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Meredith PoV

Eu dirijo pra casa e minha cabeça parece que vai explodir, que cara de pau do Andrew, então ele tem que alternar os horários e diz isso como se fosse a coisa mais natural possível, eu não acredito, eu respiro fundo, também pode não ser nada, eu posso ter entendido errado ou poderia, sei lá, ser a mãe dele, respiro fundo mais uma vez, meu corpo dói, que droga é essa? Eu vou ter que falar com ele, mas detalhes são contra as regras, dane-se, ciúmes também são e eu estou aqui enlouquecendo, o que foi que ele fez comigo?

Eu chego em casa, quase não tenho forças pra andar até o sofá, todo meu corpo dói, minha cabeça tá rodando, eu quero vomitar, mas não tenho mais coragem pra sair daqui, fecho os olhos devagar, minha cabeça dói muito, mas pego no sono. Acordo tremendo de frio, ainda com muita dor no corpo e um gosto horrível na boca, uma provável virose, eu olho pra minha bolsa, pra pegar meu telefone, mas tá muito longe, eu só me cubro com a manta do sofá, viro pro lado e durmo novamente.

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Andrew Pov

Ficar com as crianças em casa, sempre é meu programa preferido, mas depois que eles dormem, tem alguma coisa faltando e eu sei, imediatamente quem é, eu estou acostumado a passar as noites com a Meredith, eu poderia ir hoje e voltar pra casa a tempo de levar as crianças na escola, mas eu realmente não fui porquê não quis, quando nós estamos juntos, ela se deixa levar, ela parece mesmo querer isso mas na frente dos amigos dela, eu não passo de diversão pra noite, mesmo sabendo que eu tenho que ter paciência e ir com calma com essa coisa de sentimentos, não significa que não machuca ouvir o que ela disse, eu acabo não resistindo e mando uma mensagem, uma hora depois, não tem resposta, eu ligo, duas vezes e nada, ela deve ter saído com os amigos, eu vou dormir com uma sensação horrível de que talvez eu esteja vendo errado e ela realmente não se importa.

De manhã, eu arrumo as crianças e os levo na escola, eu morro de saudade de fazer isso e sei que eles adoram, quando estou voltando, ligo pra Meredith mais duas vezes e ela não atende, provavelmente ta dormindo, vou fazer algumas compras pra levar pra casa dela mais tarde, mas me incomoda o fato dela não atender nem pra me mandar parar de ligar, ela acorda com o menor barulho, isso me preocupa tanto que eu acabo optando por ir até lá, eu já havia combinado de ir fazer o almoço, só vou chegar um pouco mais cedo.

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Eu toco a campainha duas vezes, nenhuma resposta

- Meredith

Eu chamo e toco a campainha novamente, parece que não está em casa, eu toco mais uma vez e meu celular chama, é ela

- Mer
- Para de tocar esse inferno de campainha

Eu olho pro celular assustado, ela está rouca, a tentativa falha de parecer com raiva, não deu certo com essa voz de gripe

- Calma, abre aqui
- Fala baixo, droga, tem uma chave no extintor

Ela desliga o telefone e eu procuro a chave, assim que a abro a porta, vejo que ela está deitada no sofá e toda enrolada, eu me aproximo

- É melhor você ir embora, eu não to bem
- Eu to vendo

Eu deixo as compras na bancada e me aproximo

- O que você tem?
- É só gripe, vai embora, Andrew
- Você comeu alguma coisa hoje?
- Eu nem levantei daqui desde ontem

Ela tosse e se cobre ainda mais

- Você tá assim desde ontem? Por que não me ligou, Mer? Você avisou pra alguém?
- Você ta falando demais

Nunca Imaginei Onde histórias criam vida. Descubra agora