Silencio Torturante

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Silencio Torturante

Saímos do armazém, o caminho até é uma estrada de terra batida, com certeza deve se localizar em um lugar praticamente deserto e esquecido por Deus.

Encaro o homem por um tempo, homem que tinha seus olhos fixos na estrada. O veículos as vezes dá uma leve sacolejada. O mesmo reclama do chão ser tão ruim, sua expressão carrancuda não diminui em momento algum.

A noite está fria posso sentir os pelos de meu corpo arrepiarem, cada poro parece tremer. Tento me aquecer enquanto o homem nem mesmo se importa em fechar as janelas e nem eu ligar o som, para quem sabe assim esse silencio desconfortante diminua um pouco.

Tento recordar da última vez que escutei alguma música, foi uma opening de anime, só o nome do anime que eu não me recordo.

Mawari tsuzukeru, haguruma ni wa nari sagaranai

Heikin enjiru, tanjou kara hajimatta jigoku

Fico repetindo o começo em minha cabeça, já foste à única parte que tive tempo de decorar.

Quero a minha vida pacata e estagnada de volta! Quero voltar pra o Japão e continuar com a pobre e livre vida que eu tinha, arrependo-me de ter reclamado do que tinha e dos sacrifícios que fazia, pois agora em oficial eu estava completamente perdida e sem rumo. Estou presa em uma situação em que não encontro saída e nem solução.

Penso se eu abrir a porta do carro e me jogar entre os arbustos será que irei morrer? Ou será que meu dono ira ficar com raiva de mim por tentar fugir logo após o mesmo pagar uma fortuna para me ter.

Assim que saímos da estrada de terra o homem começou a acelerara ainda mais a maquina que dirigia, o motor urgia sempre que ele trocava a marcha e aumentava a rotação do veiculo. Em questão de poucos segundos ele já estava fazendo mais de 150km/h. Assusto ao ver o quando ele corre, o seu rosto brota um sorriso, já eu me encolho no banco e penso se irei ou não sobreviver a essa viagem.

Deus permita que eu sobreviva a essa viagem com esse louco maníaco por velocidade! Amém.

Ele para em um posto de gasolina, que se não fosse pelas luzes do interior do estabelecimento eu juraria estar abadonado.

- Não sai do carro, se mover um musculo eu quebro a sua perna! – engulo seco.

- M-mas eu posso i-ir ao banheiro, é que eu estou um p-pouco apertada.

- Pode te dou cinco minutos se demorar mais que isso já sabe o que lhe aguarda – será que ele pretende cumprir a ameaça de quebrar as minhas pernas – Já que puta não precisa de perna pra ser fodida.

Digamos que fiquei com enorme vontade de continuar dentro do veiculo, mas se eu não saísse para fazê-lo eu acabaria sujando a minha roupa.

Retiro os saltos e recebo um olha de reprovação por parte do homem o ignoro, já que sem eles eu caminharei mais rápido. Corro para dentro do banheiro sujo e fedorento do local, o vaso está entupido e repleto de fezes. Vou até a segunda cabine a onde está minimante limpo.

Respiro aliviada ao notar que a minha bexiga esvaziou e que eu teria um incomodo a menos, o sono e a fome estão de matar. Lavo as minhas mãos e volto apresada pra o local a onde o moreno está a abastecer.

Ele acende um cigarro enquanto fica olhando o nada, ele é mais alto do que eu e as sua mãos parecem tão grandes olhando assim de longe. Os seus cabelos curtos e rebeldes eram bagunçados pela leve brisa.

A fumaça de seu cigarro se misturava ao ar lentamente, o observo de longe. O meu coração novamente da uma leve acelerada ao ver o mesmo retira o terno e o lançar no banco de trás, ele puxa um pouco a sua gravata e abre alguns botões da blusa que está a usar.

Bride of the CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora