damnnn boy, i luv u💕💓 \\ ondreaz lopez

29

Saímos bem cedo. O sol nem tinha aparecido ainda, e vento frio pairava lá fora.

Ondreaz guardava as malas no carro enquanto eu procurava desesperadamente por meu carregador.

- merda...

Subo pro quarto de Addison, a última vez que me lembro de ter usado ele. Por sorte, a garota já estava acordada e me ajudou na procura, que como esperado estava lá.

- muito muito obrigada - me despeço dela, que me segura pelo pulso antes de ir.

- juízo - ela me olha bem nos olhos como uma mãe faria - não faça nada que não deva e use camisinha, por favor!

- add! - coro violentamente - nós só vamos viajar, não ir pra um puteiro.

- eu conheço muito bem vocês dois pra saber as reais intenções dessa "viagem" - ela cruza os braços com um ar superior.

- é sério isso?

- se ele fizer qualquer coisa com você, que você não queira, me liga. E eu juro que dou um jeito de acabar com a existência dele.

- tchau Addison!

Saio logo do quarto, evitando prolongar mais esse assunto. Desci as escadas indo pro carro, que tínhamos alugado.

- achou? - Ondreaz perguntou, saindo de trás do veículo.

- aham. Vamos.

Depois de uns 15 minutos arrumando as coisas, finalmente nos ajeitamos e seguimos viajem. Um frio na barriga me percorreu assim que passamos pelos portões da Hype House.

Agora só éramos eu e ele.

Deixamos a música do rádio tocar equanto tomávamos nosso "café do manhã" que se resumia em pizza gelada e refrigerante quente.

Fiquei olhando pro garoto ao meu lado e refletindo em como deixei que chegássemos a esse ponto. A alguns meses atrás não passávamos de uma desconhecida e um garoto gentil que ofereceu sua casa. E agora éramos namorados. Uau.

- não olha muito se não apaixona - ele disse piscando.

Reviro os olhos e volto minha atenção pra estrada.

- o que foi? - ele pergunta vendo meu semblante pensativo.

- nada - sorrio - só reparando no quão fofo você fica de touca - aperto sua bochecha o fazendo rir - seu cabelo fica tão botinho na touca.

Ele cora e acelera mais.

***
Eu acabei dormindo como sempre. Acordei pra ir ao banheiro de uma parada a beira da estrada e logo retornamos. Conversei com minha mãe durante horas, que também falava com Ondreaz. Na verdade, eu que traduzia a maioria das coisas mas a intenção já era o suficiente.

Gravei alguns tik toks e cantei algumas músicas da Ariana Grande junto com Ondreaz. Fizemos nosso show mais uma vez, recebendo da nossa humilde platéia um silêncio vergonhoso.

- temos que melhorar da próxima vez.

A medida que o dia ia passando, ia refletindo no quão feliz eu estava ao lado daquele garoto. Nunca tinha me sentido tão completa.

Jantamos num posto de gasolina, o que me causou enjoos e dores de cabeça. E com meu estado deplorável, seguimos mais alguns km até a pousada mais próxima, resolvendo dar uma pausa na viagem por enquanto.

O lugar era simples e por algum motivo me lembrava da minha cidade natal e da minha antiga casa. Pagamos a moça e fomos pro nosso quarto.

Tomei um banho e devolvi meu jantar todinho no vaso sanitário. Eu não queria estragar o aniversário de Ondreaz, mas já não tinha escolha.

Ele ficou insitindo pra irmos a uma farmácia comprar algum remédio ou se fosse o caso até o hospital mais próximo, mas neguei todas as opções.

Acredito que uma noite de sono bem dormida seja o bastante pra melhorar meu estado.

Ondreaz serviu de travesseiro, me permitindo deitar no seu peito e relaxar bastante. Quando ele estava quase pegando no sono, já tinha marcado meia noite.

- feliz aniversário, meu bem - o acordo com uma voz fraca, mas com o melhor sorriso que poderia dar - eu sei que não estou na melhor condição, mas parabéns Dre! - ergo meu rosto pro seu - e o presente vai ser providenciado o mais rápido possível.

- bae... - ele sorri manhoso, alisando meu rosto - não precisa de presente e nem adianta insistir em comprar um - ele me repreende antes de que eu pudesse rebater sua resposta.

- mas Ondreaz...

- nem vem - ele toca meu nariz - e aliás, muchas gracias por tu saldaciones.

Sorrio e o beijo terno. Não conseguia corresponder da maneira desejada por conta das dores de cabeça, mas mesmo assim ficava viciada em seus movimentos. Ele não intensificava os beijos e me tocava delicadamente nos lábios, com uma leveza surreal. Eu me sentia nas nuvens a cada segundo que passava.

Acabamos dormindo sob carícias e mais beijos lentos seguidos de comentários botinitinhos. Queria dar o melhor aniversário pra ele, e eu faria qualquer coisa por isso.