N/A: * parada no meio da cozinha no escuro, bebendo um copo d'água gelado e olhando para o nada pensativa*
Ah, Oi!! Que bom ver você por aqui!
Já passou da meia noite, então não é mais sábado.... não sei se vocês leram meu post no meu perfil, mas eu tava atrasada e mal e DOIDA DE QUARENTENA enfim.
Resolvi cortar um negócio ali esticar outra coisinha ali enfim. Cá estou 😎
E HOJE É NOITE DE SHOW 💖
não fiquem mal acostumadas, um dia desses eu ainda vou dizer que não vou conseguir e não vou conseguir mesmo soshsoshsishsoshsoshaoshao
MAS VAMOS!!! A música está na mídia, mas pra quem quiser ouvir fora é: Heartbreak girl - 5 seconds of summer12 -
Bill fazia um exercício de respiração que aprendeu na quinta série. Era basicamente sugar o máximo de ar possível, prender a respiração e contar até dez, e ai soltar o máximo de ar que conseguir. De alguma forma isso ajudava a acalmar os nervos, mesmo que não fizesse sentido algum para Bill, ele não tinha muito no que se apegar àquela altura.
- ...O que ele tem? – perguntou Richie, chegando com um copo d'água gelado, falando com Beverly e Eddie, que apenas encaravam o vocalista parado com a cabeça encostada numa parede no camarim, quieto.
- Bateu arrependimento. – explicou Beverly.
- Da música? – Richie quis clarificar, bebendo um gole da água.
- Yeap. – Eddie respondeu dessa vez. Os três permaneciam encarando Bill como se fosse algum tipo de espetáculo pós-modernista de arte contemporânea. Apenas como espectadores, e não participantes.
- Deveríamos falar algo? – continuou Richie, sem tirar os olhos de Bill, que começou a bater levemente a cabeça contra a parede onde estava encostado.
- Já falamos, ele não responde. – Beverly deu de ombro, pedindo o copo de água que Richie não parecia querer terminar.
- Quer dizer, é uma música bem direta. – Eddie ponderou, e Bill bateu a cabeça um pouco mais forte.
- Bem, podia ser pior eu acho. – Richie resmungou, não parecendo muito certo do que dizia.
- Neibolt Kids, cinco minutos! – a voz do contrarregra cortou o camarim, e Bill grunhiu como um animal ferido. Beverly e Eddie se encararam, enquanto Richie fazia uma careta preocupada.
Bill desgrudou da parede, voltando-se à seus amigos, que o encaravam atentamente. Ele tinha uma marca avermelhada no meio da testa, e uma expressão difícil de ser lida. Era algo entre desespero e total desesperança, como se ele mesmo tivesse desistido.
- Bem. – ele começou. – Não tem c-como voltar atrás agora. – deu de ombros, olhos caídos no chão. Os amigos permaneciam lhe encarando com atenção, um pouco de descrença. Bill suspirou ainda mais pesado.
Richie bateu uma mão no ombro do amigo, tentando lhe passar força.
- Fica calmo BigBill, os Deuses da Crush vão te recompensar por sua coragem essa noite. – ele disse muito seriamente, e Bill lhe encarou mais seriamente ainda.
- ... Tomara. – Bill resmungou, antes de sair do camarim com sua guitarra.
Antes que se desse conta, num piscar e abrir de olhos, ele estava perante o microfone. As luzes fortes contra seus olhos, os gritos da plateia, seus amigos ajustando os instrumentos. Parecia que alguém tinha apertado o botão de avançar na vida, e o tempo começou a passar muito rápido, até aquele momento especifico, quando tudo se tornou estático. Ele encarou a plateia, e sabia que a plateia lhe encarava de volta. Ele precisava dizer alguma coisa.
