Ensina-me o Amor

INESPERADO

No dia seguinte eu a Hillary chegamos juntas no trabalho, o tempo todo conversamos sobre coisas para comprar pro bebê. Era uma sensação única, talvez seja a melhor que já havia sentido. Saber que a Hill vai ser mãe me ajudou a parar de pensar um pouco nos meus problemas, mas era apenas colocar o pé na agência que todos eles apareceriam. Tive a oportunidade de encontrar com a Emily mais uma vez, assim quer me avisou ela correu em minha direção e me abraçou.
— Swan que bom que você chegou, está se sentindo melhor? – quase esqueci que ela presenciou meu desmaio
— Que bom te ver Emily, estou bem sim. Obrigado por perguntar.
— Posso saber o que a mocinha está fazendo por aqui? – perguntou a Hillary curiosa
— Meus avós saíram juntos hoje por isso tive que vir para o trabalho com o papai. A mamãe disse que em troca eles me levariam no encontro que vão ter hoje.
— Seu pai e sua mãe vão ter um encontro? – perguntei decepcionada
— Sim, vamos ao restaurante que eu tanto gosto. – assim que avistei a Elisa sair da sala do Daniel sorridente fiquei muito furiosa – Mamãe, me espera. – disse Emily indo na sua direção
— Você vai até o Daniel ou vamos pra sala trabalhar? – Hillary me perguntou
— Mamãe falei o que você me pediu para Swan. Devo falar a mais alguém? – escutei a Emily falar em alta voz para a Elisa que sorria satisfeita
— Não meu amor, você fez bem. – ela acenou para mim

Era a última gota, percebi que palavras não fazia efeito naquela mulher por isso que fui até ela mostrar o quanto estava sendo ridícula a usar a filha daquela maneira. Eu poderia aguentar ver ela implicando comigo, mas usar a filha novamente? Ela havia passado do limite. Estendi a mão para dá-lhe um tapa quando sentir alguém me impedir.
— O que pensa que está fazendo com a minha nora na frente da filha? – perguntou o antigo diretor e pai do Daniel ao lado da esposa que horrorizada abraçou a Emily como se estivesse a protegendo de mim
— Deveria perguntar para ela. – respondi irritada, tudo estava me fazendo perder a paciência. Foi um milagre ter tomado a medicação no dia anterior.
— Estou perguntando você, agora que percebo que é a mulher impetulante que o Daniel pediu que recontratasse. Percebo que foi um erro!
— Um erro? Um erro é o que vocês estão tentando fazer por aturar essa cobra. – me referir a Elisa 
— Swan, vamos embora. – disse a Hillary tentado me acalmar
— Escute a moça e vá embora. Não precisa se preocupar em voltar porque você não trabalha mais aqui, jamais admitiria que uma funcionária tão desqualificada continuasse na nossa agência. – as palavras do pai do Daniel havia me magoado
— O quê está acontecendo aqui? – Daniel finalmente havia saído do escritório confuso com a discussão
— Como pôde me pedir algo a favor dessa mulher? Ela não está apta para trabalhar na nossa empresa. Se eu não chegasse a tempo ela teria machucado a Elisa na frente da mm minha neta. – Daniel me olhava decepcionado
— Com certeza a Swan deve ter tido o motivo dela, ela vai se explicar.
— Não há o que explicar, ela está demitida. Vá embora daqui. – ele gritou irritado

Antes de sair olhei bem para o Daniel na espera de que ele falasse algo em minha defesa, como não havia nada que indicasse que ele faria sair da agência me sentindo sufocada por tudo que havia acontecido. 

Meu celular tocava sem parar com as ligações da Hillary, como não estava em condição de atendê-la apenas fui agora casa e liguei o chuveiro. Mesmo com roupas entrei debaixo dele e sentir cada gota tocar a minha pele. Algo que havia feito apenas duas vezes na minha vida, quando meu pai morreu e quando o Jeff havia dito que não gostava de mim. 

Não sei se era porque isso estava se repetindo que me sentir tão ferida, chorei amargamente repassando tudo que havia acontecido em minha cabeça. Eu queria tanto que o Daniel tivesse me defendido, queria tanto que ele viesse atrás de mim. Mas justamente quando eu pensei que estava tudo se ajustando as coisas se complicava. 

Ainda debaixo do chuveiro e soluçando de tanto chorar escutei o Jeff entrar em casa desesperado chamando por mim.
— Swan, vamos sair daqui. – ele tentou me tirar do baixo do chuveiro
— Não! Eu não vou sair. – continuei ajoelhada chorando 
— Não vale a pena ficar assim por ele, o Daniel não é a pessoa que você fantasiou na sua cabeça ele mesmo demonstrou isso.
— Me deixa sozinha. – respondi me perguntando constantemente porque o Daniel não havia feito nada do que eu esperava dele
— Swan, por favor você vai ficar resfriada.
— Saia daqui. – o chutei o mantendo distante de mim