Bride of the Criminal

Primeira Vez

Você é minha! Da mesma forma que eu sou dele. A dama e o vagabundo.

Quatro dias.

Quatro longos dias.

Não falo com ela desde aquele dia. Aquele homem me expôs a ela de uma forma inapropriada, indevida e rápida; já que eu não me encontrava preparado falar sobre ela, sobre Safira, eu ainda estava a juntar coragem para dizer a ela o que se passa dentro de mim, o motivo de eu ser assim e lhe explicar sobre as lápides. Sobre os dois túmulos em meu jardim. Sem contar a ela sobre os quartos trancados e até mesmo o motivo de eu me negar a falar sobre isso, já que sempre que a coragem vinham algo acontecia, primeiro foi o acidente e depois a volta de Itachi.

Isso foi fazendo com que eu somente adiasse ainda mais o inevitável, Safira e a nossa filha fazem parte do meu passado, do meu doloroso passado. De um jeito ou de outro ela também está a refletir no meu eu de agora. Foi por causa da morte delas que eu me fechei, por medo eu me escondi e fingi não ver, apesar da depressão e saudade lacerante que eu sentia. A culpa foi somente o bônus, ela não se comparava em nada com a saudade e o remorso.

Falar sobre ela de certa forma me machuca, é algo que me fere. Meu primeiro amor foi àquela mulher, por anos ela foi a única há habitar meu coração, juntamente com a nossa pequena princesa, nossa Hope. Eu fiz delas o meu tudo. É elas se tornaram o meu nada.

Por isso nunca me senti bem em falar sobre isso. Pois foi sorrindo e dizendo que me ama que Safira se foi, sem se importar em me abandonar a mulher que eu amei morreu, tomando em meu lugar o tiro que me pertencia.

- Droga! – aperto a foto deles que mantenho em meu escritório. – Desculpa, mas eu acho que estraguei a minha segunda chance. – sigo sem graça.

Alguém bate na porta, creio que deve ser um dos meninos não me encontro com cabeça pra eles. Todavia uma voz infantil é escutada por mim, Akashi está a me chamar, ao fundo nenhuma voz é escutada.

Me levanto da cadeira, deixando o cigarro de lado eu me levanto. Estou a cheirar whisky e a cigarro. Tem dias que eu não saio de dentro do escritório, passo metade do dia no telefone tratando de assuntos banais e outros sérios; algumas coisas aconteceram nos últimos dias, desde a briga com Hinata eu me pus a pesquisar sobre a ligação dela com Otsutsuki Ashura.

Abro a porta, Akashi se encontra parado me encarando. O menor está a estender os braços para que o pegue, seus dentes estão a apontar, os da frente e alguns ao fundo já nasceram. Seu sorriso careca aos poucos está a sumir, dando lugar para os dentinhos do mesmo.

- Oi meu amor. – pego ele no colo e volto para dentro do escritório, trancando a porta eu fico a sós com o mesmo. – Você cresceu. – sorriu bobo. – Desculpa sumir, papai anda ocupado e as coisas chatas da vida estão a tirar meu sono; mas você está dormindo bem? – ele toca no meu rosto, me fazendo encarar os olhos pretos e os cabelos já maiores. – Assim como o do papai o seu cabelo fica lindo assim. – o menor sorri, seus olhos se fecham enquanto o mesmo o faz. A cena é fofa, isso faz com que o meu coração se aqueça, que aquela sensação de vazio dentro de mim suma, Akashi foi a minha segunda chance. Sempre será.

Ele e Hinata, os dois me amam apesar de tudo. Meu filho me vê como alguém importante, tanto que ele não tem medo de vir até mim, de me tocar e de se aproximar. O menor é corajoso assim como Hinata, da mesma forma que Safira era, mas ela não é Safira! A minha pedra preciosa morreu.

Simplesmente se foi. O meu amor por ela foi junto, apesar de agora o meu amor pertencer a Hinata, a minha pedra preciosa.

- Akashi você sabe se a sua mãe está brava comigo? – o menor me encara confuso. – Droga! Acho que vou ter que ir atrás dela. – bufo, o menor pega o meu cordão, a blusa que o mesmo está a usar um leque em suas costa, em seu meio a junção do nome meu e de sua mãe se encontra. – Sinto que essa roupa foi a sua vó quem mandou. – digo sem graça. – SasuHina... Uchiha Akashi não deixa a minha mãe te fazer de cupido. Você é muito novo pra ficar juntando casal por aí.