas, pretendo me mudar ainda essa semana e foda-se, quando eu termino tô morrendo, coloco tudo no carro e dirijo até a casa, quando chego paro na frente e descarrego com o povo da boca me encarando, quando termino tranco a casa e volto pra minha, coloco um colchão de solteiro no carro com travesseiro, cobertor essas coisas, coloco algumas panelas e coisas de comer que eu não tenha que cozinhar, tranco a minha casa e entro no carro saio em direção ao complexo, quando estaciono na frente da minha nova casa, entro na casa e subo as malas pra suíte principal, deixo as malas num canto e saio trancando a casa, vou no mercadinho e compro alguns materiais de limpeza, volto para casa cheia de sacolas, arrumo tudo em cima do balcão da cozinha e começo limpando o andar de cima, lavo o chão e as paredes, só não lavei o teto porque não alcanço, mas faço uma gambiarra com o cabo da vassoura passo um pano molhado no mesmo, quando termino o andar dos quartos escuro um barulho de música alta lá fora e desço, abro a porta vendo os moleques da boca com um carro com música alta, ignoro e entro de novo deixando a porta aberta, tiro o tênis e a meia deixando eles no balcão, começo a lavar o chão e quando termino puxo a água que não é pouca para fora, os moleques só me olhando, quando termino paro no lado de fora da casa descalça mesmo e faço um coque no meu cabelo, volto para dentro e começo a lavar as paredes e fazer minhas gambiarras para limpar o teto, e lá vai eu puxar a água de novo, quando termino a casa tá um brilho, cheirosinha cheirosinha kkk, tiro o colchão do carro e passo com ele pela porta quase morrendo, subo com ele quase descendo as escadas rolando, quando finalmente coloco ele no chão do quarto respiro fundo e morro de dar risada, pego as outras coisas do carro e arrumo lá em cima, quando termino fecho o carro e travo ele na chave, entro e fecho a porta, olho meus pés pretos por andar descalça na rua e dou risada.
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Cria do Asfalto
Teen FictionRafaella Martins, uma garota no auge dos seus 18 anos, solteira e dona das ongs mais conhecidas do país por ajudar crianças e adolescentes carentes, nunca ligou para dinheiro, status ou posição social, perdeu seus pais num grave acidente e hoje vive...