Nunca Imaginei

129.

Meredith PoV

Eu vou pro quarto e tento resistir ao notebook mas acabo pegando, eu tenho algumas coisas pra fazer e quero adiantar enquanto o Andrew não vem, abro meu e-mail só pra conferir, não vejo a hora do artigo ser publicado, eu já publiquei alguns mas eu sinto que esse tem muito potencial, além de abrir muitas portas para pesquisas, tem um e-mail da Dra Perez falando sobre a consulta na próxima semana, não posso esquecer disso e isso me lembra que se não fosse o fato dessa alteração hormonal, tinha muita chance que eu estivesse grávida visto que eu não estou tomando nenhum anticoncepcional e eu nem lembro a última vez que nós usamos camisinha, eu preciso falar sobre isso com o Andrew, adicionar um bebê na equação da minha vida, nesse momento me enlouqueceria, tem mais alguns e-mails, eu vou dando uma olhada rápida em tudo e marcando os que eu preciso ver com cuidado depois

- Me diga que você não está trabalhando

Eu ouço a voz do Andrew, ele fecha a porta e cruza os braços

- Tecnicamente...
- Nem vem

Ele pega o notebook e coloca na mesinha

- Onde te desliga?

Ele senta ao meu lado, na cama

- Não desliga e eu preciso falar com você sobre umas coisas
- Ta bom, mas vai ser depois

Ele coloca a mão na minha perna e mexe na barra do short

- Depois de que?

Ele se aproxima da minha boca

- Que eu fizer você perder o controle e relaxar

Ele segura meus lábios com os dentes antes de me beijar, a língua dele em contato com a minha enquanto a mão dele sobe e desce pela minha coxa, bem devagar, envia impulsos elétricos pra todas as terminações nervosas do meu corpo em expectativa ao que estar por vir, ele para o beijo e olha nos meus olhos

- Eu quero beijar cada parte do seu corpo e sentir você tremer de prazer de várias formas, várias vezes

Ele praticamente sussurra o final e eu poderia jurar que já começou porquê eu estou completamente derretida, ele tira a camisa e eu não canso dessa visão, ele tira minha blusa e me deita na cama quando tira meu short e minha calcinha, ele me posiciona no meio da cama e, se apoia nos joelhos e nas mãos e olha nos meus olhos

- Eu amo você

A maneira com que ele diz isso é tão intensa que chega a faltar o fôlego, ele me beija com força e o mais puro desejo, ele desce pela mandíbula, pescoço, colo, minhas mãos sobem e descem pelos braços dele enquanto ele deixa beijos molhados e sucções, quando chega no vale entre meus seios, eu sinto a língua dele passear por ali e, automaticamente, minhas mãos seguram o cabelo dele. O Andrew abocanha um dos meios seios, de uma vez e eu não seguro um gemido, a língua dele no meu mamilo intumescido, arrepiado de tesão me faz arquear o corpo, a mão dele estimula o outro seio e eu poderia flutuar, mas ele não para, morde de leve o bico do meu seio e se dedica ao outro, assim que ele o toma com a boca, a mão dele entra em contato com meu clítoris, eu não esperava

- Andrew

É o máximo que eu consigo dizer antes que ele aumente o movimento com a mão, enquanto estimula meu seio com a boca, flutuar? Eu poderia sair voando, é, exatamente, a sensação que eu tenho quando sinto um orgasmo avassalador tomar conta do meu corpo, ele percebe, me beija, de leve, os olhos escuros de desejo, eu me arrepio só com o jeito que ele me olha, então ele se abaixa e volta a beijar meu corpo, mordiscando e apertando nos pontos certos, quando ele chega no baixo ventre e arranha com a barba, eu ergo a cabeça, ele olha pra mim e sorri, safado, afasta minhas pernas e a língua dele invade minha intimidade extremamente molhada e pulsante por contato, eu seguro o lençol com força enquanto sinto a língua dele fazendo mágica por todos os lados, eu me contorço e ele segura minhas pernas para mantê-las abertas e então me penetra com um dedo, depois mais um, sem parar com língua nem por um instante

- Ah, eu..

Eu não tenho forças, nem estrutura e me sinto desmanchar completamente, meu corpo treme de prazer, meu coração bate rápido e a respiração curta de mais um orgasmo, é possível morrer de prazer?

- Deliciosa

Ele sussurra e sobe deixando pequenos beijos pelo meu corpo, eu nem vi quando ele se livrou da cueca, mas posso senti-lo duro, em mim

- Você vai me matar

Eu digo, passando a mão nas costas dele

- De prazer?

Ele se aproxima pra me beijar mas para  e eu respondo

- Uhum

Então, ele me beija, nossas línguas se enlaçam e eu o sinto em mim, cada partícula do meu corpo deseja o Andrew dentro de mim, quando ele me penetra de uma vez, meu corpo sensível de orgasmos seguidos e já muito excitado por ele, me traem e eu não seguro um gemido alto, nós dois ficamos em silêncio, quietos, esperando mas parece que ninguém acordou, ele volta a olhar pra mim com um meio sorriso e me beija quando volta a se mexer dentro de mim, o movimento de vai e vem é delicioso, mas dois precisamos de mais, ele ergue o corpo e cada estocada é mais forte que a anterior, cada encontro do nosso corpo é mais intenso, mais delicioso, eu sinto meu corpo tensionar, o Andrew crava os dedos na minha bunda e eu sinto-o me preencher quando atinge o ápice do prazer o que me arrasta em mais uma onda orgásmica indescritível, ele deita ao meu lado e ficamos assim, tentando controlar a respiração

- Vem cá

Ele diz, depois de alguns minutos

- Olha, eu duvido que eu possa me mexer

Ele ri, se aproxima, cobre nós dois e me abraça pela cintura, eu coloco o braço em cima do dele, eu estou, praticamente dormindo, então não poderia afirmar se as palavras a seguir foram ou não fruto da minha imaginação

- Eu quero casar com você

Foi a última coisa que eu ouvi antes de mergulhar em um sono profundo.