21. You can save all of us.

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Thomas conhecia Nancy há tempo suficiente para ter certeza de que ela não mudava de ideia facilmente. E que se ele a chamasse de longe, Nancy correria bem mais rápido. Então, Thomas se aproximou dela e tomou a pistola da ruiva, fazendo com que ela se virasse e brigasse com ele.

- Tom, me devolve isso! - ela gritou com a voz embargada enquanto Thomas destravava a arma e colocava no cinto.

- Eu não vou te deixar fazer isso, o que quer que esteja pensando em fazer! - ele respondeu, tentando evitar que ela pegasse a pistola.

- Eu falei para me devolver, Tom! - Nancy continuava a tentar pegar a pistola, ignorando o que Thomas repetia.

Uma bala ricocheteou em uma placa de ferro bem próximo dos dois e Nancy não pareceu se importar, mas Thomas, sim. Ele a pegou pela cintura e literalmente a carregou para a entrada de um restaurante abandonado, pois sabia que ela não iria segui-lo facilmente até ali para conversar. Quando Thomas a colocou no chão, Nancy continuava a se debater e a chorar, exigindo que ele devolvesse a pistola para ela.

- Eu não vou! Me escuta, Cenourinha! - ele exclamou, agarrando os dois braços dela e deixando-a de costas para a parede.

Nancy deu um soluço e olhou para Thomas, que também chorava. Os dois ficaram alguns segundos se encarando, até que ele segurou as duas mãos dela com força e a encarou no fundo dos olhos.

- Vamos para casa, por favor. - ele sussurrou, deixando Nancy cada vez mais triste. - É só isso que eu lhe peço. Eu não aguento mais ficar aqui. Por favor, vamos para casa, Cenourinha.

- Eu não posso. Não agora. - ela também apertou as mãos dele, deixando Thomas assustado com o que ela quis dizer.

- Como assim? O que você quer dizer?

- Tom, eles não vão parar nunca. Eu preciso acabar com tudo isso. - Nancy respondeu antes mesmo que ele terminasse. - Eu não aguento mais sofrer desse jeito, muito menos ver vocês sofrerem. É tudo culpa do CRUEL. Foram eles que fizeram tudo isso com a gente. Eu preciso ir...

- Não, Cenourinha. Eu não posso deixar. - Thomas interrompeu, chorando um pouco mais que Nancy. - Eu não posso, Cenourinha. Eles... E-Eles podem te machucar, eu não quero isso.

- Tom, eu vou ficar bem. - ela tentou tranquilizá-lo com um sorriso, mas aquilo só a fez chorar mais. - Vocês não precisam me esperar...

- Não! Cenourinha, não! - Thomas exclamou, assustando Nancy sem querer. - V-Você não entende. Eu não posso... E-Eu não posso deixar porque...

Thomas não conseguia dizer. Por mais que se esforçasse, as palavras não saíam de jeito nenhum da garganta dele. Ele soluçava tanto que não sabia se conseguia respirar, até que Thomas decidiu tentar dizer o que ele tanto queria de outro jeito.

- Tom... - Nancy sussurrou, vendo como Thomas estava triste e abalado.

Antes que ela pudesse consolá-lo, Thomas passou uma mão por trás do pescoço de Nancy e a outra pela cintura, puxando-a para o beijo mais triste que ele imaginou dar. Nancy agarrou a camiseta dele, como se não quisesse deixar que o vento o levasse embora. Thomas queria que beijos como aquele no galpão abandonado se repetissem, mas não daquele jeito melancólico. Mas o que ele poderia fazer? Ele precisava dizer para Nancy o porquê ela tinha que ficar e não achou outro jeito além daquele.

Nancy teria adorado ainda mais aquele beijo se fossem em outras circunstâncias, pois toda vez que ela se afastava por causa do ar, Thomas a puxava para mais um ainda mais demorado que o anterior, como se não quisesse que ela saísse de lá. E ele realmente não queria. Em certo momento, Thomas também ficou sem fôlego e se afastou, mas ainda não tinha a soltado e deixou a testa dele encostada na dela.

The Cure For Our Scars《 MR: The Death Cure Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora