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Meredith PoV

Eu pego a mão do Andrew e nós passamos no quarto das crianças antes de voltar por quarto dele, damos uma olhada neles que dormem tranquilamente e entramos no quarto do Andrew

- Eu achei que a Bê ia ter pesadelo essa noite

Eu dou um meio sorriso e não comento nada, ele senta na cama

- Obrigado por hoje, Mer

Ele me abraça pela cintura

- Eu não sei como eu faria isso sem você, obrigado, de verdade

Eu passo a mão no cabelo

- A gente precisa dormir, Amor

Ele olha pra mim, nós nos beijamos, depois voltamos pra cama e não demoramos pra dormir novamente.

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Quando eu acordo, o Andrew não está, eu nem ouvi o despertador dele, eu levanto, tomo banho e quando estou saindo do quarto, já arrumada, encontro as crianças que parecem surpresas e correm pra me abraçar

- Eu não sabia que você ainda tava aqui, Tia

O Matt me diz e já me estende os braços, pedindo colo, eu pego e ele deita no meu ombro, tá muito quietinho, pro meu gosto e eu encosto nele pra sentir a temperatura mas parece normal

- É, eu me atrasei, um pouquinho, mas já estou indo
- Você volta mais tarde?

A Bê pergunta

- É claro, Princesa

Eu pego a mão dela, adoraria colocar os dois no colo ao mesmo tempo

- Faz uma trança no meu cabelo pra eu ir pra escola?

A Nana vem com as mochilas

- Eu faço, Beatrice, a Meredith tá atrasada

Nana oferece

- Não, tudo bem, eu faço

Eu sorrio pra ela e vou com eles pro sofá, coloco o Matt ao meu lado enquanto a Bê senta no meu colo, ele fica quietinho e não desgruda mim

- Ta sentindo alguma coisa, Matt?
- Não

Ele diz

- Ele tá assim da hora que acordou

A Nana me diz e eu fico preocupada que a história de ontem o tenha afetado mais do que a gente pensa. Eu termino a trança e olho pra eles

- E que tal se eu tentar convencer o Papai a deixar a gente tomar sorvete com biscoitos hoje?

Eles sorriem

- SIIIIIM

Eles me abraçam ao mesmo tempo e eu sorrio, essa sensação é incrível

- Agora eu quero muitos beijos porquê eu tenho que ir

Antes de sair de casa, eu peço pra Nana me avisar se acontecer qualquer coisa e isso não me impede de ir trabalhar preocupada.

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Como eu esperava, eu chego atrasada no hospital, mas como eu não tenho cirurgias pra essa manhã, não tem problema, assim que eu chego, encontro o Nathan, eu nem lembrava que ele ainda estava por aqui

- Café?

Ele me oferece quando passamos pelo carrinho, na entrada

- Sempre, obrigada

Ele pede dois e me entrega um

- Como foi seu final de semana?

Ele me pergunta

- Intenso e o seu?
- Solitário, o que eu devo pensar sobre a intensidade do seu final de semana?
- Nada, você não deve pensar sobre a minha vida
- Sempre direta, Dra Grey

Ele sorri pra mim e eu balanço a cabeça

- Sempre, Dr Riggs
- Vai passar lá na conferência?
- Eu não sei se terei tempo
- Ah, vai lá, eu termino minha palestra as 11, nós poderíamos almoçar

Antes que eu diga alguma coisa, ele continua

- Como amigos, Grey, não tivemos tempo de colocar o papo em dia, vamos
- Se eu tiver tempo
- Pelo menos não foi um não

Ele sai sorrindo e passa pelo Andrew, eu espero por ele

- Parece que a conversa foi boa, ele parecia feliz

Eu semicerro os olhos e tento não dar mais importância do que, realmente, tem

- Ele me convidou pra almoçar hoje

O Andrew ergue a sobrancelha

- E você vai?
- Nós somos amigos
- Uhum
- Ciúmes, Andrew?
- Vocês foram mais que amigos
- Fugiu da pergunta

Nós entramos no elevador vazio, assim que as portas se fecham, ele me encosta na parede, me prende com o corpo dele

- Não, não to com ciúmes

E me beija, aos mãos passeiam livremente pelo meu corpo, minha bolsa cai, eu bagunço o cabelo dele e ouvimos o sinal sonoro do elevador, nos afastamos, ele pega minha bolsa e me devolve enquanto as portas se abrem pra revelar Ellis Grey esperando, meu coração parece que vai sair pela boca e de excitação e nervosismo, teria que ser cega pra não perceber nada, ela hesita e entra, fica de costas pra gente

- Dra Grey
- Sim
- Eu preciso falar com você na minha sala
- Claro, Chefe

E o silêncio prevalece

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Assim que ela sai, nós dois ficamos no elevador, eu coloco a mão no peito tentando acalmar meu coração

- Você acha que ela percebeu?

O Andrew me pergunta quando as portas voltam a se fechar

- Muito provavelmente

Ele solta o fôlego

- Você não vai esconder de mim o que ela disser, não né?
- Eu prometo que eu vou contar tudo

Ele faz carinho no meu rosto, dá um beijo na minha testa e sai do elevador.

===

Eu bato na porta da sala dela e entro

- Sente-se

Ela diz, muito séria, eu me sinto como uma adolescente, eu sento

- Eu preciso acertar com você alguns detalhes de umas cirurgias minhas
- Por que?
- Porque sim, enfim, eu vou escrever um livro e quero que você escreva o prólogo

Eu estou totalmente chocada

- Eu.. é... ok, então, eu não esperava por isso
- Vai ficar bem, segundo meus editores disseram, então você precisa começar logo eu vou te passar tudo por e-mail

Agora tá melhor explicado

- Eu fui até a sua casa, no sábado e você não estava, parece que você nunca está em casa
- Eu estive ocupada
- Sempre está
- É verdade
- Espero que tenha tempo entre todas essas ocupações fúteis pra escrever
- Não se preocupe, Ellis, eu tenho uma consulta agora
- Me procure antes de sair e, Meredith, não me envergonhe

Eu levanto e saio da sala sem saber direito se essa última parte foi sobre o livro ou sobre o Andrew

Nunca Imaginei Onde histórias criam vida. Descubra agora