Eu: coração me fala, como é que você faz um negócio desses, trocar um pra sempre por as vezes, uma aventura por uma paixão- canto mechendo no celular enquanto as meninas sambam com o Igor um pouco afastadas da mesa, enquanto eu tô na mesa com os meninos que conversam sobre alguma coisas que não faço nem questão de saber o que
Menor: tu fez o que lá na tua casa pra gente comer?- pergunta me olhando e eu desvio o olhar do meu celular
Eu: bolo, torta de chocolate, doce de leite, cocada e quando agente chegar lá eu faço batata e nuggets- falo e eles arregalam os olhos- comprei uns salgadinhos mais cedo também- falo e eles arregalam os olhos mais ainda.Dou risada e continuo no celular, já tá escurecendo e o carinha lá só fica conversando com os amigos dele me olhando, já tá me irritando isso, passou o rolê inteiro assim credo jovem.
Cobra: ele já tá te incomodando, né?- pergunta no meu ouvido e eu confirmo com a cabeça- fica de boa aí que eu resolvo isso- fala e sai com o celular e o radinho na mão, ele se afasta um pouco da mesa e fala alguma coisa na radinho sério e volta pra mesa- agora é só esperar- fala sentando do meu lado colocando o celular e a radinho em cima da mesa
Logo uns vapores chegam e vão até a mesa do cara com arma em punho apontando pra todos daquela mesa, a música para na hora e o Cobra só observa sem falar nada, geral já tava olhando e um vapor entra vindo até agente e fala alguma coisa com o Cobra, ele pega a arma da cintura e sai andando até a mesa e destrava a arma apontando pro carinha lá, eles falam um com o outro aparentemente brigando e eu facho os olhos escutando um, dois, três, quatro, cinco tiros, abro os olhos e vejo os vapores levando o corpo do carinha lá pra fora, o Cobra sai puto da quadra.
LR: vai atrás dele Rafaella- fala chegando do meu lado assustada
Eu: que? Ele quer ficar sozinho Lorena, calma
LR: eu conheço meu irmão Rafaella, ele vai querer se drogar, só você vai conseguir acalmar ele- fala e pego minhas coisas e as coisas do Cobra da mesa e saio correndo pro lado de fora vendo ele montando na moto, monto na garupa sem pensar duas vezes e ele me olha confuso
Cobra: o que você tá fazendo?- pergunta confuso mas ainda puto
Eu: não vou deixar tu sozinho não- falo e ele acelera a moto pra principal, ele vai entrando nos becos e nas vielas acelerado e para na frente da minha casa.Desço da moto com ele que anda até a boca me ignorando, vou atrás dele e alguns vapores me olham com malicia.
Vapor: delícia em- fala alto e o Cobra para no lugar e respira fundo, logo ele vira pro Vapor sério
Cobra: olha como tu fala com a mina caralho, não aceito desrespeito com mulher na minha favela arrombado- fala pegando o cara pelo pescoço o prensando na parede
Eu: Cobra- o chamo assustada e ele me ignora
Vapor: foi mal ae patrão- fala assustado e quase sem voz pela falta de ar
Cobra: foi péssimo HJ- fala e solta o vapor, porém pega ele e quebra o pescoço do mesmo, o olho assustada e ele anda pra sala dele me ignorando completamente.Ele entra na sala e ia fechando a porta porém sou mais rápida e entro antes, ele bufa e pega algumas coisas na mesa dele, ele faz algumas carreirinhas de pó na mesa e me olha, vou até ele e jogo o pó todo no chão, ele me olha furioso e eu paro na sua frente de braços cruzados, ele pega um cigarro de maconha da gaveta e acende tragando, pego o cigarro da sua mão e trago também, ele levanta uma sobrancelha me encarando e eu solto a fumaça, vou pro banheiro e jogo o cigarro na privada e dou descarga. Volto pra sala dele e ele me olha em dúvida, ergo uma sobrancelha e vou até ele ficando em pé na sua frente de braços cruzados, ele levanta puto e eu me assusto mas não deixo isso transparecer, ele vem chegando mais perto de mim e eu continua parada no meu lugar, ele me pega pela cintura e me ergue me fazendo cruzar as pernas na sua cintura.
Cobra: chata pra caralho- fala sentando comigo no seu colo colocando as mãos na minha bunda apertando, seguro seu rosto deixo nossos lábios
Eu: acostuma- falo e ele sorri
TT: eai, estão vivos?- pergunta entrando na sala e agente nem liga, ele me puxa mais pra ele e me beija com vontade
LR: eita porra- fala entrando na sala
Alicia: gente não querendo atrapalhar mas não queremos ver um porno ao vivo não
Cobra: então vão embora- fala separando o beijo me puxando mais ele
Igor: não é querendo ser chato mas se vocês se grudarem só mais um pouco viram um só- fala e agente riz levanto do colo do Cobra e fica sério na mesma hora
Eu: bora lá pra casa- falo e saímos todos da boca, o Cobra me abraça por trás sarrando sua ereção em mim.
Menor: agora tão todo de grudinho eles- fala e agente mostra o dedo pra eleSaímos da sala assim, os vapores olhavam pra gente assustados e o Cobra com aquela expressão de malvadão, chega da medo credo. Fomos pra minha casa e eu destranco a porta, todo mundo entra e vão pra sala colocar música enquanto eu linda e plena vou pegar as bebidas e as comidas levando pra sala, frito as batatas e os nuggets levando pra sala também, pego os jogos e começamos, LR, Menor, TT e Alicia entretidos no jogo, eu comendo e o Cobra fazendo um copo de bebida pra ele também, tiro o tênis e a meia ficando descalça, subo pro meu quarto e guardo o tênis num cantinho, calço meu chinelo e o funk pesado começa a tocar pela casa, desço e pego um copo de bebida pra mim e começo a comer um pedaço de bolo.
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Cria do Asfalto
JugendliteraturRafaella Martins, uma garota no auge dos seus 18 anos, solteira e dona das ongs mais conhecidas do país por ajudar crianças e adolescentes carentes, nunca ligou para dinheiro, status ou posição social, perdeu seus pais num grave acidente e hoje vive...