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No dia seguinte, bem cedo passamos na delegacia. Avani me acompanhou pra colocar mais fogo no parquinho.

Rylan já tinha sido detido e ver ele algemado naquela salinha era a coisa mais satisfatória do universo. Falei tudo o que ele tinha feito pra delegada que prometeu tomar uma providência dura contra ele.

Antes de irmos embora, Ondreaz mandou o dedo do pro ex-amigo que revirou os olhos bravo.

- te vejo no inferno, meu bem - Avani disse também mandando o dedo do meio pra Rylan.

Me segurei no braço de Ondreaz e saimos dali.

***
Depois de falar pros meus pais, já me sentia bem mais leve mesmo estando muito cansada. A noite tinha sido difícil e horrível. A face de Rylan e as cenas de Ondreaz sendo espancado ainda me atormentavam.

E pra piorar meu humor, meus pais iriam embora depois do almoço.

- nós vamos voltar mais vezes, abelhinha - meu pai disse me abraçando - se cuida.

- pode deixar.

- nós estamos muito orgulhosos de você, Ray. Continue assim, combinado? - ele disse alisando meu cabelo.

Eu assenti, ainda nos braços do meu pai. Fiz questão de aproveitar as últimas horas que me restava com ele. Minha mãe logo se juntou com Nina, e ficamos conversando no sofá sobre qualquer coisa.

- a médica disse que pode ser uma menina, Ray - Nina disse orgulhosa e tocando a barriga já perceptível.

- sério? - sorrio - e já pensou num nome?

- gosto de Helena, mas também Sarah seria uma boa...

- eu continuo preferindo Jane - meu pai disse.

- eu não vou colocar o nome da vovó na minha filha - Nina cortou - é melhor pensar em outros!

Ficamos rindo das ideias malucas do papai até a hora deles partirem. Com o coração apertado abraçei forte cada um e insiti pra Nina me atualizar sobre a escolha do nome da minha sobrinha. Não queria perder nenhum momento entre eles.

E por fim os vi atravessando o portão e partindo. Talvez eu tenha chorado um pouco, mas tentei esquecer disso um pouco. Subi as escadas e bati na porta de Ondreaz.

- tá ai?

- entra! - ele respondeu.

Abri a porta, dando de cara com um Ondreaz só de bermuda e com os cabelos molhados. Ele ainda tinha os machucados no rosto, mas já estavam bem mais controlados. Percebi que seu abdômen estava com algumas marcas de murros também.

Foi impossível não me sentir culpada por tudo isso, mesmo sabendo que a culpa não era minha.

Me sentei na sua cama, cansada e um pouco triste. Tudo tinha sido tão intenso nas última 24 horas que eu mal conseguia pensar direito.

Ondreaz terminou de secar o cabelo, pendurou a toalha na cadeira e se sentou ao meu lado, também com um ar de cansado. Ficamos olhando pro nada e em silêncio durante alguns minutos. Mesmo com meus curativos na palma da mão, segurei na sua, me forçando a me sentir em paz por alguns poucos instantes.

- obrigada, Dre. Você não me largou no final das contas. - ri fraco.

- nunca vou te largar, bae - ele sorriu de lado.

Me abraçei a ele, encostando em seu peito. Ele me envolveu em seus braços e passou seu nariz pela minha bochecha.

- eu te amo - ele sussurrou e sua voz saiu quase como um ruído.

- eu te amo mais - respondi no mesmo tom - você não faz nem ideia.

Senti Ondreaz sorrir contra meu rosto e me beijar na bochecha.

- é melhor você dormir agora. Deve estar muito cansada - ele disse baixinho.

- tá tão evidente assim? - brinco.

- pode dormir aqui se quiser.

- você parece ler meus pensamentos...

Ele ri fraco e me dá mais um beijo, mas dessa vez nos lábios.

- buenas notches, bae.

- buenas notches.






damnnn boy, i luv u💕💓 \\ ondreaz lopezOnde histórias criam vida. Descubra agora