Problemas em Londres e em Tokyo

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"Meu muito obrigado á aqueles que chegaram até aqui, e suportaram as loucuras de meus personagens, espero ter divertido vocês. Que essa última estapa dessa história, possa ser inesquecível".

Lembretes:

" " = pensamento do personagem.
( ) = citação ou descrição do personagem.
- = fala ou diálogo.

Obs: falas em ítalico serão retratadas por meio de comunicação via aparelhos, entre os personagens ( ligação ou Mensagem ).
Outro ponto é a CAIXA ALTA. Que servirá para expressar a ira ou irritação do personagem ( grito ).

*Boa leitura*

*Boa leitura*

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Madalena

Perdida nas louças que preciso lavar e preocupada com minha filha irresponsável, Katharina, que nunca me dá notícias. Acabo me destraindo e deixo cair um copo de cristal na pia, o fazendo quebrar e cortando minha mão.
"Por sorte, não foi profundo".
Lavo minha mão na água corrente e passo borra de café para interromper o sangramento.
Neste mesmo instante, a porta bate.
-Afff.. era só o que me faltava, logo agora..
A porta bate outra vez. E eu me viro nos 30 para procurar a chave.
-JÁ VAIII! ( berro )
-Oh inferno.. ( resmungo )
Acho a chave e corro para a porta.
Olho para meu avental sujo de sangue e café.
-Eu tô uma lástima hoje ( eu e minhas manias de falar sozinha )
Ao abrir a porta dou de cara com a última pessoa que eu desejava ver no mundo.
Aquele que fez minha filha sofrer por anos e que ela ainda tem coragem de amar.
-O que te traz aqui, filho?
-Eu acho que preciso de um conforto de mãe.
Aquelas palavras não condizem com ele.
Pisco três vezes.
-Claro. Claro.
Vou até ele sem pensar muito e lhe dou o abraço forte.
Ele me aperta com força e deposita sua cabeça em meu ombro. Coberto de lágrimas.
Tiro seu rosto de meu ombro, para olha-lo bem. Ele está com olheiras profundas e visivelmente cansado.
-Entra. ( dou passagem )
Sentado próximo a mesa o entrego uma caneca amarela com café, feito na hora.
Ele parece estar em transe e isso me assusta.
-Vai esfriar.. ( alerto sobre o café )
Ele passa o dedo em torno da caneca e me olha derrotado.
-Eu.. ( ele começa )
Na hora em que ele abre a boca, eu me aproximo para ouvir mais de perto.
-Eu não sei como te explicar isso mais.. ( sua voz é trémula )
-Fala filho! É com a kate? ( fico aflita )
-É. ( o loiro diz com desânimo total )
Coloco a mão no peito.
-Com nós dois.
-Vocês brigaram pela milésima vez, é isso?
-Quem dera que fosse. Eu descobri um podre, uma coisa que.. me arrebentou por dentro.
Meus olhos saltam de curiosidade.
-A Irina é minha irmã..
Seus olhos se enchem de lágrimas.
-Impossível. Não tem como isso ser verdade filho.
-Seu filho que me contou depois de eu quebrar a cara dele.
Sua mão aperta a caneca como se quisesse estoura-la
-Ele te procurou?
-Eu que fui atrás dele, porque eu li o diário secreto dela, e lá.. tinha isso escrito.
-Como pode acreditar em escritas da Irina? A Katharina falava com amigos imaginários e escrevia sobre unicórnios. Fanficava histórias de bandas emo. E assistia desenhos em japonês. Como pode crer que isso seja verdade?
-Sei lá.. fiz o que achei certo, só isso.
-Meu deus... ( exclamo sem acreditar no que ouço )
Olho para os cantos da casa e solto um suspiro.
-Porque vocês são tão problemáticos? ( pergunto )
- Parecem dois adolescentes.. já são casados a 16 anos e se conhecem a 19.
Ele respira impaciente.
-Vai tomar um banho. Vou dar roupas do meu marido pra você. Anda, levanta! ( me levanto )
-Não é necessário. ( ele dá uma de modesto )
-Anda logo, antes que eu perca a paciência! ( o repreendo )
Ele se levanta, e empurra a cadeira para seu devido lugar.
-Depois você continua.
Subo as escadas com ele.
Dou um blusa de manga longa branca e uma calça moletom cinza.
Ele encara as roupas por uns 5 minutos.
-Por acaso você dorme de social?
-Não senhora.
-Então pronto.
Ele ergue as sombracelhas e eu desço.

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