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Pov Miranda

Apesar de ser um dia atípico, principalmente sobre meu corpo... mesmo tendo tudo para está estressada e latindo ordens para todo lado, eu estava me sentindo leve e estranhamente feliz?

Mas esse bem estar acabou há alguns minutos, a babá das meninas ligou dizendo que Caroline vomitou bastante e que não estava bem, claro que cancelei meus compromissos fora do horário comercial e estou indo para casa, apesar da preocupação, a sensação de positividade me predomina. Algo que eu nunca tive, paciência para pessoas assim, estou justamente assim... Reviro os olhos.

Era exatamente às 18h quando entrei em casa, nem me recordo a última vez que cheguei tão cedo, subo direto as escadas indo em direção ao quarto das minhas meninas.
Quando entrei, a sensação que tive foi que elas se assustaram, talvez pela forma que praticamente invadi.

- O que houve bobbsey? Cara chamou o médico? - Toquei na testa da minha menina para ver se estava febril.

- Cara está fazendo um chá para ver se ela melhora, ela não quer médico e nem tomar remédio. - Cassidy parecia desconfiada enquanto falava alisando aquele braço engessado.

- Que loucura é essa, claro que verá o médico sim e tomará o que ele receitar.

- Eu não quero, só quero se Andy vier também.

Aqueles dizeres me pegaram em um clarão, eu de forma alguma estava esperando por aquilo.

- Bobbsey, já expliquei que não é apropriado intimidade com funcionários da mamãe.

- Sem Andy, sem médico. - Caroline proferiu entre tosse alegando ainda que não estava bem.

Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro, por um lado estava desejando tê-la em minha casa, vê-la de uma forma menos formal, e olhá-la mais alguns minutos, sabe-se lá o que mais... mas por outro lado, isso fugia de tudo que eu criei, destrui uma carreira de muros que foram construídos ao meu redor. Céus! Ela já demoliu tantas fileiras de tijolos.

- Andy está ocupada. - Quando notei, as palavras já haviam se perdido ao ar.

As duas me olharam com aqueles olhos brilhantes e surpresos, um sorriso faceiro tomando conta dos seus labios finos e delicados.

- Vejam, vocês falam tanto o apelido que acabei repetindo, imagina isso na Runway? - Repreendi. - Por isso não devemos ultrapassar a linha chefe e empregado.

Mas por dentro eu sorri, sempre soube e no fundo senti vontade de chamá-la por Andy, mesmo achando Andrea muito mais atraente. - Você está se ouvindo Miranda? O que está acontecendo com você? - Suspirei.

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Pov Andrea

Estava reorganizando a agenda de Miranda, parece que ela teve um imprevisto e cancelou toda sua agenda, bem, para mim, ficar até mais tarde esperando o livro com a mente ocupada até que foi melhor, assim eu evito pensar tanto nela, ou o que deve ter acontecido para ela cancelar tudo. Algo especial que Stephen preparou, sera?

Não! Eu sei pelo que as meninas me contam que ele nunca fez esse tipo de coisa. E Miranda realmente não tem perfil que goste de ser pega de surpresa, principalmente quando isso afeta o trabalho.

- Alô Miranda? - Atendi trêmula pelo susto de está pensando nela e ela ligar.

- Andrea, Caroline passou mal...

- O que houve? Ela está bem? Precisando de algo? Onde vocês estão?

- An-dre-ah! - Me calei e me dei conta que não havia deixado Miranda falar.

- Ela quer ver você, se não for muito incomodo e você quiser, é claro, gostaria que viesse aqui, elas gostariam... e Caroline está doente, jamais negaria um pedido dela.

- Só esperar o livro ficar pronto e vou...

- Se fosse para você vir depois das 22h Andrea, não estaria ligando para você, esperaria você chegar. Deixe o livro, amanhã der um jeito de trazê-lo.

E a ligação foi encerrada. Frazi o cenho tentando entender tudo, sorri do meu fracasso, da minha ruína, parecia que o universo estava me arrastando para um buraco negro chamado Miranda Priestly, e assim como buraco negro destroi tudo, eu tinha medo de Miranda destruir meus sentimentos por ela.

Mas Caroline estava doente e precisava de mim, eu jamais negaria uma visita a elas, mesmo que fosse as escondidas eu iria. Desliguei o computador, peguei meu casaco e bolsa e segui para o elevador. Estava aflita e preocupada, precisava me certificar do que tinha acontecido com Caroline, já que mais cedo nos falamos e ela parecia bem.

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