Ciúmes : Amor ou Possessão?

Capítulo 38

§ Talvez um novo começo

...

| 2 dias depois...

A porta do quarto do hospital foi aberta e pude ver o rosto maravilhoso da Lura e eu sorri ao vê-la, ela correu até mim e me abraçou toda feliz e histérica.

_ Ai, ai, chega... _ Gemi pois meu corpo todo ainda doía e ela apertava.

_ Desculpa... Pronto! _ Falou se sentando na ponta e segurou minha mão _ Como você está? _ Perguntou e eu suspirei.

_ Estou me aguentando, dói tudo em mim até a alma! _ Falei e ela me olhou triste.

_ Soube pela sua mãe que denunciou o Cafageste do seu marido estúpido e repugnante! _ Falou e eu ri da sua raiva_ Ainda bem que você tomou essa decisão e percebeu de uma vez por todas quem é ele! _ Falou orgulhosa.

_ Desculpa não ter te ouvido antes amiga, estava tão apaixonada, quer dizer, ainda o amo, mas não mais a ponto de apanhar de novo! _ Falei e ela olhou carinhosa pra mim.

_ Você é a irmã que sempre pedi e nunca tive, eu te amo muito e meu dever é cuidar de você e agora da sua filha também! _ Falou e eu sorri.

_ Obrigada por tudo! _ Falei derramando uma lágrima e ela também se emocionou.

_ Não chora! _ Falou limpando minha lágrima.

_ Você também! _ Falei e limpei sua lágrima e sorrimos juntas.

[°°°]

_ Filha, esse é o Dr. João Carlos, ele será seu advogado e é ele que está tratando de tudo, até das papeladas do divórcio! _ Falou minha mãe afagando meus cabelos.

Olhei para o homem a minha frente apoiado na maca com altura média, cabelos escuros e pele escura brilhante, trajando um terno fino, o homem sorriu para mim e eu correspondi.

_ Prazer Yana! _ Falou ele e eu assenti_ O exame de corpo de delito já foi enviado ao delegado e foi considerado gravíssimo, visto que sofreu um aborto e... _ Falava mas o interrompi.

_ Aborto? Que aborto? Eu não estava grávida... Estava? _ Falei já tremendo e olhei para a minha mãe.

_ Filha, a médica disse que você estava grávida a caminho de dois meses, mas com a agressão você acabou perdendo a criança! _ Falou e eu comecei a chorar.

Instantaneamente eu levei minhas mãos sobre a minha barriga e me dei conta que ele tirou uma parte de mim, era um misto de dor, não sei como estava me aguentando ainda.

_ Eu posso voltar outra hora! _ Falou o Dr. João Carlos e eu respirei fundo limpando as minhas lágrimas.

_ Pode continuar, eu estou bem! _ Falei e minha mãe segurou minha mão trémula.

_ Como ia dizendo, provavelmente hoje vão prendê-lo pois já saiu o mandato de prisão, e ele poderá receber uma pena de 3 anos de prisão! _ Falou e eu assenti.

Uma parte de mim temia pela Laura, ficar tantos anos sem o pai, mas a outra bem maior dizia para eu seguir em frente e é isso que vou fazer.

...

POV. MARCO

Após a Marta terminar de arrumar a bagunça ela foi embora, mal olhou para minha cara, ontem mesmo veio com uma conversa de demissão após sair da visita no hospital, eu achei estranho, mas dei liberdade para ela.

A noite foi dura para mim, não me deixam entrar no quarto para ver a Yana e isto está me matando, ela não quer me ver, eu tenho tanto medo de perdê-la, temo que ela diga alguma coisa e prejudique a nossa relação.