Cheguei numa cobertura, sacada... O que seja, de um prédio. Eu conhecia aquele lugar, meu joelhos fraquejaram, eu vinha tantas vezes com ele aqui... Admirar o céu, conversar, namorar um pouco...
Ri com as lembranças. Porque eu tinha ido até ali?
O vento meio frio arranhava minha pele carinhosamente e meus cabelos se embaraçavam. Porém, me petrifiquei.
-Hey pássaro.
Me virei devagar, com medo de que aquilo fosse coisa da minha cabeça e fosse me decepcionar mais uma vez.
E lá estava ele, com roupas verdes, as mãos nos bolsos, os cabelos meio bagunçados que ainda o deixava bonito, aqueles olhos verdes.
Instintivamente corri em sua direção, praticamente pulei nele o abraçando, parecia não ter mais forças então comecei a me agachar no chão trazendo ele comigo enquanto meus soluços não paravam de sair.
Não conseguia levantar a cabeça, medo de que aquilo não fosse real. Porém ele levantou meu queixo com seu polegar, apenas nos olhamos como se tivéssemos começado a ver o mundo colorido de novo e aquilo seria a primeira coisa que veríamos.
Mais alguns minutos se passavam e meus olhos ainda soltavam água e eu continuava agarrada em seu pescoço como se eu o soltasse ele poderia ir embora de novo.
Ele conseguiu me levantar. O olhei e dei um tapa em seu rosto.
-Isso foi por eu ter avisado que eu estava com uma sensação ruim e você não me escutou, não me disse nada... Só deixou acontecer.- ele me olhava um pouco assustado- E isso é porque eu te amo e morri sentindo sua falta.
E o beijei, desejava que isso acontecesse há tempos. Sentí-lo de novo, me sentir completa de novo, apenas... Ele.
Mas pqp como eu sentia falta daquele beijo, não lembrava que era tanto assim.
Depois de um tempinho, sentamos no canto do edifício.
-Como... Como você sobreviveu??
-Graças a você, a nossa... parceria. Uma parte da minha alma é juntada com a sua. Então, eu não estava completando morto. Essa... força me levou pra Neverland, fui me recuperando até ter forças pra voltar pra cá. Você me salvou.
-De tantas vezes que você me salvou ,estamos quites.
Novamente vi aquele sorriso, que irradiava minha alma, me deixava completamente viva de novo.
-As pessoas daquela cidade sabem?
-Não, e também não vão saber, mais ninguém vai- ele suspirou- por uma grande parte minha ter sido morta por um tempo, a sombra se desgrudou de mim.
Então isso significava...
-Você não tem mais poderes?
-Meus maiores poderes não conseguem se concluir, mas ainda tenho o básico, não sei como. E o maior era... não crescer.
-Quem diria? Peter Pan crescer. Nunca pensei realmente nisso.
Talvez eu tenha.
Ele se virou pra mim e ficou de pé na borda, pegando minha mão e me levantando também.
-Izzy Darling, você quer ser minha namorada sem pensar no temporiamente ou no até eu ir embora?
Eu comecei a gargalhar.
-Sim, eu aceito Peter Pan.
Ficamos lá por mais um tempinho.
-Preciso contar pros meninos.
-Você ainda não contou pra eles?
-Você foi a primeira.
Acabei corando um pouco.
-Senti saudades disso também.
Dei um soquinho em seu braço.
E fomos até a casa.
Nos transportamos até lá, porém quando chegamos, Peter me pressionou contra a parede rapidamente e colocou um dedo em frente a sua boca pedindo silêncio.
Tinha alguém na casa.
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My black hair and your black heart
Teen FictionA sombra me trouxe de volta e apenas sentia lágrimas descendo pelo meu rosto fortemente. Ele havia me deixado, depois de todas as promessas, ele mentiu pra mim... Depois de dias ou meses... não consegui contar, dei meu primeiro sorriso, mas dessa ve...