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Meredith Pov

Eu nunca quis ter filhos, isso era um fato, eu não queria acabar virando a minha mãe, minha carreira é importante pra mim, então eu me apaixonei e eu descobri que o cara é pai, ele precisava ter as crianças mais fofas do mundo? Mas ele tem, então eu me apaixonei pelas crianças, eu não esperava por nada disso, mas aconteceu, eu os amo, eu não consigo me imaginar longe deles, eu amo cada detalhe, a mãozinha do Matt que segura meu cabelo quando deita no meu ombro ou a textura do cabelo da Bê quando encosta na minha bochecha em um abraço, eu amo os sorrisos e as covinhas do Matteo, eu amo o jeito que a Beatrice diz que é dois minutos inteiros mais velha e a maneira que ela explica o que quer e como quer, eu amo deitar com eles antes de dormir ou quando eles invadem minha cama de manhã, não importa o quanto eu esteja cansada, não dá pra passar o dia sem uma Dose de Gêmeos, desde a história da foto da Sam, tem me abalado muito a essa história de mãe, um título nunca fez diferença pra mim, nem mesmo esse, minha mãe não dá pra ser citada como exemplo nessa área, mas ultimamente, eu tenho pensado nisso e descartado esse pensamento, em sequência, sem querer permitir que ele tome minha cabeça... até ver o negativo no teste, então a possibilidade de não ter um bebê a caminho me deixou, profundamente, triste, eu não sabia que eu queria um filho, na verdade, eu sabia que eu NÃO queria, mas parece que essa é mais uma certeza que o Andrew mudou de lugar, eu preciso falar com ele.

E como se não bastasse minha cabeça dando mil voltas, eu chego no quarto do Ryan e o Andrew está lá com ele no colo, de novo, ele não faz nenhuma ideia do que isso faz comigo, eu preciso mesmo falar com ele, mesmo quando nem eu tenho certeza de nada, mas, talvez, a Amélia esteja certa, eu não acho que o Andrew seja o tipo de cara que não quer um bebê, eu só preciso falar com ele... caramba, eu quero um bebê? Eu vou enlouquecer

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Antes que a gente tenha tempo de conversar qualquer coisa, chega uma emergência e já era a oportunidade, depois de toda explicação sobre o acidente, a Ellis diz que o Andrew vai auxilia-la, há algum tempo, eu desconfio que a Ellis sabe sobre a gente, mas ela tá quieta demais, isso é muito estranho, eu só espero que a ela não mate o pai do meu filho... que filho? Eu não to grávida... a Ellis vai ser avó... agora sou eu que vou morrer... eu não to grávida, eu preciso de uma ginecologista antes que eu precise de um psiquiatra.

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Assim que eu termino as cirurgias do acidente, consigo um encaixe com a Dra Perez

- Boa tarde, Grey

Ela me cumprimenta quando eu chego

- Boa tarde, Perez
- Então, sua consulta de rotina ainda é em alguns meses, algum problema?
- Não sei, ainda, eu estou com alguns sintomas de... é... eu acho que...
- Pra ter tanto receio de dizer, deve ser de gravidez

Eu suspiro

- Possivelmente
- Fez algum teste?
- Fiz e deu negativo
- Se for recente, pode ser um falso-negativo, é melhor fazer um exame de sangue
- Ok
- Você acha que tem chance?

Ela pergunta

- Sempre tem, mas a injeção está em dia, por segurança, eu tomei pílula do dia seguinte sempre que esquecemos a camisa
- E acontece com frequência?
- É... algumas vezes
- O que você está sentindo que te fez desconfiar de uma possível gravidez?
- Alterações de humor, uma hipersensibilidade a tudo mesmo, é irritante, mais cansaço que o normal, aumento na libido, talvez, acho que sim
- Enjoos ou tonturas?
- Não, perda de apetite, na verdade
- Eu vou pedir alguns exames hormonais também e assim que sairem os resultados, eu te chamo, tá bom? Se necessário, faremos um ultrassom
- Ok, obrigada, Perez
- Imagina, Grey

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