Planos de Verão

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Era noite de verão, a lua cheia brilhava no céu iluminando nossos rostos. Estávamos

deitados na grama sob a luz do luar. Senti a mão dela na minha. Seus

dedos arranhando a minha mão. Sua mão delicada e doce.

— Vamos morar onde, depois de casarmos? — perguntou ela. Seus olhos refletiam

o luar.

— Londres? — sugeri.

— Londres — concordou ela. — Uma casa grande. De dois andares.

— Verde.

— Com uma biblioteca organizada por títulos.

— Sim. Estilo clássico com madeira e concreto — disse.

— Um jardim com flores. Com uma piscina em formato de um rio.

— Perfeito.

— Sim. Mais perfeito ainda seria ter dois filhos com olhos azuis da cor do céu.

Iguais aos seus — disse ela.

— Henry, se for homem — falei.

— Izzie, se for menina.

— Vamos viajar. Conhecer o mundo — falei.

— Vamos.

Ela levantou a mão e fez a metade de um coração.

— Eu — falei levantando a mão para completar o coração.

— Você.

— Para sempre — falamos juntos ao completar o coração.

— Arthur, eu te amo.

— Eu te amo.

Virei-me para o lado, vi seus olhos, eram castanhos, da cor do mel. Seus olhos

brilhavam. Senti o cheiro de rosas vermelhas, esse era o seu perfume. Seu perfume

é a melhor droga que já cheirei. Fechei meus olhos. Minha mente viajou por alguns

instantes, e quando percebi minha mão já estava atrás do seu pescoço, meus lábios

nos dela. O calor da sua respiração batia em meu rosto. Ouviu seu coração disparar

ao beijá-la e por um instante quis ficar ali, naquele lugar, naquele momento

para sempre. Beijá-la. Amá-la para sempre.

Então abri os olhos e vi sua face rosada, seus cabelos seguiam o ritmo do vento.

— Linda — falei.

— Que mais?

— Hum... legal, incrível.

— Mais alguma coisa?

— E minha — disse.

— Quem disse que sou sua?

— Seus olhos.

                  *

A Menina Dos Olhos CastanhosOnde histórias criam vida. Descubra agora