Capítulo 23- Apenas metade? Eu sou muito orgulhoso pra isso

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Chegamos na casa de Peter e entramos.
Não tinha visto ninguém lá. Subimos até o último andar, estava indo no caminho do quarto de Peter,mas...
-Hey, por aqui-Peter disse
E me guiou para o outro lado daquele andar.
Chegamos a uma porta e entramos.

Uma sala de cinema! Caramba! Ali deve ter tudo né

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Uma sala de cinema! Caramba! Ali deve ter tudo né. Percebi algumas pétalas espalhadas, achei fofo.

Comemos enquanto assistíamos um filme qualquer que apareceu na nossa frente: Romeu e Julieta

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Comemos enquanto assistíamos um filme qualquer que apareceu na nossa frente: Romeu e Julieta. É claro que várias vezes deixávamos de assistir para conversar. Paramos um pouco e fomos para cozinha e ensinei Peter Pan a fazer brigadeiro. É bem provável que ele já sabia fazer, mas ver ele se esforçando pra me animar é fofo. Colocamos num prato e ficamos comendo e assistindo o resto do filme. Escutava as reclamações do Peter sobre o final e o que deviam ter feito, e eu concordo com ele kkk.
Quando acabou o filme e acabamos de comer, Peter se levantou:
-E uma coisa que eu queria te mostrar- ele então apertou um botão e o teto começou a se abrir, mostrando um céu incrível e estrelado.

Quando acabou o filme e acabamos de comer, Peter se levantou:-E uma coisa que eu queria te mostrar- ele então apertou um botão e o teto começou a se abrir, mostrando um céu incrível e estrelado

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E ficamos lá apenas conversando, admirando o céu e o momento.
-Peter?- eu perguntei praticamente num sussurro, não sabia de devia falar sobre isso- o que nós vamos fazer?
-Como assim? Em relação a...?
-A nós. Você me fez essa pergunta e agora eu estou fazendo. Porque, bom..., agora meus pais sabem de você, por causa dos presentes e dos encontros.
Ele riu.
-Que bom que você considerou como encontros.
Agora fui eu que ri e ainda corei.
-Você pode me apresentar pra sua família.
-Mas e depois? Você vai embora e o que eu faço?
Ele ficou pensativo e não consegui saber se era pela resposta, mas eu gostaria que fosse sobre ir embora. Porém ele é o Peter Pan não é? O menino que não cresceu, e sempre vai ser assim... Talvez o seu ego fosse grande demais...
-Diz que eu mudei de país- ele respondeu
-Mas antes precisamos saber de nós. É algo oficial? Ou...
-Só pelas fotos que tiraram hoje no shopping, para eles é.- ele riu com ironia.
E eu fiz o mesmo lembrando dos flashs.
-Eu ainda sinto que não te conquistei totalmente.-Pan disse o que parecia de um modo pensativo
-Tem razão, acho que você só tem... metade de mim- eu respondi com uma ponta de sarcasmo e divertimento.
-Apenas metade? Eu sou muito orgulhoso pra isso. Preciso de tudo.
Nos olhamos de modo divertido e malicioso.
-Ok, talvez não precise de muito pra isso.
-Não mesmo- Peter disse indo para mais perto de mim.
Ele chegou perto do meu ouvido.
-Você já é minha- ele sussurrou.
-E você é meu- eu cochichei.
Aliás, direitos iguais, não é meninas?
Ficamos alguns segundos nos encarando profundamente, naquele momento seus olhos se misturavam com diferente tons de verde, não conseguia determinar apenas um, além de estarem com o reflexo das estrelas acima nós. E nossos lábios se encostaram, e sim, a mesma sensação e até mais intensa.
Quando eu vi estávamos deitados um sobre o outro nas almofadas e ficamos em alguns amassos.
E ficamos nos encarando e depois encarando o céu.
Eu adorava ver aquela cena, o cabelo de Peter bagunçado e uma cara que parecia cansada. Será que eu ficava assim também??
-Hey eu tive uma ideia- ele disse animado- vem, levanta.
Com esforço eu fiz.
-Põe a minha blusa- então eu coloquei né.
Estávamos nada apresentáveis pra sair, ele de bermuda e eu só com a sua camiseta.
-Sobe- ele disse apontando pra suas costas- Confia em mim.
Então eu cessei.
Quando eu vi, ele deu um impulso e saiu a fora. Acabei dando um gritinho pelo susto, mas logo me acostumei novamente pelo vento gélido raspando na minha pele, os olhos meio fechados pela força do vento.
Me abracei mais ainda em Peter, fazia tempo que eu não voava sozinha, não sabia se tinha forças. Então ele disse:
-Quer tentar sozinha? Lembre-se, coisa felizes...
Fui me soltando levemente.
Eu te dou a mão, ele deve ter pensado por eu provavelmente não escutá-lo direito.
Ele me deu a mão e pensei nas coisas felizes, pensei nos meus pais, na minha irmã, minha cachorrinha, minhas amigas e Ele. Quando abri os olhos eu voava sozinha novamente, e aquela sensação de liberdade logo entrou no meu peito. Que saudades. Voamos pela cidade, brincamos em algumas nuvens que tinham no céu... Me senti como em Neverland, uma criança.
Quando encostei os pés no chão parecia que tudo tinha voltado, tinha vontade de deixar meus pés flutuando, mas em algum momento eles vão ter que descer.
É muito orgulho eu querer que Peter fique comigo e... cresça? Que coloque os pés no chão...
Eu não sei.
E Peter me levou pra casa. Íamos ver seriamente a questão da minha família. Nos despedimos com um beijo, me arrumei e fui dormir. Depois de algumas horas senti alguém se deitando no meu lado, era ele, dormi com um sorrisinho bobo no rosto.

My black hair and your black heartOnde histórias criam vida. Descubra agora