2.5 - MISSÃO CUMPRIDA...ou QUASE.

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xX Esse cap é especial de ação, espero que vocês curtam <3 deem feedback. Boa leitura Xx


HARLEY 

No dia seguinte, Nyssa respondeu a mensagem. Deveríamos encontrar seu pai numa rua não tão distante do hotel, no meio da noite. Nós fomos andando, sem falar muita coisa ainda uma com a outra. Ao chegar no local, já havia um segurança no carro negro aguardando estacionado, ele fez questão de nos desarmar pegando minha deagle e a glock da Pamela.

Entramos no Audi preto e sentado no canto esquerdo do banco de trás, de couro negro, estava Ra's al Ghur com o olhar fixado na janela, as pernas cruzadas em seu terno elegante e importante e sapatos sociais lustrados. O cabelo estava úmido e a barba como sempre bem feita. 

- Boa noite, queridas - saudou com o sotaque característico. Saudamos de volta e ele com calma nos fitou - fiquei sabendo que cumpriram a missão que lhes foi concedida. Quero saber onde está a cabeça dele?

Eu e Pam nos entreolhamos com confusão, ele estava sendo metafórico ou falando ao pé da letra? Não dava para saber de um líder de uma gangue de assassinos. Engoli em seco.

- Senhor, desculpe, mas como assim? - perguntei de volta franzindo o cenho.

- Ora, eu mandei vocês acabarem com ele. Onde está a cabeça? - voltou a perguntar com casualidade, como se não fosse um pedido normal. Pensei que estivesse tudo certo para ele nos entregar aquela droga. Literalmente.

- Senhor, com todo o respeito, nossas instruções foram de finalizar o homem, não decapitá-lo... - expliquei gesticulando com as mãos e olhei Pam. Seu olhar dizia que ela estava receosa, tanto quanto eu. 

O homem suspirou lentamente, o que me deu calafrios. 

- Bom, então terei de matá-las - o homem anunciou erguendo a mão esquerda para cima. Repentinamente as portas foram abertas com um homem do lado de fora mirando nós duas com uma pistola parecida com minha Desert.

Meu desespero era tanto que não conseguia esconder de meu semblante ou de minha voz. 

- Senhor, acho que houve uma falha de comunicação aqui, podemos conversar civilizadamente? - indaguei receosa.

- Onde está o cadáver? - retrucou num tom era ríspido, ele próprio apontou uma arma para minha frente.

Mesmo que estivéssemos brigadas, instintivamente, coloquei meu corpo mais a frente do banco, servindo de escudo para Pam. Senti sua mão sob a minha, entrelaçando os dedos, com medo do que viria a acontecer. Já sentia a minha garganta queimando de tanto engolir em seco. Estávamos praticamente desarmadas e em plena desvantagem, se ele quisesse nos matar, com certeza mataria.

- Nós já demos fim a ele, senhor - menti rapidamente, usando minha lábia naturalmente - não há com o que se preocupar. Ele está em algum lugar do oceano nesse exato momento.

Não sei porque dei essa desculpa, mas foi a única que veio a minha cabeça naquele momento. Alguns segundos agonizantes de silêncio se fizeram deixando-me completamente angustiada, até ele finalmente se pronunciar.

- Perfeito - o homem proferiu abrindo um sorriso lentamente - passaram no teste. 

Não disfarcei meu alívio ao sentar as costas sob a poltrona de couro, soltando um longo suspiro.

- Era um teste? - a ruiva perguntou incrédula. O homem assentiu, nos olhando com certa admiração.

- Claro, queria ter certeza que eram confiáveis, agora que tenho certeza, irei dar-lhes o que necessitam. Acertaremos o contrato amanhã - explicou e assentimos - agora saiam do meu carro. 

Sequestro Relâmpago - HarlivyOnde histórias criam vida. Descubra agora