Nunca Imaginei

64.

Meredith PoV
1 mês depois

Eu to chegando na casa do Andrew, hoje é dia de folga pra nós dois e vamos sair com as crianças, apesar de vê-los quase todos os dias, nós ainda não saímos juntos e eu to bem nervosa com isso.

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Eu toco a campainha e a Nana abre a porta, nós mal conversamos quando eu estou por aqui e isso é estranho, eu já pensei, algumas vezes, em perguntar diretamente e mudo de ideia, eu sinto como se ela não gosta de mim mas tento não me deixar afetar porquê não tem um motivo pra isso

- Boa tarde

Eu digo com um sorriso

- Entre, eles estão quase prontos

Ela me diz e vai lá pra dentro, ela não é ríspida ou me trata mal, só é fria e meio distante

- Meredith

A Bê vem correndo quando me vê e me abraça

- Oi, mocinha, você já está pronta?
- Estou quase, faz uma trança no meu cabelo?

Eu congelo, droga, eu não sei fazer trança

- Mas seu cabelo fica tão lindo, solto
- Mas é ruim pra pentear depois

O Andrew vem do quarto

- Eu não sei fazer trança, Bê, sinto muito
- Ah

E eu sinto meu coração se partir

- Vem cá, eu faço a trança

O Andrew chama e pisca pra mim quando ela corre pra ele, o Matt vem do quarto

- Oi, Meredith

Eu coloco ele no colo

- Oi, rapazinho, você tá muito bonito
- Obrigado, você também tá bonita mas você tá sempre bonita

Eu sorrio e dou muitos beijos nele

- Nós estamos prontos

O Andrew diz

- Fiquei bonita de trança?

Beatrice me pergunta, eu coloco o Matt no chão e me aproximo dela

- Ficou ainda mais linda

Ela sorri e eu a abraço, ela parece normal e eu só consigo me sentir culpada por não saber fazer uma trança.

- Vão pegar as mochilas

O Andrew diz e os dois saem correndo

- Não se preocupa com isso, tá?

Ele diz, se aproximando de mim, ele percebeu, eu sorrio sem graça e não respondo

- Mer, é sério, não tem problema
- Deixa pra lá
- Não que você não tá bem com isso, é só uma trança, você não tem que saber fazer isso
- Uhum

As crianças voltam com as bolsas e nós saímos, a Beatrice segura minha mão enquanto esperamos o elevador e eu sorrio, o Matt é mais carinhoso, ele senta no meu colo e abraça o tempo todo, a Bê é mais contida, ela me abraça quando eu chego e quando eu vou embora, ela conversa bastante mas não é muito de demonstrações de afeto, então quando ela faz qualquer coisa, eu não consigo conter um sorriso, seja me pedindo pra deitar com ela ou só pegando na minha mão, assim, sem pedir, eu vejo que o Andrew olha de canto de olho e também sorri, o elevador chega e tá cheio, o Andrew pega o Matt e eu coloco a Bê no colo, então entramos, eu percebo os olhares pra gente, não gostei nada daquilo, mas logo chegamos ao térreo e saímos do elevador, não posso falar nada agora porquê as crianças estão aqui, mas vou lembrar de falar sobre isso depois.