Deixo Any em frente ao prédio dela.
Tive que ir ao banheiro me aliviar depois que Jaden nos interrompeu, mas ainda sim estava duro. Com tesão. Doido pra me enterrar nela e mostrar, com ações, como ela me deixava maluco.
— Então...vou indo.
Ela diz sem olhar para mim. Any não me olhou muito desde que entramos no carro para eu trazê-la.
— A gente não ia sair para comer?
Vejo ela tentando pensar em uma resposta e acho graça.
Ela está tímida. Eu entendo, eu a ataquei igual a um leão no cio.
— Eu...eu não estou com fome.
Ela diz mexendo no bolso do macacão.
Desligo o motor e me viro para ela sem dizer nada.
Ela demora quase um minuto e meio pra finalmente olhar para mim.
— Você ficou assim quando Noah te beijou?
Pergunto sem mais nem menos.
— Que? Por que estamos falando de Noah?
— Quero saber se você ficou assim quando ele te beijou. Pelo que vi hoje, você estava normal com ele. Preciso esperar mais alguns dias ou o que?
Sei que não tô sendo muito gentil, mas não consigo evitar.
Ela se vira para frente e começa a mexer em meu porta luvas. Observo a mão dela nervosa e me pergunto se isso é uma característica de comportamento.
Logo me xingo por pensar isso.
Agora não, Josh.
— Não. Não fiquei assim.
Ela finalmente me responde.
— Então por que está estranha comigo?
— Porque o seu foi diferente, tá legal? Não chegou nem perto do dele.
— Diferente bom ou ruim?
Pergunto porque sinceramente não sei.
Ela suspira e fecha o porta luvas, voltando a mexer em seu macacão.
— Bom.
Any responde baixinho que se eu não tivesse tão concentrado nela, não ouviria.
Mas ouvi e o sorriso que se abre em meu rosto é incontrolável.
Ela me olha e solta o ar com força.
— Não se sinta, Joshua. Deve ser porque eu nunca fui beijada assim, sei lá.
— Também nunca beijei alguém assim.
Digo e é a mais pura verdade. Meus beijos eram normais. Quando eu ficava com alguma garota, eram beijos suaves, bons, modéstia a parte, mas normais. Com Any, a necessidade de sentir sua boca na minha era tanta que eu não controlei meus instintos. Não conseguia tirar minhas mãos dela, queria explorar tudo e mesmo assim parecia que não era suficiente.
Só de lembrar sinto uma dor latejante em meu membro e sei que terei que me aliviar de novo.
Ela me olha meio sem graça e eu acho fofo. As vezes ela parece tão durona e cheia de si mas, como percebi, na maioria das vezes ela é tímida e insegura.
— Bom, vou indo. A gente se vê na escola, na segunda.
Ela diz claramente querendo se livrar de mim logo.
É, parece que não vamos sair hoje mesmo.
— Ok, a gente se vê.
Digo e ela abre a porta. Quando fecha, ela se apoia na janela.
— Obrigada por...hm...hoje.
Abro meu sorriso mais convencido e respondo.
— Eu que agradeço.
Ele pisca os olhos e revira eles logo em seguida, saindo dali.
Any some de vista e eu dou partida no carro.
Não percebo que ainda estou sorrindo quando chego em casa.
(...)
Meu domingo é monótono e chato. Passei a maior parte do tempo jogando com meu irmão, o qual proibi de falar sobre ontem, e agora estou deitado em minha cama com meu fone de ouvido. Viro para o lado e quando olho para parede em que estava me pegando com Any ontem, abro um sorriso.
A gente se beijou. Ela me deixou tão excitado. Como nunca tinha ficado antes e mesmo querendo matar meu irmão ontem, hoje fico feliz de ele ter interrompido, porque sinceramente, não sei o que faria se ficasse mais tempo beijando-a.
Sei que minha mente já estava imaginando vários cenários enquanto eu atacava a boca dela.
Lábios macios. Convidativos.
Ela estava cheirosa mesmo tendo passado o dia trabalhando.
Terei que agradecer Margareth por me proporcionar esse dia magnífico.
Pensar em Marga me faz lembrar de minha pesquisa. Estou quase na metade e sinto uma pontada de culpa.
Eu me aproximei de Any por conta da pesquisa? Uma parte de mim nega mas a outra me pergunta que, se não tivesse pesquisa nenhuma, eu ainda estaria tratando ela com indiferença?
Não sei a resposta. Mas quero acreditar que não tem nada demais. A pesquisa foi só um pontapé, não estou com ela só pra tentar entende-la melhor. Não estou me aproveitando dessa proximidade.
Será que estou? Será que posso beijar o objeto do meu estudo?
Objeto Joshua?
Minha mente me pergunta indignada e eu sinto vergonha.
Não, claro que não. Não é objeto. É Any. Any Gabrielly. A garota que até a pouco tempo eu achava que era fria e irresponsável, mas descobri que ela é muito além disso.
Ainda quero descobrir mais. Quero concertar o relacionamento dela com a irmã. Quero entender o porquê o pai delas não querer falar com Any.
E isso vai muito além da minha pesquisa.
Vai mais além do que eu poderia imaginar.
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Trust | Beauany - (em revisão)
Fanfiction2° TEMPORADA NO PERFIL ❣️ Any Gabrielly é uma jovem um pouco problemática. Ela só quer que o ensino médio termine. Josh Beauchamp, por sua vez, é o oposto de Any. Ele tenta uma bolsa em Oxford, sua universidade dos sonhos. Mas, para que isso ocorra...