A Loucura de um Homem

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Demorei horrores! Mas é por uma boa causa, como sabem me liberei de uma amarra e tô me adaptando, não é fácil mudar e eu tô tentando me adaptar, apesar de ser mais liberal aqui também não é terra sem lei! Mas vamos ao capítulo onde o começo conta com um narrador observador, outro narrador e por fim o Sasuke! Prevejo gritos de ódio!
Boa leitura!


Sasuke sente corpo ficar tenso, suor escorre de sua nuca e costas, molhando a blusa escura. O clima frio, a tensão existente nas expressões rígidas de Sasuke irritou a Indra, que continuou parado, mantendo o dedo sobre o gatilho sensível. Estava irritado, a petulância existente em suas ações o irritaram.

— O que diabos mais você quer? Já não lhe dei tudo o que me pediu! — bravejou, batendo a mão contra a mesa gasta, assustando ao bebê. — Meu nome, minha vida, até mesmo da minha família eu me afastei! 

Akashi abriu os olhos lentamente antes de começar a chorar.

Soluços altos, que vinham acompanhados de um pedido choroso, os bracinhos pequenos começaram a tentar pegar o "ar". Estava sensível, não via a mãe há alguns dias e teve a sensação de ter ouvido a voz do pai. O menino em primeiro momento pediu por leite, depois tirou outro breve cochilo antes de ser acordado pela voz alterada do pai, pelo tom autoritário e áspero de Indra.

Se encolheu em cima da cama, abraçando a coberta cheirosa, esfregando-a contra o rosto, tentando acalmar a si mesmo, assim como a sua mãe costuma fazer; contudo ao ouvir a voz do pai não conseguiu, passou a chorar mais alto, ao tentar levantar, embora estivesse sonolento e cansado, e corpinho não lhe respondesse direito. Queria ir para o lugar onde a voz do pai está, deitar em seus braços e dormir novamente, pois se seu pai estivesse por perto nenhum monstro o visitaria durante o sono. Teria sonhos felizes e dormiria bastante.

— Indra, por favor, ele está chorando — Sasuke suplicou.

— Não.

Sasuke respirou fundo, seu coração doeu ao ver os olhinhos chorosos de Akashi, o menino continuou choramingando, pedindo para que o pai o pegasse, agitando os bracinhos moles na expectativa de ser pego; ignorando o tio que o alimentou. Queria colo, um carinho que não sentia há meses, queria o pai, esse que raramente tem tão perto de si. Para Sasuke é a primeira vez em meses que vê o filho, é a primeira vez em meses que Akashi encontra o pai.

Um encontro tão tenso que o fez chorar, o clima frio e os olhares hostis trocados assustam a criança pequena. Ignorando os gritos, a arma apontada, Sasuke se levanta pegando o filho no colo, balançando a criança lentamente.

Beijando os fios pretos, tocando com delicadeza no rosto vermelho, limpando as lágrimas que escorrerem pela bochecha rosada. Disse palavras doces, tentando ocultar outros sons, temeu que Akashi ouvisse as palavras ditas por Indra, esse que o xingou, mandando o homem ir se foder, além de mandá-lo soltar a criança, dizendo que o mataria se não o fizesse. Antes de tudo Sasuke é pai, seu dever sempre foi com os seus filhos, para depois ser com sua esposa, a mulher na qual ele ama mais do que tudo.

Está tudo uma bagunça, sua mente e coração um caos, têm medo de irritar o homem louco, de que ele machuque o único incapaz de se defender. Sua mão doeu, a atrofia em seu músculo o deixa desconfortável, contudo não diminuiu o aperto, teme que Indra use essa chance para tirar o menino dos seus braços, levando-o para longe novamente.

— Você é um estorvo, não entendo como Hinata foi capaz de ficar contigo. — Murmurou irritado.

— Uma pessoa como você jamais entenderia, você é incapaz de entender sentimentos básicos, sensações que só são aproveitadas quando nos prendemos as coisas boas da vida. Aprendi a apreciar cada sorriso por sempre saber que não ficaria muito para vê-lo com frequência — comentou. — O mesmo acontece com cada gesto, toque e lembrança, tudo o que vivi ao lado dos meus filhos e da minha esposa foi e é especial! Pois não sei se terei a chance de vê-los novamente. Então cada momento é precioso, e se isso me faz um estorvo, então continuarei sendo isso.

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