Brenda estava em uma perseguição frenética, arrebentando toda e qualquer viatura que perseguia o ônibus que dirigia, fazendo com que as crianças gritassem muito mais do que antes.
- VOCÊ DIRIGE MUITO MAL! - Fred gritou, tentando se segurar no banco enquanto Brenda passava por cima da calçada ao virar uma esquina.
- EU SEI! - ela gritou de volta, freando bruscamente ao se deparar com uma enorme barricada de viaturas e guardas.
Brenda olhou para trás, vendo que os guardas que estavam a perseguindo bloqueavam a saída.
- Saia do veículo! - um Camisa Vermelha exclamou com a voz amplificada por grandes megafones nos carros, carregando o Lança-Granadas que segurava.
Brenda saiu com uma arma do seu acento, deixando Fred meio alarmado.
- O que você vai fazer? - Fred sussurrou, segurando-se na barra de ferro.
- Improvisar. - ela sorriu, dando uma piscadela e descendo os degraus, mas logo voltou. - Não se movam. Estão se saindo bem.
Ao pular no asfalto, Brenda olhou para a barricada feita na frente do ônibus como se desafiasse cada guarda ali.
- Agora, afaste-se do veículo! - Brenda continuou parada, olhando para frente e para trás.. - Eu mandei se afastar! Ponha as mãos no alto!
Brenda fez o que o Camisa Vermelha mandou, percebendo que mais viaturas surgiam na esquina à direita.
- Largue a arma! - ele ordenou, mas Brenda não obedeceu, fez o contrário ao erguê-la para o alto bem lentamente.
O que ela segurava não era uma arma, era um sinalizador.
Ao apertar o gatilho, uma grande fagulha vermelha subiu, explodindo bem no alto e amplificando a luz vermelha. Aquilo era só um sinal para Caçarola descer o gancho do guindaste, para que eles finalmente pudessem escapar da cidade. O gancho desceu sem demora e Brenda não hesitou em prendê-lo ao para-choque do ônibus. Obviamente, os guardas ficaram alarmados.
- RÁPIDO! SEGUREM-SE EM ALGUMA COISA! - ela berrou, logo voltando a se sentar no banco do motorista.
Em alguns segundos, o ônibus estava pendurado no ar e até acertou alguns guardas que se aproximaram demais. As crianças gritavam sem parar, especialmente quando o ônibus bateu na lateral de um prédio. Os sons metálicos eram muito assustadores e as luzes piscavam, mas as crianças mais atentas percebiam que a visão iluminada embaixo do ônibus começava a mudar.
Caçarola estava colocando o ônibus para fora dos muros.
Quando o ônibus parou de balançar, já fora dos muros, os gritos cessaram. O silêncio deu espaço para que estrondos metálicos tomassem conta do ar, o que fez com que os gritos voltassem. Ao sentir a chacoalhada que o ônibus deu, Brenda soube que o para-choque do veículo não aguentaria muito tempo.
- BRENDA, O QUE É ISSO? - Fred perguntou, completamente apavorado com os barulhos.
- SEGUREM-SE EM ALGUMA COISA! - ela repetiu, com medo de dar a resposta para Fred.
Caçarola também percebeu o que estava havendo, então acabou soltando todo o cabo para que eles descessem bem rápido. Os gritos aumentaram quando o ônibus começou a cair, mas o cabo logo se esticou e o para-choque se quebrou. Por sorte, eles estavam próximos do chão e o impacto do veículo com o solo foi bem menor, mas ainda assim, muito assustador.
O ônibus permaneceu em pé por alguns segundos, enquanto o silêncio dominava o ar. Brenda voltou a agarrar o volante quando ouviu um guincho metálico e sentiu uma leve inclinada para frente, o que significava que o ônibus cairia em sua posição comum. Todos voltaram a gritar, inclusive Brenda. O para-choque foi completamente destruído com o impacto e o placar onde antes dizia "Zona Vermelha" mudou para "Fora de Serviço" depois de alguns segundos em silêncio e no escuro.
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The Cure For Our Scars《 MR: The Death Cure Fanfic 》
Fanfic[3/4] ▪ [CONCLUÍDA] Seis meses se passaram desde que Teresa traiu os amigos pelo o que achava certo, desde que Minho, Aris e Sonya foram levados pelo CRUEL e que Nancy perdeu seus dois melhores amigos de maneiras diferentes. O Braço Direito, agora c...