- Boa Noite Shinning! – ele exclamou, lembrando o nome da casa de shows num estalo de sorte, como se despertasse de um transe - Muito bom e-estar aqui, muito bom. – resmungou, abaixando os olhos. – Hm, meu nome é Bill Denbrough, e eu estou a zero dias sem sofrer por crush. – deu um leve intervalo, ouvindo risadas. As risadas lhe acalmaram um pouco. – O recorde é de... zero dias. – ele mesmo se atreveu a rir um pouco, decidindo que precisava de alguma forma se acalmar antes de começar a cantar, ou tudo daria errado. – E é, é s-sobre isso que é a música de hoje! Primeiro, eu gostaria de dizer que... friend-zone, não existe. Ninguém é obrigado a g-gostar de ninguém. – ele disse taxativo, gesticulando, e tendo total atenção da plateia em si. – Porém, e-existe um sentimento muito parecido com esse c-conceito. É um sentimento que vem assim, e ai você olha e fala "hm to puto, to mal, mas vou, eu vou deixar pra lá". – continuava gesticulando. – E eu... Decidi deixar e-esse sentimento pra lá escrevendo uma música e cantando pra dezenas de pessoas. – um riso nervoso, mesmo que já estivesse um pouco mais calmo. – Enfim, comigo temos... Richard Tozier, o homem de dedos habilidosos. – Richie lhe lançou um olhar quase escandalizado apesar do riso, e houveram gritos da plateia também, que fizeram Bill instantaneamente se arrepender. – Merda, não, não desse j-jeito, eu tava falando da Guitarra, da Guitarra!! – ele riu de nervoso, quase sofrido, - Gente m-me perdoa eu to muito nervoso. – ele revelou, se abanando um pouco com a mão, tentando parar aquele riso nervoso que lhe quebrava. – No baixo temos nossa Imperatriz Beverly Marsh! – Beverly bateu palmas em sua maneira de dar os parabéns por Bill não ter dito nada embaraçoso sobre ela. – E na bateria temos, hm, - Bill fechou os olhos, sorriu nervoso pensando no "expert em bater" que quase lhe escapou dos lábios, mas ele definitivamente não viveria para outro show. – Nosso galã do Alcool em gel, Edward Kaspbrak! – e palmas, enquanto Bill erguia a cabeça ao teto, respirando fundo. – E juntos somos... "Bill Deborugh e suas decisões duvidosas", não, mentira, - alfinetou mas logo se recompôs, ouvindo mais risos. – Somos a Neibolt Kids, mas bem que deveríamos nos chamar "Bill Denbrough e suas decisões duvidosas", faz muito sentido! – ele virou-se para Richie, e logo depois para Beverly, em busca de confirmação, e enquanto Richie parecia ponderar, Beverly apenas permanecia lhe encarando um tanto quanto preocupada. – Nunca teríamos p-pisado na Neibolt se não fosse por mim, Enfim! – Bill se interrompeu quase grosso, piscando algumas vezes.
Respirou fundo.
- A música se chama Heartbreak girl. – anunciou, se virando de costas para que as luzes diminuíssem antes da música efetivamente começar.
A guitarra foi dedilhada levemente, e o resto do instrumental só começou realmente quando a voz de Bill soou no microfone.
- You call me up,
(Você me liga)
It's like a broken record
(É como um disco arranhado)
Saying that your heart hurts
(Dizendo que seu coração dói) – ele cantava com um tom de voz mais sofrido do que o normal, mas calmo e baixo até, um pouco inseguro de mais.
- That you never get over him getting over you,
(Que você nunca superou ele superando você)
And you end up crying
(E você acaba chorando)
And I end up lying,
(E eu acabo mentindo)
'Cause I'm just a sucker for anything that you do
(Porque eu sou completamente rendido por qualquer coisa que você faz) – cada pausa para ar era como se Bill repassasse em sua mente todas as decisões horríveis que tomou até chegar naquele momento.
- And when the phone call finally ends,
(E quando a ligação acaba)
You say, "Thanks for being a friend, "
(Você diz, "Obrigado por ser um amigo,")
And we're going in circles again and again
(E nós andamos em circulos outra e outra vez). – a guitarra e a bateria se tornando mais pesadas pareceu dar um choque de energia em Bill, que começou a cantar com mais certeza, apesar de ainda mais sentimento, de alguma forma.
- I dedicate this song to you,
(Eu dedico essa música à você)
The one who never sees the truth,
(Aquele que nunca vê a verdade)
That I can take away your hurt, heartbreak girl.
(Que eu posso afastar sua dor, garota do coração partido)
Hold you tight straight through the day light,
(Segurar você com força através da luz do dia)
I'm right here, when you gonna realize
(Eu estou bem aqui, quando vai perceber)
That I'm your cure, heartbreak girl?
(Que eu sou sua cura, garota do coração partido) – o mesmo dedilhar do começo da música, e Bill apenas fechou os olhos naquele momento, tentando se concentrar em cantar e não no fato de que haviam pessoas ouvindo aquilo. Ou melhor, uma pessoa em especial, ouvindo aquilo.
- I bite my tongue but I wanna scream out
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[ ℕ𝕖𝕚𝕓𝕠𝕝𝕥 𝕂𝕚𝕕𝕤 ] • 𝑺𝒕𝒆𝒏𝒃𝒓𝒐𝒖𝒈𝒉 •
FanfictionStanley teve o coração quebrado por relacionamentos passados. Bill é um cantor de punk-rock disposto a provar que era doce o suficiente para remendar o coração machucado do veterano do colégio.