Fim

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Bride of the Criminal

Arco V — XXX

O Fim Perfeito

Okumura Shuu.

Cruzo os braços, fico a espera de Nagato, que lê os arquivos com calma, ora ou outra ele para, pegando uma das folhas espelhadas sobre a mesa de vidro. Creio que ele está repensar, a rever os conceitos de 'sujeira', criando determinados níveis, creio que estou abaixo de Indra, mesmo que seja somente por um mísero detalhe: não machuco os meus parentes, quem tem o mesmo sangue que eu; muito menos mulheres inocentes e crianças.

Nagato não pisca, seus olhos estão fixos na extensa ficha criminal; dos crimes que consegui descobrir ao vasculhar a fundo sobre ele, sobre o seu passado, a sua real identidade; afinal seu pai não morreu de causas naturais como fora passado ao mundo. O carro não despencou de um penhasco devido há uma falha mecânica, muito menos devido a incompetência do motorista, o senhor não morreu devido a queda, por conta de uma explosão. Indra queria liberdade, é seu pai era um grande limitador, a pessoa que o impedia de ferir deliberadamente, era o homem quem o mantinha na linha, o impossibilitando de fazer qualquer ato impensado, egoísta, como, por exemplo: matar os pais de Hinata e tentar livrar-se de mim! Tudo para ter quem amo, deixar-me sozinho, sem ninguém. Para ser sincero até hoje não entendo como tudo começou, há momentos em que penso que Safira foi o gatilho para tudo, em outros que há algo à mais!

O pai de Indra e Ashura, o homem responsável por uma pequena parcela da minha educação quando eu ainda era somente uma criança, é um velho conhecido meu. Na época a família principal do clã Otsutsuki ainda era filiada a organização. Otsutsuki Hagoromo, pai de Indra e Ashura. Ele era um homem justo que diferente dos filhos não buscava matar ninguém, seu sonho se resumia há uma idealização de uma falsa paz entre as facções, sem derramamento de sangue, sem nenhuma 'Guerra Fria'; sempre fora justo, analisada bem as suas escolhas, baseando-se no que via e aprendia para julgar alguém. Tanto que costumava me chamar de 'cópia', por fazer tudo o que Itachi fazia, por copiar cada movimento e ato do meu irmão; ele passou a vida me dizendo para ser eu mesmo, para ser Uchiha Sasuke e não Uchiha Itachi. Tanto que foi ele quem me ajudou a entrar para organização, para correr atrás de meus sonhos, isso foi aconteceu pouco depois dele ter abandonado a vida do crime, dizendo que iria se dedicar a outras coisas — como a jardinagem e no cuidado com animais —, tudo para focar no cuidado dos filhos, estes que ele mantinha escondido, somente os membros da família principal tinham contato com seus dois filhos.

Fui burro quando não liguei os pontos, afinal Hagoromo era um homem bom, justo, pensei que seus filhos seriam iguais a ele no requisito caráter, mas vejo que me enganei, pois ambos têm personalidades distintas, um é sádico pedófilo, que creio ter sérios problemas com rejeição e em escutar a palavra 'não' sem surtar, já o outro sofre com o complexo de inferioridade, sendo incapaz de contrariar as ordens do irmão; além de ser um ótimo ator, um mentiroso ardiloso e esperto, ele é o cão mais fiel do irmão — pelo menos dentro da minha analogia, onde Indra manda e ele obedece.

— A ficha dele é bem maior que a sua, olha que só eu sei tudo o que você fez, só me falta algumas provas, pensando bem me falta todas as provas... — Ele segura o papel, lavando para perto dos olhos, lendo com cuidado as minhas anotações, tudo aquilo que escrevi dentro do quarto do motel em que passei as últimas três noites, enquanto me escondia da polícia que buscava pistas sobre o meu carro.

Fiquei escondido lá, em um pulgueiro abandonado na beira de uma estrada deserta, lugar onde viajantes, jovens fujões e bandidos ficam; tudo para escapar de quem os persegue. O encontrei ao acaso, após desviar de uma batida policial em uma autoestrada, a 'Lamborghini' chama muita atenção, mesmo sem o rastreador e o GPS ainda é fácil achá-la, ainda mais por ser uma edição limitada. Embora ela não chame mais atenção do que os meu cabelo, na qual tentei mudar o corte, deixando-os para baixo, cobrindo um dos meus olhos.

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