6. Nothing of this is right.

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Enquanto Nancy e os outros continuavam a seguir o caminho para a Última Cidade, Teresa estava na sede principal, pois tinha uma reunião com Ava Paige e os patrocinadores do CRUEL em poucos minutos. Não tinha um dia da sua vida que ela não acordasse pensando em Nancy e os amigos, como eles estavam, se ainda a odiavam...

Teresa nunca se esqueceu de Nancy dissera que a perdoava, mas duvidava de que ela continuasse a pensar assim. Nem esperava isso dos outros, que a olharam como se tivesse traído todos eles. E de fato, Teresa tinha feito isso. Às vezes, ela se arrependia e se pegava pensando em como seria a sua vida se não tivesse cometido aquele erro na tentativa de um acerto, mas o lado que dizia que aquilo tinha sido o certo a se fazer sempre falava mais alto, por mais que aquilo lhe incomodasse.

Ela esperava que o CRUEL pudesse melhorar o mundo terminando com o sofrimento das vítimas do Fulgor. Não necessariamente os infectados, mas aqueles que tinham perdido alguém muito especial para a doença, como ela, como Nancy e milhões de outras pessoas pelo mundo. Quando tudo aquilo terminasse, talvez Nancy e os outros finalmente pudessem compreender a atitude de Teresa.

Ao ver Ava Paige conversar com um homem e uma mulher no meio do corredor movimentado do prédio, Teresa foi despertada de seus devaneios. Ela esperava não ter se atrasado, pois ficou tempo demais no banho pensando naquela madrugada agitada.

Ava Paige sorriu ao vê-la e pediu licença aos empresários dos quais conversava anteriormente. Ao olhar a garota da cabeça aos pés, sorriu mais largamente. Teresa pensou que ela tivesse gostado das roupas que havia escolhido para a reunião, apesar de não ter sido muito difícil fazer aquilo. Tudo o que Teresa tinha em seu guarda roupa eram jalecos, vestidos formais e terninhos femininos, era só escolher a melhor combinação. O penteado? Um coque bem feito resolvia qualquer problema, apesar de Teresa adorar fazer tranças.

Teresa e Ava Paige começaram a andar lado a lado pelo longo corredor.

- Está pronta? - a doutora perguntou, recebendo um suspiro nervoso como resposta. - Vai correr tudo bem.

Chegando na sala de Ava Paige, Teresa viu quatro pessoas sentadas em poltronas de frente para os degraus que levavam à enorme mesa da doutora. Seus convidados eram um senhor negro, uma senhora loira - de cabelos mais curtos que a Dra. Paige -, uma jovem mulher morena e um homem de cabelos grisalhos.

Ava Paige dirigiu-se para ficar de frente para eles, enquanto Teresa se postou um pouco atrás da senhora loira, próxima à porta. Pelo o que ela entendia, os patrocinadores gostariam de fazer uma proposta para a Dra. Paige. Ela com certeza imaginava o que seria proposto e por isso, pediu que Teresa comparecesse, para ajudá-la a convencê-los de que a proposta não era uma boa ideia.

O senhor mais velho foi o que tomou a palavra primeiro.

- As pessoas começam a perder a fé, Doutora. - ele disse, ajeitando os óculos. - Quando trancou os muros, a senhora nos garantiu que era só uma precaução temporária. Por que negou a entrada a todos agora?

- Porque a situação está mudando. E não é para melhor. - ela respondeu enquanto descia os degraus da sua sala. - As taxas de infecção subiram trezentos por cento. Felizmente, podemos estar no limiar de uma descoberta.

Ela se posicionou um pouco mais à esquerda dos patrocinadores, enquanto um grande holograma do que parecia ser uma quadro de análises aparecia acima da doutora. No meio do quadro, havia uma foto de alguém familiar a Teresa. Minho.

- Essa é a cobaia A7. - Ava Paige explicou enquanto Teresa baixava os olhos. Nancy a perdoaria por aquilo? - Passou mais de três anos no Labirinto. Os anticorpos produzidos são os mais fortes que já vimos desde que recolhemos os últimos dados da cobaia A4.

The Cure For Our Scars《 MR: The Death Cure Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora