[Comece a leitura junto com a música disponível nesse capítulo ]
_ O Liam atirou na garotinha. - Gritava George com a arma apontada para cabeça do senhor Almir.
_ A minha filha não, ela é só uma menina, ela não tem culpa, poupe a vida dela eu lhe peço, eu suplico de joelhos Liam.
O galpão aonde estávamos estava lotado de homens, que meu papai chamava de "Homens de Preto" eu tentei me esconder na mansão aonde moravamos. Com os meus sapatinhos de bailarina que minha mãe havia comprado no final de semana passado, eu iria começar às aulas de ballet, estava muito ansiosa para dançar igual a minha mamãe.
Naquele momento a única coisa que me confortava era um terço rosa, que eu tinha ganhado da minha vó, ela sempre falou que em momentos de tristeza angústia o certo era me agarrar nesse terço pois independe aonde ela estivesse estaria me protegendo. Em minutos a única visão que tenho é minha amada mãe entrando no quarto desesperada. Ela sorri quando me observa no chão do quarto com a minha pedra da sorte em uma mão e na outra o terço da vovó Adélia.
_Filha que bom que está aqui, eu te procurei por toda casa, você e sua irmã é a única coisa boa que consegui aqui do lado do seu pai. Me desculpa por não ter tirado você desse inferno antes. Você me perdoa Mah ? Eu prometo que quando isso tudo acabar vamos embora, eu vou te dar a melhor vida que você pode imaginar!!
_Na casa da titia Mônica? - Falei sorrindo.
_Sim, pois lá tem um lindo jardim, ótimo para você e sua irmã brincar de pega pega.
Derrepente meu conto de fada é quebrado com a porta sendo arrombada, minha mãe começa a chorar, ela me abraça e me beija como se aquilo tudo fosse uma despedida em menos de seguntos eu vejo minha própria mãe se jogando na frente de uma bala para salvar minha vida.
_ O seu conto de fada não acaba aqui minha filha, eu te amo muito. - Falou suas últimas palavras. O corpo dela perde a força e acaba caindo sobre um tapete branco.
Meu olhos não conseguia processar apenas observar o sangue saindo do peito dela e se espalhando pelo chão, como se fosse um rio que acaba de participar de uma enchente. O meu coração batia em estado de choque absoluto. As minhas mãos tremiam e os calafrios invadia o meu corpo num súbito sentimento de culpa. Os meus tornozelos não aguentavam mais o peso do meu corpo e se desabaram no chão sentindo a dor golpeando os joelhos. Lágrimas não saiam dos meus olhos, pois a raiva impediam elas. Os gritos e tiros foram ficando abafados de uma hora para outra e então, já não conseguia ouvir mais nada, além de ruidos de desespero.
Com o rosto e as mãos manchadas pelo sangue da minha própria mãe eu direciono meu olhar para o atirador, ele estava com um capuz preto que me fazia sentir mais raiva e ódio dele por ele não ter coragem nem de mostrar seu próprio rosto. Só conseguia olhar para aqueles olhos azuis que tinha acabado de me matar por dentro.
_ Você matou a minha mulher Liam, você matou a minha mulher, você matou a minha mulher, a minha mulher. - Gritava meu pai desesperado correndo para se jogar no colo de sua amada.
_ Eu não acredito que você deixou a minha mamãe ir embora, eu não acredito. - Falou Ary entrando no quarto aonde estávamos.
_Martina leve sua irmã para outro lugar, ela é muito nova para ver sua própria mãe morta por sua culpa. Sua aberração, você que era para estar esticada neste chão e não a sua mãe, não a minha mulher. - Falou ele se desestabilizado e se perdendo nas lágrimas.
Eu simplesmente abracei a minha mãe, pois sabia que ela ainda estava ali, eu com doze anos de idade sabia que aquele era o último abraço que daria nela, eu sabia que era a última vez que poderia encostar em sua pele macia, eu sabia que naquele momento a minha felicidade tinha ido embora junto com ela. Eu queria ficar os últimos momentos da vida dela abraçada com aquele corpo que me trazia tanta felicidade pois sabia que minha vida não seria nada fácil, ela era a única pessoa que me entendia, que me acalmava e me mostrava o mundo de uma forma mais doce, uma forma mais colorida. Eu Martina Fuller vi meu mundo se escurecer em segundos, eu Martina Fuller vi a morte passar por mim e levar o meu único motivo para querer viver nesse mundo horrível e injusto.
_ Eu não vou poupar vidas se você ficar me poupando territórios, eu sou Liam Castilho e ver cenas como essa só me fazem agradecer por não ter ninguém por mim, assim eu poupo esse sentimentalismo de merda! Até mais senhor Fuller, passe bem - Falou o homem de preto saindo como se nada tivesse acontecido. Como se a morte da minha mãe não valesse de nada, como se estragar uma família não fosse o suficiente para ele. Eu só conseguia ver ódio em seus olhos e nada mais.
Meu pai só se importava com a minha irmã mais nova, ele correu para tampar seus olhos e poupa-lá de tanto sofrimento. Poupar ela de sentir tudo aquilo que eu estava sentindo dentro do meu peito.
_Qual é seu nome garotinha ? Quem é essa mulher no chão? - Falou os paramédicos.
_ É a mamãe - Falei com os olhos cheios de medo.
Sem entender o que os paramédicos estavam fazendo me sentei ao lado da cama aonde ainda conseguia imaginar o sorriso da minha mãe entrando por aquela porta, ainda conseguia ter um dejavu dela sorrindo ao ver que eu estava segura. Era injusto o que eu estava passando, era injusto ter que ver minha própria mãe ser colocada dentro de um saco de alumínio como se não fosse nada, como se fosse um objeto. Eles levaram o corpo mas no meu peito ela ainda estava lá. A marca de seu corpo no tapete me fazia querer morrer só para reencontrar aquele sorriso puro que ela tinha.
Olá galerinha, gostaram do primeiro capítulo do livro mais esperado por mim mesmo ? Eu realmente espero que esse primeiro capítulo tenha causado curioside em vocês.
• O que será que vai acontecer nos próximos capítulos?
- Liam vai fazer um acordo com Almir ?
- Será que agora Almir vai cumprir com a sua palavra?
- O destino dessa pobre garotinha está destinado ?• Não esqueçam de dar uma estrelinha e fazer seu comentário !!!!!
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.Bjs até o próximo capítulo ❤
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50 TONS DE HUMILHAÇÃO
RomanceMartina Fuller esse é nome da menina que herdou o próprio caos. Seu nome significa deusa da guerra, que faz um eufemismo em relação a sua vida. " O que adianta nascer no meio do luxo mas sem amor ? " _ Qual é seu nome garotinha ? Quem é essa mulher...