Sequestro Relâmpago - Harlivy

2.6 - NOVAS ORDENS

xX Fala galerinha! Que saudades :3 espero que não fiquem chateados por eu não postar na mesma frequência, estou tentando relaxar mais nessa quarentena e tá um pouco complicado pra mim já que ela vem me afetando. Então pra ser honesta, vou diminuir o ritmo um pouco. Já tenho feito isso nas outras histórias, mas não se preocupem, eu jamais vou deixar de postar pra vocês ou parar a história no meio, só preciso de um tempinho pra mim. Espero que curtam, beijos e até mais! Boa leitura Xx

HERA

Já era bastante tarde quando chegamos ao hotel, exatamente às dez horas da noite. Ra's al Ghur ficou grato pela escolta, mas ainda assim estava furioso conosco pela situação e disse que mais tarde enviaria Nyssa para conversar sobre os negócios. Concordei com tudo que ele disse porque estava desesperada demais pensando na Harley.

Subi para o meu quarto assim como combinamos que seria caso acontecesse algo que tivéssemos que nos separar. Tranquei a porta e comecei a caminhar de um lado ao outro inquieta, meu coração batia tão frenético como um tambor. Como fui capaz de fazer isso? Como fui sequer capaz de abandoná-la? 

Se eu a perder... Deus! não terei como continuar com essa loucura sozinha!

Sem perceber, peguei-me soluçando e chorando compulsivamente. Tentei respirar fundo e me acalmar, só que não tinha como. Era loucura! Eu deixei a Harley para trás, meu Deus, sinto-me completamente culpada...Respirei fundo, talvez um banho melhore meu estado. Fui até o banheiro e deixei a água morna fazer isso por mim. Ainda sim, não conseguia parar de pensar...

Olha onde eu estava agora?! Em meio a uma loucura que eu não tinha como sair, participando de um plano tão merda que eu nem sei como fui concordar com isso. Estou lutando pela minha vida, mas agora que ela ficou para trás por que sinto que estou sendo egoísta? Por que sinto que nada fará mais sentido se eu não tê-la comigo? 

Sentei-me na cama, colocando as mãos sob a cabeça. O sentimento de culpa e o peso na consciência eram meramente esmagadores. Eu queria poder voltar naquela decisão de horas atrás e poder dizer que enfrentaria eles ao seu lado, não importa o quão teimosa e protetora ela fosse. Deus, eu sou tão estúpida!

- Pam, sou eu! 

Ouvi a voz da loira na porta e fui praticamente correndo até lá. Abri e ela finalmente entrou abraçando-me com força. Nem liguei se ela estava suja ou não, apenas retribui com tanta intensidade, que chegava a doer. Era tanto alívio ela estar viva. No entanto, ela se afastou fazendo uma careta. 

- Está tudo bem com você? Não se feriu, não é? - indaguei procurando por sangue em suas roupas, passando a mão em sua barriga involuntariamente. Sua jaqueta de couro estava suja, havia sangue e um rasgo em suas costelas - vamos tratar disso - apontei e ela sorriu de lado assentindo.

- Sim, mas está tudo bem agora - ela disse e voltei a mirá-la - vou tomar um banho. Já volto. 

Ela deixou a arma sob a cabeceira da cama e moveu-se até o banheiro. Eu tranquei a porta  do quarto e esperei na cama. Depois de alguns minutos voltou até o quarto enxugando os cabelos loiros na toalha vestindo apenas um top e jeans. Era perceptível o estrago que o corte fez, parecia superficial, mas era longo. Se estendia do peito até o fim do quadril.

- Você pode pegar para mim aquela caixinha ali? - ela apontou o armário do outro lado, levantei-me e peguei a caixa metálica. Abri encontrando ataduras, gazes, band-aids, algodão, pomadas de todos os tipos e alguns analgésicos.

- Precavida - elogiei sorrindo de canto. Fui até a cama onde ela já se deitava com umas caretas de dor - está doendo onde?

- Tudo - ela respondeu divertida e sorri de lado, negando.