CAPÍTULO 32

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GREG ON

Passei o resto da semana de casa pra escola, da escola pra casa, não podia ir nem no mercado da esquina, mas tudo bem. Papai tinha contratado uma professora pra me dar aulas a tarde, mas ela só começava na segunda, no caso, na semana que vem. Hoje era sábado, ou seja, o aniversário da minha melhor amiga e eu estou de castigo, logo meu pai não vai deixar eu ir.
Estou deitado na minha cama olhando pro teto, pensando em como pedir/implorar para ele deixar eu ir. Tenho três opções:

1) Pedir e ele deixar, o que é basicamente impossível;

2) Ir escondido e assinar meu atestado de óbito;

3) Me arrumar e falar que eu ia, pois ele já tinha deixado, que seria o mesmo que pedir pra morrer.

Sim! Não tem a opção não ir, Cheryl ia ficar muito brava comigo e, com razão dessa vez... Eu só tinha que decidir entre uma dessas três opções.

- Hey, está acordado? - Meu pai fala aparecendo na porta.

- Uhumm - Resmungo de volta.

- Eu vou precisar sair pra resolver uns problemas com o seu tio - Ele fala tirando a carteira do bolso - Talvez eu volte tarde, fica com o cartão pra pedir o jantar.

- Problemas? O tio Marcus tá bem? - Pergunto pegando o cartão.

- Se meteu em um problemas pra variar, nada demais querido - Meu pai fala já voltando em direção a porta - Eu já estou indo, se precisar de alguma coisa me liga.

- Pai! - Chamo quando ele fechada a porta.

- Fala - Ele responde abrindo a porta novamente.

- Já que o senhor vai sair... - Falo levantando da cama - ... Podia deixar eu sair também, né?

- Boa tentativa garoto - Meu fala responde rindo - Sabe que está de castigo.

- Só hoje papai, por favor... - Peço fazendo bico.

- Sem bico vai, você sabe porque tá de castigo - Meu pai fala sério.

- Mas você também vai sair... Vai paiii... Por favorrr - Falo manhoso.

- Sem cena filho... Preciso ir - Ele fala saindo do quarto.


Bom "sem cena filho" não é um não, né? Pra mim não é, então já que ele vai sair, eu também vou.
Levanto da cama e vou direto tomar um banho pra me arrumar, saio do banho e vou procurar uma blusa branca, já que era pra todo mundo ir de roupa branca. Termino de me arrumar e desço pra sair, não vou pegar um carro do meu pai dessa vez, seria muito abusar da sorte, chamo um táxi e vou para a festa.

  Assim que chego no local da festa, vejo a entrada cheia de luzes pra todo lado, com uma decoração toda em neon e luzes negras, tudo bem chamativo e chique, bem a cara da Cheryl mesmo.
Entro no local a procura da aniversariante, comprimento alguns amigos meus no caminho até que vejo a Cheryl virando um copo de champanhe irritada.

- Eu ia dizer feliz aniversário, mas a parte "Feliz" não tá parecendo muito - Digo me aproximando.

- Oiii Você veio!!! - Ela larga o copo e me abraça.

- Não perderia por nada - Falo brincando - Você está linda!

- Obrigada... - Ela responde me puxando para uma outra parte do salão - Vamos conversar em outro lugar...

- Legal... Tá tudo bem? - Pergunto seguindo ela até a outra parte do salão.

- Está sim, só queria sair da vista do meu pai - Ela fala vigiando com o olho - Você acredita que ele resolveu chamar as pessoas que trabalham com ele?! Ele só pode me odiar, é a única explicação!

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