• Capítulo 18

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Eu raramente usava short, mas como algumas partes do meu corpo ainda estava doendo o melhor era usar algo bem soltinho, assim não encostava muito na pele. O conjuntinho do pijama era uma pano de cetim que era extrmenate confortável. Porém usava apenas para dormir, nunca para fazer qualquer outra atividade.

_ Se saiu bem Samy, os caras gostaram de você. - Falou entrando no quarto e me vendo no chão pintando alguns quadros.

_ Que bom. - Falei sem pensar. _ Quer dizer, na verdade desculpa senhor. - Falei olhando para o chão.

Ele chegou mais próximo do meu corpo e senti que ele estava tão próximo que conseguia sentir seu cheiro. Ele levantou minha cabeça para poder olhar em seus olhos.

Eu não estava entendo muito bem o que desejava com todo aquele situação. Só conseguia perceber o quanto ele me encarava. Até tocar pela primeira vez as mãos nos meus cabelos. Eu sem pensar duas vez me afastei de seu toque. Ele nunca iria tocar no meu corpo.

_ O que você quer comigo. - Falei o mais longe possível.

_ Eu quero o seu corpo menina. - Falou de uma forma diferente do habitual.

_ Você nunca terá o meu corpo. O meu corpo nunca será entregue ao seu 100% você pode até me obrigar mas  nunca terá 100% - Falei rapidamente.

Ele não falou nada apenas me pegou pelos braços e me jogou na cama. Meu coração começou acelerar quando ele tirou sua camisa e começou a beijar o meu pescoço. Seu abdome definido estava visível, ele estava disposto a me ter naquela noite. Eu senti nojo de mim, por estar aceitando as carícias daquele homem.

_ Para por favor. - Falei tentando me levantar.

_ Eu sei que você também quer !!!Ninguém resiste a mim.

_ Para por favor Liam. - Falei mais alto.

Eu tentava me soltar de seus braços mas a forçar dele era maior. Ele não ligava para as súplicas que fazia. Derrepente ele parou tudo e saiu do meu quarto.

Fiquei algum tempo deitada tentando entender a cabeça de Liam. Estava aliviada por não ter prosseguido com seus desejos carnais. Eu volto a me procupar qual técnica de pintura iria utilizar em meus desenhos.

_ Menina o Sr.Liam pediu para avisar que ambos iram viajar para fazenda da família Castilho.

_ Qual a necessidade da minha presença? -Pergunto sabendo que não haveria respostas por parte da empregada.

_ Eu não deveria responder, o Liam saiu em alguns jornais importantes como um dos homens mais poderosos do mundo e solitário. Liam irá estar ao seu lado por conveniência.

_Eu então serei sua mulher ? - Perguntei confusa sem entender muito bem a situação.

_ Sim querida, exatamente isso.

_ É o que me faltava mesmo. Eu nem estou surpreendida por mais uma maluquisse.

_ Não precisa arrumar as suas coisas. O Liam pediu para Moana vir te auxiliar com toda a arrumação. - Falou deitando um copo de leite e saindo.

Guardo os pincéis em uma antiga caixa de guardar bugigangas e deixo alguns desenhos secarem, quando escuto batidas delicadas na porta.

_Entre Moana. - Falei sutil e baixinho.

_Como sabia que era eu ? - Entrou com um grande sorriso no rosto.

Moana era a típica mulher baixinha, cabelos longos e uma bunda enorme. Seu sorriso era acolhedor, mostrava sinceridade em seu olhar e falava pelos cotovelos.

_ Que bom que vai sair com o Liam. Ele precisa de alguém como você. Eu espero que vocês consiga fazer dar certo essa nova relação que estão criando. Eu sei que meu amigo é casca dura, sei que a paciência é um dom que sem dúvidas você domina. Mas quando você conhcer ele de verdade nunca vai querer se afastar de pessoas como ele.

_ Desculpa te interromper, de quem você  está falando ?-  Falei totalmente perturbada com tais adjetivos.

_Estou falando do seu Liam, não se faz a modéstia. Liam nunca leva uma "amiga" para conhcer sua família. Espero que goste da familia Castilho. São bem intensos.

_ Como conhce também o Liam ? Como conseguiu ter uma versão tão boa dele ? - Falei observando a mesma  entrar com algumas sacolas de roupas.

_ Essas roupas foi que Liam pediu para comprar, na casa só poderá usar peças escolhidas por mim. Eles se importam muito com a aparência.

_ Tudo bem. - Falei suspirando forte como se nada pudesse me animar.

_ Eu e Liam somos praticamente irmãos. Nos conhecemos na faculdade, ele era apenas um menino. - Falou sorrindo com um olhar pensativo. _ Eu e ele sobrevivemos.

_ Eu irei deixar você fazer a minha mala em paz. - Falei deitando na cama e colocando os fones de ouvido.

Gostei da companhia da Moana, mesmo sendo faladeira e um pouco carente, eu não costumo conversar muito alcontrario dela que tinha milhares de assuntos.

_ Olá Samy. - Liam entrou no quarto com um tom de cansaço.

Não repondo sua saudação, apenas baixo a cabeça e espero pelos próximos comandos. No começo achava uma burrice todas as regras, mas após uma reflexão eu comecei a tomar gosto pela coisa. Liam tinha criado boas regras pois cada vez ficava mais distante de qualquer contato que o mesmo tentasse. Basicamente as regras era ignorar tudo e todos.

_ Você tem permição para falar. - Falou virando os olhos.

_ Olá senhor.

_ A Moana veio aqui te ajudar a fazer as malas ?

_ Não senhor!!! Ela não me ajudou a fazer as malas, ela fez as minhas malas.

_Engraçada você. - Falou soltando um pequeno sorriso sem mostrar os dentes. _ Vamos viajar hoje a noite. Aqui está coisas básicas que você deve saber.  - Falou entregando uma folha de papel.

Nos conhecemos dia 22 justamente na data do seu aniversário, o dia estava chuvoso e você triste por conta do seu má relacionamento com os seus pais. Em meio a uma estrada deserta tentando fugir de tudo e de todos você me encontra. Estava recheado de preocupações e uma enorme angústia no peito. Sua loucura se completou com a minha e partir do momento que nos conhecemos nunca mais conseguimos ser individuais, aprendemos a viver em conjunto como carne e unha. Após um espaço de tempo você decidiu deixar sua triste vida é vir morar comigo para que assim então pudéssemos formar a nossa família, rodiado de amor e carinho.

Fiquei indignada com a capacidade que Liam tinha de me surpreender. Eu não sabia se dava risada da suposta carta que só servia para esquentar as bochechas de meu rosto de tanta vergonha, descrita por um único homem ou tristeza por saber que sua família irá se iludir com um falso amor.

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