Capítulo 15

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POV Perry

Acordei com uma puta dor de cabeça, eu estava deitada no sofá, e Billie estava dormindo do meu lado, me levantei, sentando no grande e confortável sofá, e olhei em volta, tentando lembrar oque aconteceu na noite passada, que me fez vir parar aqui.

Na verdade, eu preferia não ter lembrado, como eu consegui falar tanta merda? Me levantei, com cuidado pra não acordar Billie, e fui a procura de um banheiro, lavei meu rosto, eu tava fedendo a cachaça, voltei pra sala e coloquei meus tênis, pego a chave do meu carro em cima de um balcão, olhei pra Billie enquanto ela dormia, e sorri, até dormindo ela ficava bonita, e olha que isso não acontece com muita gente.

Vou até a porta e a chave já estava lá, destranquei, e sai, eu realmente não menti sobre não querer encontrar mais ela, não acho que vá me fazer bem, ficar nisso sabe? Seria uma tortura.

Vi uma pessoa no corredor e perguntei a ela como eu chegava nas garagens, ela me explicou e eu agradeci. Fui até o elevador, o peguei e fui até o último andar.

Sai, passei pela recepção, que me parou pra ver quem eu era, e o carro que eu pegaria, nunca esqueçam a carteira de motorista, dica da Perry.

Fui até meu carro, o destravei e entrei, fiquei uns segundos ali, olhando a bagunça que uma bêbada triste causa.

Tinha garrafa por todo lado, por sinal, uma bebida horrível, gosto artificial do caralho, parece que tô tomando remédio de criança.

E falando em remédio, era isso que eu precisava pra voltar a ser uma Perry forte, não devia ter bebido tanto, eu nem devia ter começado pra início de conversa.

O porta-luva tava aberto, e isso é péssimo, porque eu não deixaria aberto, a última coisa que eu quero é a Billie falando por aí que eu tenho que tomar remédios controlados.

Tomo dois de manhã, e dois de noite, pra depressão, ansiedade e síndrome do pânico, sim, eu sou fodida, mas esses remédios me ajudam a não ter surtos como o que eu tive ontem.

Os de manhã é pra me manter acordada, e me desviar de pensamentos ruins, e a me controlar um pouco mais.

Os de noite é pra mim dormir mais rápido, não ter insônia e fazer eu ficar mais tranquila durante a noite.

Pego um comprimido, destaco da cartela, e levo até minha boca, pego a garrafa de água na porta do carro, a abrindo rápido e bebendo, sentindo o remédio passar rápido pela minha garganta.

- Ai meus Deuses, eu sou muito burra.- Falo comigo mesma olhando pra cartela de remédio, percebendo que eu tinha tomado um Rivotril, Rivotril me apaga em cinco minutos.- Burra do caralho, merda.

Ligo o carro o mais rápido possível, abro a garagem, e manobro o carro, saindo, aperto o botão do controle pra fechar a garagem.

Sigo o caminho até o final da garagem do hotel, saindo do mesmo em seguida. No caminho eu só sabia me ofender, e me lembrar o quanto eu sou burra.

- Meu Deus, você toma esses remédios à séculos Perry, como você conseguiu ser tão burra? Nem são comprimidos tão parecidos.- Falo batendo no volante, falar sozinha é uma das coisas estranhas sobre mim.

Rivotril pode causar insônia em algumas pessoas, ou pode derrubar algumas pessoas, e eu, sou uma dessas pessoas que dormem, ou seja, as chances de eu cair com a cara naquele volante e morrer em um acidente de trânsito era muito provável, mas eu sou rápida.

RIVALS ° Billie Eilish °Onde histórias criam vida. Descubra agora