1. I always leave the best for the end.

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O sol havia degenerado muitos lugares da Terra havia muito tempo e os campos ao redor das cidades - agora, fantasmas - não tinham sido exceção. Agora, depois de tanto tempo, os campos de gramado seco de altura mediana voltava a ter um pouco de movimentação.

Próximo ao que parecia ser destroços de um grande celeiro de animais, passava um carro à toda velocidade que ia em direção ao campo aberto, onde se encontrava trilhos de um trem muito sofisticado em comparação com o resto do mundo. Dentro desse carro, tinha duas pessoas que nós conhecemos há um bom tempo.

Nancy e Thomas, aquela duplinha que ficava a cada dia mais imbatível.

- Brenda, estamos atrasados! - Thomas gritou para o walkie talkie enquanto Nancy vencia a distância do campo com muita facilidade. - Tente distraí-los! A Nancy dirige como uma tartaruga.

- É sério? - ela riu, lançando um olhar rápido para o sorriso convencido dele enquanto o seu cabelo ruivo voava (Nancy não gostava de prender o cabelo, prendia no máximo as franjas e formava um penteado estiloso que deixava Thomas doido).

Nancy não hesitou em trocar de marcha e pisou no acelerador, mostrando que não dirigia como uma tartaruga. Thomas teve até que se segurar no banco para não cair do carro, já que nenhum dos lados tinha portas. Nancy riu junto com ele depois daquilo, mas voltaram a ficar sérios por causa do plano.

O próximo passo era colocar o carro nos trilhos, logo atrás do trem. Nancy subiu a pequena rampa na lateral e o carro deu um pequeno salto, derrapando um pouco para o outro lado e deixando apenas a roda traseira direita fora do lugar. Ela virou um pouco o volante e a roda custou a se encaixar, mas depois de duas tentativas, conseguiu. Thomas olhou para Nancy e ela comentou, mordendo os lábios:

- Foi mais fácil do que eu pensei. - Nancy acelerou, um pouco mais devagar dessa vez, para aproximar-se do último vagão.

- Você é maluquinha, sabia? - Thomas riu, segurando na beirada da abertura onde deveria ter uma porta.

- Eu sei.

Nancy fez um beicinho e acelerou um pouco mais, deixando Thomas um pouco abobado, mas o que ele mais precisava no próximo passo era foco.

Thomas soltou os cintos e subiu no capô, pegando um grande gancho enquanto se segurava em uma corda presa ao carro. Nancy continuava a acelerar, mas ia bem mais devagar para não bater no vagão.

- Aproxima mais! - Thomas gritou, apoiando um joelho no capô e um pé no grande para-choque frontal.

Nancy obedeceu, mas tentava ser cuidadosa. O som dos cascalhos batendo nos trilhos e na lataria do carro enferrujado a deixava com medo, mas faria qualquer loucura para resgatar o seu velho amigo Minho das mãos do CRUEL.

Ela conseguiu aproximar o suficiente para Thomas encaixar o gancho na traseira do vagão com um pouco de esforço. Depois disso, Thomas pulou em uma das escadas de ferro do grande contêiner de metal e gritou, fazendo um gesto para a ruiva:

- Vem, Nancy!

Nancy obedeceu no mesmo segundo, mas antes pegou o seu rifle e colocou nas costas. Seguiu os mesmos passos que Thomas, mas um pouco receosa por não ter ninguém no volante dessa vez. No momento em que a ruiva subiu no capô, o pneu dianteiro da direita estourou e deixou a dianteira meio tombada. Isso fez com que Nancy se desequilibrasse e caísse de bruços no capô, ficando cara a cara com a calota coberta de faíscas por causa dos trilhos.

- NANCY! - Thomas berrou no mais puro desespero.

Ela não hesitou um segundo. Ao perceber que o cabo de aço já estava se alongando e o carro ia se distanciando, levantou-se no mesmo segundo e saltou na direção da outra outra escada com toda a força que as suas pernas lhe permitiam. O cabo se esticou e a traseira do veículo se levantou, dando um giro de 360º graus que teria esmagado Nancy se ela tivesse hesitado um pouco. O mesmo saiu dos trilhos, deslizando com o teto no chão.

The Cure For Our Scars《 MR: The Death Cure Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora