2. It was just perfect.

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O vagão roubado pousou no chão e os ganchos foram soltos. O Berg também pousou, mas ficou escondido debaixo de algumas lonas para que o CRUEL não os localizasse com tanta facilidade. Nancy foi a primeira a descer do vagão e já tinha ido buscar um maçarico especial para abrir a porta e encontrar os amigos, Thomas e Newt até acharam um pouco de graça na empolgação dela.

Mas eles não esperavam que as coisas poderiam dar errado no último minuto.

Depois que conseguiram abrir a porta, Nancy empurrou a porta e entrou tropeçando, o que assustou um pouco as pessoas lá dentro. Thomas até agarrou o braço dela, pensando que cairia de cara no chão. Deu um tapinha no ombro dela para acalmá-la e tomou a frente do grupo, encarando cada um dos jovens no vagão. Nancy o seguiu, depois Newt e Harriet fizeram o mesmo. Eles encontraram Aris e Sonya, mas continuaram a procurar por Minho.

- Olha só, estão a salvo. - Newt falou, encarando os adolescentes assustados. - Fiquem calmos.

Thomas e Nancy foram andando até o fim do corredor, mas nenhum rosto era o de Minho. Newt percebeu e olhou de novo para frente, mas não viu ninguém conhecido que não fosse daqueles que não tinham sido levados.

Nancy parecia ser a mais inconformada. Passou na frente de Thomas e olhou nas últimas fileiras mais uma vez, depois olhou para frente enquanto posicionava-se ao lado dele.

- Ele não tá aqui. - Nancy afirmou, encarando Newt e Thomas.

Ela agarrou o pulso esquerdo, girando a mão como se doesse. Thomas percebeu que aquilo tinha virado um tique nervoso nos últimos seis meses. Toda vez que ela ficava ansiosa, Nancy apertava o pulso que havia sido mordido há muito tempo, como se tivesse certeza que não tinha mais tempo por causa da sentença que recebera em um shopping abandonado.

Thomas olhou mais uma vez ao redor, querendo muito encontrar Minho para dizer a Nancy que ela tinha se confundido e que ele estava bem ali, mas não o encontrou. Ele voltou a olhar para Nancy e era como se ela tivesse perdido a cor de repente, mas seus olhos marejados explicavam a cor perdida.

- Nancy... - ele chamou, puxando-a para um abraço.

Ela retribuiu, mas não disse nada. Thomas sabia muito bem o valor de Minho para Nancy, tanto que tinha até um pouco de ciúmes de vez em quando, mas sentia falta do amigo também e odiava saber que isso doía mais na ruiva do que nele mesmo.

O grupo saiu do vagão e acabou se dispersando. Nancy foi ajudar Jorge com uma caminhonete baleada, Caçarola foi preparar o almoço, Newt foi procurar Fred e Thomas quis ouvir um pedaço do discurso de Vince para os novatos, pensando em uma maneira de convencê-lo de ir atrás de Minho mais uma vez mais tarde.

- Bom dia, gente! Agora escutem. - Vince cumprimentou de um píer de concreto enquanto mais adolescentes se aproximavam, Thomas observava de longe. - Eu sei que todos passaram pelo inferno. Eu queria dizer que os problemas acabaram, mas ainda não chegamos ao fim. O CRUEL ainda está por aí. Eles não vão desistir porque vocês tem uma coisa que eles querem. Pegaram vocês porque são imunes a uma praga que está devastando toda a humanidade. Eles acham que vale a pena sacrificar vocês por causa de uma cura. Eu discordo.

Vince falou com tanta convicção que animou os adolescentes. Os mesmos aplaudiram e fizeram alguns comentários, mas logo ficaram em silêncio. Thomas gostava dele, ainda mais por ele cuidar de Nancy e seus irmãos como verdadeiros filhos, muito diferentemente de Janson.

- Daqui a dois dias - Vince continuou, apontando para um grande navio atrás dele. - Quando fizermos aquela banheira flutuar, nós vamos dar o fora daqui. Vamos para um lugar onde o CRUEL nunca vai nos achar. Um lugar onde possam recomeçar. Um lugar para chamar de lar.

The Cure For Our Scars《 MR: The Death Cure Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora