#VERSÃO (DANIEL)

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Ter recebido a ligação de uma admiradora do meu trabalho já era estranho, ter aceitado foi ainda mais. Ao conhecer a mãe da Swan conseguir entender o porque dela ser tão impulsiva, as duas viviam como se a vida fosse uma partida de um jogo. Por isso que mesmo estando me sentindo como se fosse uma perda de tempo estar ali optei por gastar mais tempo indo atrás da Swan.

Ao procurá-la percebi o quanto o parque em que a Elisa havia me deixado era perto da casa dela. Nunca me perguntei o porquê de uma menina estar tão cedo em um parque lendo um livro para casais, a verdade era que ela não fazia sentido. 

Avistei a Swan sentada no mesmo banco que dá última vez, era óbvio que ela se quer havia notado isso. 
— O que faz aqui? – perguntou ela sem ao menos me olhar
— Você me viu chegar?
— Não foi o que perguntei.
— Vim ver como você está.
— Não é um pouco óbvio? 
— Escuta Swan, há uns dias atrás eu me abrir com você falei sobre coisas da qual eu não havia conversado com ninguém. É tão difícil você fazer o mesmo? – a olhei tentando entender o que estava acontecendo
— Acontece que ela me trata como se eu fosse uma criança. Eu sei que não sou experiente em tempo de vida, mas sou eu que tenho segurado as pontas lá em casa. Dou meu melhor para que ela não se esforce tanto e em troca ela não consegue aceitar apenas um pedido meu.
— Esse seu pedido não é o que estou pensando é?
— Não vou mentir que mencionei você como um potencial paquera para ela. Mas como você mesmo viu, fica tranquilo que levou um fora.
— Não dar pra saber quando você está falando sério. – levantei para ir embora
— Espera, não é assim que se consola alguém. Você não pode desistir na primeira tentativa, ainda tem que me convencer a falar. – ela segurou minha mão impedindo que eu fosse
— Você é impossível garota. – sentei novamente ao lado dela – Há algo que eu fale que possa te ajudar a desabafar?
— Você é péssimo nisso. – ela sorriu e logo começou a chorar
— Vai ficar tudo bem, Swan. – não sabia metade do que estava acontecendo dentro dela, mas a vi magoada da mesma maneira que um dia ela me viu
— Você está certo, vai ficar tudo bem. – ela levantou determinada limpando as lágrimas – Dessa vez eu vou garantir que fique. 

E foi assim que sem mais e nem menos ela caminhou de volta para casa, me deixando ali sentado naquele parque. Onde pela primeira vez fiquei pensando em algo que não fosse a Elisa, me perguntando o que se passa na cabeça dessa menina.

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