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Eram tantas surpresas que tive que me questionar como eu fui tão permissiva com Andrea, em que momento eu me deixei olhar para ela além de um robô que estava ali para cumprir minhas demandas, em que momento permiti tantas coisas.

- Miranda! - Stephen exclama se aproximando.

Pelo semblante e a roupa amassada, é claro que esteve bebendo e estava com uma mulher, uma mais jovem, uma das muitas modelos que ele já pegou usando da vantagem de ser meu marido talvez.

- Stephen, você deixou as meninas sozinha, como teve coragem?

- A Miranda, me poupe, sozinha vírgula, aquele monte de segurança fora da casa é o quê?

- Cassidy quebrou o braço e nem sequer estava aqui para ajudar.

- Eu não tenho compromisso com nenhuma delas Miranda, não sou pai delas. - Ele olhou para o topo da escada, e eu acompanhei o olhar. E minhas meninas estavam ouvindo tudo, provavelmente acordaram pelo tom de voz do Stephen.

Olhei para ele com reprovação, como fala uma coisa dessa? Ele tem razão em dizer que não é o pai, mas quando nos conhecemos, ele sabia muito bem que caso tivesse algo comigo, minhas meninas estariam inclusas. Ele nada disse, apenas seguiu em direção ao escritório, e com certeza dormiria no quarto de hóspedes. Subi as escadas indo em direção as minhas meninas. Tinha plena certeza que a frase de Stephen afetaram elas.

- Stephen está estressado, e um pouco bêbado, ignorem o que ele disse. - Segurei nos ombros delas as arrastando para meu quarto.

Hoje elas dormiriam comigo, algo que eu raramente tolero, mas o dia não foi fácil para minhas bobbsey.

- O que vocês querem fazerem amanhã? - Questionei tentando fazer elas esquecerem o Stephen, e não perguntarem o porquê ele nunca fez questão de se aproximarem delas.

E nesses momentos que eu me questiono o porquê permito isso, afinal, seria apenas um divórcio, dentre os outros... mas tem a imprensa que não mediriam palavras e isso afetaria ainda mais elas.

- A gente quer que a Andy venha para cá mamãe, não como sua assistente, mas como nossa amiga. - Caroline confessou em um fio de voz.

- Vocês ficaram malucas? - Interrogei  estupefata.

- Por favor mamãe?

- De forma alguma, Andrea é minha funcionária, temos que manter a diferença em relação a isso, vocês podem chamarem as amigas da escola de vocês.

- Que amiga? Quem quer ser nossa amiga mamãe? - Cassidy proferiu chorosa.

E eu me senti culpada, culpada pela minha vida pública, culpada pelas tantas coisas ruins que falam ao meu respeito e isso afeta no convívio social das minhas garotas.

- Nem nosso padrasto gosta da gente. - Caroline proferiu.

- Certo! Durmam, quando a gente acordar, faremos o convite.

Caroline e Cassidy pularam em cima de mim, inclusive Cassidy machucando o braço, a repreendi, lógico.
Não demorou nada para elas apagarem, estavam tão cansadas, a noite havia sido longa demais.

Já eu, não consegui dormir, como seria Andrea na minha casa depois do convite, depois que ela aceitou a proposta... como?
Me levantei, vesti meu hobby e fui em busca do meu laptop. Fiz algo que estava há muitos anos me repreendendo a fazer, acessei site lésbico. Senti um calafrio assim que as duas começaram a se beijar, meu corpo esquentou em cada carícias, cada olhar, cada movimento, cada posição, quando o vídeo acabou meu sexo estava pulsante e úmido como nunca havia ficado com homem nenhum. Fechei a tela do laptop, pendi minha cabeça para trás e fiquei repassando as cenas na minha mente, porém, as protagonistas eram eu e Andrea. 

Não sei exatamente em que momento peguei no sono, acordei com as meninas questionando se eu havia passado o restante da madrugada ali. Balancei a cabeça em concordância, mandei elas irem para seus quartos e segui para o banheiro para fazer minha higiene matinal, sai do banheiro e dei de cara com Stephen, ele pediu desculpas por ontem e jogou a culpa na bebida, relevei como todas as outras vezes.

No café da manhã ele disse que tinha uma reunião de negócios na cidade vizinha, provavelmente só voltaria na segunda. Era sempre assim, todos os finais de semana que Caroline e Cassidy passava comigo, ele tinha uma reunião, um compromisso e não passava conosco.

- Vamos ligar para Andy, mamãe? - As meninas interromperam falando em uníssono. Sempre ficava surpresa com a sincronidades das duas.

- Daqui a pouco queridas. Tomem seus cafés, além do mais, Andréa está com o pai no hospital, provavelmente será difícil ela aceitar.

As meninas fizeram uma cara de tristeza, elas gostavam tanto assim da Andrea?

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