40. It must have a cure for our scars too.

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Thomas tropeçou na areia e cambaleou, mas não caiu. Como Nancy estava distraída com os próprios pensamentos, acabou esbarrando e caindo nele. Thomas gemeu um pouco de dor por ter caído de costas com a garota em cima dele, ainda rindo um pouco por causa da situação que parecia ser um padrão: Nancy sempre tropeçava em Thomas. De repente, o rapaz foi surpreendido por um selinho nos lábios, vendo um sorriso brilhante no rosto da ruiva.

- Peguei você! - Nancy riu, parecendo uma criancinha.

- Você disse que ia me afogar no mar. - Thomas respondeu, segurando a cintura dela. - Se eu soubesse que ganharia um beijo, não teria fugido!

Nancy deu uma gargalhada enquanto ele a colocava sentada, rindo também. Depois disso, Thomas deu um beijo demorado na bochecha de Nancy, fazendo-a rir ainda mais enquanto a abraçava.

- Olha só o pôr do sol. - Nancy comentou, deitando a cabeça no ombro de Thomas. - Acho que está mais bonito do que qualquer outro dia.

- Não mais que você. - ele sorriu, beijando o topo da cabeça dela.

A ruiva se aninhou ainda mais perto de Thomas como resposta, apreciando o pôr do sol por um bom tempo enquanto pensava no que havia sentido enquanto corria atrás do namorado. Nancy estava completamente feliz pela primeira vez depois do que houve na Última Cidade. E ela ainda estava feliz, abraçada pelo garoto que amava e que fazia questão de demonstrar que era bem recíproco.

- O que está havendo nessa linda mente? - Thomas indagou baixinho, usando um trechinho da música que havia cantado para Nancy uma semana atrás, quando eles finalmente contaram o que sentiam um pelo o outro.

- Nada, só tô pensando. - ela sorriu, relembrando a música.

- Sobre o quê? - ele deitou a cabeça no colo dela, recebendo um cafuné igual ao que Nancy fez na Clareira uma vez.

Nancy pensou se realmente deveria contar a Thomas, mas era o Thomas! Sem hesitar demais, suspirou antes de falar:

- Espero que você guarde segredo disso, mas eu não duvido que você vá fazer isso. - ele sorriu, feliz pela confiança da garota depositara nele. - Newt deixou uma carta para mim dentro do livro e disse muitas coisas lindas lá, depois eu posso te mostrar se...

- Não, não precisa. - Thomas respondeu depressa, segurando a mão esquerda dela sobre o peito. - Newt também escreveu uma para mim e não tem problema se você quiser saber o que tem nela, mas acho que a sua carta é... Mais especial, sabe? Bom, você é a irmã dele. Eu acho que não tenho esse direito.

Nancy deu um largo sorriso, mas não demorou para responder.

- Obrigada - ela murmurou, apertando a mão dele. - Mas a sua carta não é menos especial que a minha. E eu também acho que não tenho esse direito.

Thomas sorriu largamente, encarando Nancy com brilho nos olhos.

- Então, no final da carta, ele basicamente me disse que esperava que daqui alguns anos, eu olhasse para trás e não quisesse mudar nada do que tivéssemos vivido até o momento. - Thomas assentiu, permitindo que Nancy continuasse. - E também disse que eu merecia ser feliz.

- Mas você merece, Cenourinha. - ele respondeu, apertando a mão da garota mais um pouco. - Você tem alguma dúvida sobre isso?

- Não, não é isso. - Nancy respondeu depressa, balançando a mão do rapaz. - É que... Eu não sabia se isso ainda era possível, entende? Ainda mais depois de tudo o que a gente passou, eu... Eu achei que nunca mais ia ser feliz de verdade.

Thomas fez uma carinha triste antes mesmo que Nancy terminasse, beijando a mão dela e acariciando-a logo depois como uma tentativa de consolo. Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas a ruiva o interrompeu.

The Cure For Our Scars《 MR: The Death Cure Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora