47 - A entrega (parte 2)

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No capítulo anterior...

- Faça eu cumprir a minha parte do acordo. Pegue o que é seu! Tipo... Não me dê escolha, lembra?! Era disso que eu tava falando.

Pedro estava atônito e ficou mais ainda quando ela pegou a mão dele e o fez agarrar o pescoço dela.

- Eu quero ser sua! - O rosto queimou de vergonha ao dizer essas palavras, mas ela precisava continuar. - Desse jeito! Só assim, essa voz idiota e medrosa para de falar.

(...)

Ele colocou, na mão, a mesma firmeza que via nos olhos dela e a garota consentiu. Empurrou para cima fazendo a cabeça dela inclinar para trás e a observou passiva e sem objeções.

- Mas se eu for esse babaca - ele perguntou sentindo a respiração acelerar e a excitação latejar dentro da calça -, como é que eu vou saber a hora de parar?

- Eu não sei - Tina sussurrou -, mas eu confio em você.

Ela sabia apenas que queria ser dele. (...) Por mais loucura que fosse, ela sabia que era tudo ou nada. Ou se entregava a ele ou ficaria, para sempre, refém daquele medo.

Pedro subiu os dedos, segurou o queixo com força e a beijou. Os lábios firmes pressionaram os dela com ardor, o braço que a envolvia sentiu o corpo da garota relaxado, passivo, entregue.

*** fim do capítulo anterior ***

O beijo foi intenso porém breve, pois logo o corpo de Pedro pediu por mais. A boca seguiu o aroma adocicado do pescoço, a orelha... Mais. Ele precisava de muito mais. Ele se ajoelhou diante da garota e ergueu a blusa dela explorando, com os lábios, o entorno do umbigo, a curva da cintura, subindo,  sentindo a respiração dela responder ao toque.

A excitação tomou Tina de forma abrupta e o medo espreitou no mesmo instante. Era inútil. "Eu tenho algum defeito, só pode ser", a  garota pensou, deixando a autopiedade suplantar todo o resto.

- Para! - Ela o afastou pelos ombros. - Não tá funcionando.

O garoto levantou e ela virou de costas com vergonha de si mesma.

- É melhor eu ir embora.

Pedro observou a garota guardando o material que estava sobre a mesa de jantar e foi incapaz de admitir a derrota. Ele não apenas queria mais, ele precisava de mais. O peito apertou quando ele pensou em deixá-la partir.

Tina sentiu a mão de volta ao pescoço, o calor de Pedro nas costas e a respiração próxima ao ouvido.

- Não! Eu não vou deixar você ir.

- Desculpa. - Tina apoiou a mão sobre o braço dele para que a soltasse. - Eu não consigo...

- Eu vou fazer funcionar!

Tina sentiu os dedos ao redor da garganta pressionarem, o suficiente para o rosto esquentar, mas deixando a respiração livre. Em vez de causar medo ou aflição, o gesto a excitou numa onda repentina e inesperada.

- Me ajuda a fazer funcionar! - Ele sussurrou ao pé do ouvido quase em uma súplica.

O desejo fez Tina fechar os olhos, dar um suspiro entrecortado e recostar-se no peito dele. As lágrimas embaçaram a vista na sequência.

- O que tem de errado comigo? - ela perguntou com a mão agarrada ao braço que a mantinha cativa pelo pescoço.

- Não tem nada de errado! Você... - Pedro deu uma pausa suavizando a voz em seguida. - Você é perfeita.

Mantendo Tina segura pelo pescoço, Pedro passou a mão pelos seios, barriga e desceu até chegar entre as pernas. Pelo caminho, apertou e massageou com vontade, sentindo as poucas e delicadas curvas da menina. Esperou por alguma objeção, mas ela não veio.

Pedro e TinaOnde histórias criam vida. Descubra agora