Anjinho

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Hyuuga Hinata

Ele é o amor da minha vida.

Não é algo comum de se ver nos dias de hoje. Afinal eu já estive aqui antes, já andei por todos esses corredores e visitei todas as salas no dia anterior.

O mapa improvisado em minhas mãos acabou de voar para longe, fazendo com que a minha pequena luz de esperança me dê um breve e doloroso adeus. Tenho vergonha de pedir informação.

Por isso na realidade é bem comum me ver perdida e sem ter ideia da onde fica a sala do meu primeiro horário, um vento frio acaba de passar por mim, olho para trás de relance eu vejo alguém me observar. Cerro minha vista e tento focar no homem do outro lado da rua, que sorria à medida que seus passos iam ficando rápidos, que os carros na pista iam parando e que o meu peito apertava.

Uma sensação ruim me dominou à medida que ele foi se aproximando, o sorriso meigo me causa arrepios e espasmos desconfortáveis. Aperto meu braço e dou um passo para trás, o horário em minha mão fica amassado, o ar é preso por mim e a sensação de inquietação me domina; meu estômago dá uma enorme volta sinto uma forte ânsia.

Toco no lugar onde o incômodo se encontra maior, cobro a boca e prendo o fôlego. Viro de costas, três pequenos passos são dados na direção oposta, o homem de cabelos castanhos e olhos levemente avermelhados me toca em meu ombro; o susto tomado faz com que um breve grito seja dado por mim.

Ele ri, enquanto eu tento recuperar a minha respiração levemente falha. Seu cheiro e face me são familiares, quase como se eu já o tivesse visto mais de uma vez.

– Desculpa, não queria te assustar. – uma coisa nele me assusta, faz com que eu fique em alerta. – Está perdida querida?

– N-não... – me encontro apreensiva, estou com medo do homem à minha frente.

Pressionou com força o spray de pimenta dentro de minha bolsa, me sinto tonta, justo agora! Tento ficar calma e não demonstrar que estou nervosa, não posso ficar assim e muito menos demonstrar fraqueza parente ele.

– Se quiser posso de levar até a sua sala. – o cheiro dele me é familiar, todavia eu não consigo me lembrar da onde.

– Não precisa eu posso me virar sozinha, sem contar que eu não quero te atrapalhar. – solto um meio sorriso, antes de tentar achar a saída mais próxima.

– Não é incomodo nenhum, pelo contrário é um prazer ajudar um anjo como você.

Me sinto nostálgica ao ouvi-lo me chamar assim, quase como se alguém o tivesse feito antes e eu te garanto que esse alguém não é o Uchiha e muito menos o Ashura, pois os mesmos raramente me chamam assim.

O meu noivo me chama de muitas coisas, menos de anjo.

Ashura me chama de muitos apelidos fofos, desde meu bebê e meu neném. Todavia nunca de anjo, nem os meus progenitores me chamavam assim, eu era a filha querida e amada deles.

Por isso eles usavam os mesmos apelidos que Ashura colocou em mim, contudo o tom usado por eles era um pouco mais maduro só que sem perder o lado afetivo e carinhoso.

"– Você é o meu anjo, repete com o tio... diga minha pequena que você é o anjo do tio!

Eu sou o seu anjo tio.

Isso meu amor, você é o meu anjinho, só meu. – ele se pronuncia de forma possessiva.

Sou o seu anjinho. – solto um enorme sorriso para o homem que me mantém sentada em seu colo. Acariciando meus cabelos enquanto nos escondemos em uma parte afastada do parque próximo a minha casa.

Bride of the CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora