Regresso

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Uchiha Sasuke

Sinto os ossos de minhas costas estralarem no momento em que me encosto sobre o acolchoado negro e confortável do quarto em que estamos. Depois da morte de Kurenai fiquei sem lugar para procurar, sem fontes e ninguém para recorrer, o pouco que eu descobri fez com que eu parece se achar que tudo o que anda me acontecendo é somente falta de sorte ou até mesmo somente um acaso, afinal essas coisas de destino não colocam comigo!

Costumo acreditar que sempre há um conjunto de ações e fatores que resultaram naquilo, que fez com que aquilo acontecesse.

Ela não é uma simples colegial, sua vida e a de seus pais sempre esteve interligada com a do submundo. Uma família de aparência, podemos assim dizer. Eu me achava com um passado, até mesmo uma vida confusa, Hinata acabou de provar que não; creio que nem mesmo ela tem noção de suas origens, que nem ela sabe direito sobre seu passado.

– Sasuke? – Gaara me chama. – Tá na hora. – digo que já vou, que falta somente pegar a pasta com as cartas que achei no antigo apartamento de Hinata.

Algumas fotos e até mesmo lembranças da sua antiga vida, desde criança ela era diferente, mais solitária e com quase nenhum amigo. A maioria de suas fotos e dela com os pais e até mesmo com Ashura, mas nenhuma com Indra ou qualquer outra pessoa que não fosse da sua família, como se existisse somente esses três em sua vida.

Agora creio que me tornei capaz de entender o motivo de ela ficar tão acuada quando alguém a questionava sobre os pais na escola e o fato de ela ficar desconfortável na presença das pessoas, ela nunca teve ninguém! É quando alguém se aproximava era com segundas intenções, carregando dentro de si maldade.

As fotos que ela tinha também havia algumas crianças, creio que passei a compreender com mais precisão a habilidade e a façanha na qual ela lidou com Akashi. Ela realmente tinha experiência em cuidar de criança, em lidar com os pequenos que são adoráveis, mas dão uma puta dor de cabeça quando querem.

– Pra onde vamos? – os quatro que vieram comigo estão a me encarar, Neji voltou no momento que soube que Hinata passou mal e acabou ficando inconsciente, tentei voltar, mas todos acharam melhor que eu ficasse e que Neji fosse no meu lugar.

Pois aparentemente Hinata não sente vontade de me ver e muito menos em escutar a minha voz nos últimos dias, não contei a ela o que aconteceu com a antiga mentora dela. Encontro sem a coragem necessária para isso, sendo sincero não me encontro com disposição para fazer nada. Desejo somente dormir e esquecer todos os meus problemas, o motivo da minha insônia e das minhas dores de cabeça.

Quero! Desejo esquecer o maldito que está a roubar as minhas noites de sono e paz.

– Casa? – olho para Shikamaru, ele quem dita às rotas e eu as ordens.

– Não tem mais nada pra vascular aqui, Sasuke não tem mais nada que possamos aprender sobre o Indra ou sobre a Hinata nesse país. – ele fecha os punhos, seu lábio inferior é mordido com um pouco de força. – Tem um lugar ainda... – ele diz excitante. – mas eu não se irá ajudar a gente em alguma coisa.

– Qual lugar?

– A cidade onde a Hinata nasceu! – pensei que ela fosse natural de Tokyo.

– Onde fica isso?

– Em Los Angeles. – o encara inexpressivo. – O antigo sobrenome da mãe da Hinata é Otsutsuki, creio que isso te lembra alguém.

– É o mesmo sobrenome do Indra e do Ashura, também é o do Toneri. – encaro o chão por breves segundos.

Bride of the CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora