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Meredith PoV

Um alivio percorria todo meu corpo, eu não conseguia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo, ver meus amigos comemorando comigo que agora perante a lei, meus filhos são realmente meus, aos poucos, eles se despedem e precisam voltar ao trabalho, nós vamos nos ver na festa mais tarde, eu vou com as crianças e o Andrew pra casa, Nana vai no carro com a Carina

- Agora a gente vai pra festa no parque?

O Matt pergunta

- Não, agora nós vamos pra casa, a festa é mais tarde

- Agora a gente vai fazer o que?

A Bê entra na conversa

- O que vocês quiserem fazer

Eu digo e o Andrew olha mim, eu pisco

- Hoje eles podem
- Almoçar sorvete?

O Matt pergunta muito empolgado

- Comprar um cachorrinho?

A Bê pede, o Andrew ri alto

- Resolve agora, Mamãe

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Depois de uma conversa sobre o quanto significava fazer o que eles queriam, nós chegamos em casa quase ao mesmo tempo que a Carina e a Nana, íamos almoçar juntos, estamos chegando no elevador e vemos a Sam esperando, parecia que a cena estava se repetindo, exatamente como há algumas semanas atras, mas dessa vez tinha uma enorme diferença

- A Mamãe veio ver vocês

Ela diz com um sorriso olhando para as crianças

- Não

Eu digo, todo mundo olha pra mim

- Meredith

Ela diz

- Pra você é Dra Grey e já deu disso pra mim, vamos subir
- São meus filhos e nós temos um acordo
- E eu quero que você e seu acordo vá... embora, com licença

Eu aperto o botão do elevador

- Andrew, você sabe o que eu posso fazer

A Sam diz, séria

- É mesmo? E o que você pode fazer?

Ele pergunta, cruzando os braços, o elevador se abre, as crianças não soltaram a minha mão, mas eu via a Bê olhando, ainda assustava ela o fato da Sam tê-la deixado sozinha

- Vamos, crianças
- Filha

A Sam tenta pegar a mão da Bê

- Se atreva a tocar na minha filha e você acha o que tá procurando

Eu entro no elevador, o Andrew olha pra mim

- Eu vou daqui a pouco, Nana vai com eles

Eu olho da Carina pro Andrew, nem sei qual dos dois é menos confiável pra ficar sozinho com a Sam, a Nana entra no elevador

- Não estraguem o dia de hoje

Eu peço antes que as portas se fechem

- Eu não sei se foi uma boa ideia tê-los deixado lá

Eu digo pra Nana quando o elevador começa a subir

- Eu acho que foi uma ótima ideia

Ela responde com um sorriso, o que só me deixa mais apreensiva

- Mamãe, por que todo mundo ta bravo com a minha mãe?

A Bê me pergunta

- Porque ela fez uma coisa errada e tem consequências, não é?
- É
- Eu não quero ficar com ela, toda vez ela bagunça meu cabelo e nunca me solta

O Matt diz, eu disfarço o sorriso

- Eu gosto dela mas tenho medo de ficar sozinha

Eu abraço a Bê, mal sabe ela que eu quero matar a Sam cada vez que eu lembro disso, nós chegamos em casa, trocamos de roupa e pegamos alguns jogos enquanto esperamos o Andrew subir.

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Sam PoV

- Isso é algum tipo de brincadeira, Andrew? Nós temos um acordo

Eu digo pra ele, assim que o elevador se fecha, que merda tá acontecendo aqui a doutorazinha se revoltou?

- Não tem mais acordo nenhum, eu quer você longe das crianças, longe da minha familia pra sempre
- São meus filhos e eu tenho direitos
- Parece que você esqueceu que me disse no aeroporto que precisava ser feliz e ter uma vida, que isso não incluía as crianças

A Carina diz pra mim, eu nem sei o que ela ficou fazendo aqui

- Não se mete, não, a conversa não é contigo, eu vou pra justiça, Andrew, eu não to brincando
- Pra que?

Ele me pergunta, o Andrew ta muito calmo, isso não é bom

- Como assim? São meus filhos
- Sim e você vai fazer o que? Brigar pela guarda compartilhada? Você trabalha, Sam? Tá vivendo de que?

Droga

- Isso não é da sua conta
- Deve ta vivendo as custas de alguém, nunca foi mais que um parasita
- Carina, cala a boca

Eu nunca gostei da Carina tanto quanto ela não gosta de mim

- Me manda calar a boca de novo e eu vou realizar a vontade que eu tenho há muito tempo de quebrar sua cara

- Para, Carina

O Andre diz, colocando as mãos no bolso, com um semblante muito tranquilo, tem alguma coisa muito errada

- Andrew, o que ta acontecendo? Ainda é por causa da Bê? Eu juro que foi um mal entendido, me deixe falar com ela e vai ficar tudo bem, eles são nossos bebês, eles precisam da mãe
- Ah, isso é, eles precisam da mãe e acabaram de subir com ela, eu não quero mais ver você, eu não aguento mais ouvir sua voz, aturar sua presença me enoja, então faz o que você sabe fazer de melhor e desaparece
- Eu sou a mãe deles, eu vou garantir que a justiça saiba que você está negando o acesso aos meus filhos, é um direito meu
- Era

O Andrew diz com um sorriso, como assim, era? Que merda ele fez?

- O que?
- Exatamente o que você entendeu, era, as crianças, os meus filhos, são da Meredith agora
- Você não está falando sério, você deu a guarda as crianças pra ela?
- Não, ela os adotou, perante a lei, Sam, ela é a mãe deles, acabou
- Você não fez isso, você vendeu nossos filhos pra vagabunda que pagou mais

Eu vejo ele fechar os olhos e respirar fundo, eu dou um passo pra trás, quando ele abre os olhos, dá pra ver claramente que ele está se segurando muito

- Saia, suma daqui, você nunca soube o que é ser mãe e nunca foi nem metade da mulher que a Meredith é, eu não quero ver você, saber de você, muito menos imaginar que você passou perto da minha mulher e dos meus filhos, se atreva a fazer qualquer coisa e eu peço uma ordem de restrição contra você, tenha uma péssima vida

O Andrew vai pro elevador com a Carina, quando eles entram, o Andrew desvia o olhar, mas a Carina sorri pra mim

- Se ferrou, vagabunda, vai pro inferno

O Andrew ri, ela acena quando as portas se fecham, eu ando de uma lado pro outro, eu preciso pensar em alguma coisa rápido, muito rápido, eu imaginava que eles não deixariam isso fácil assim, mas não pensei que eles encontrariam uma forma de cortar todo laço com as crianças que eram minha única passagem de volta pro Andrew, o pior de tudo é que eu não posso realmente ir pra justiça, eu limpei a conta do meu ex antes de vir pra cá, se eu for pra justiça, ele me encontra e eu vou presa, mas eu não posso deixar isso assim, o Andrew me paga.

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