Idiota 백치

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Jang-mi

Após a aula, Eun me ofereceu carona e eu logo aceitei. Combinamos de tomar sorvete mais tarde, o que nos deixou animadas para colocar as conversas em dia, já que ela havíamos passado as férias distante uma da outra, o que é raro de acontecer, já que Eun praticamente se tornou da família ao passar até os feriados de ano-novo e natal conosco.

Ponho minha mochila na cama e vou ao escritório do papai, onde o mesmo se encontrava em uma ligação.

— Cheguei. — disse, sussurrando, para não atrapalhá-lo.

— Sente-se. — sussurrou de volta, encostando o telefone no ombro. — Certo. OK. Combinado, então! Até já, Sr. Ho. — meu pai encerra a chamada e se volta para mim, sorrindo. — E então? Como foi o primeiro dia de aula da minha princesinha?

— Até que foi legal, viu. — comentei, sorrindo de lado. — Matei só um tiquinho da saudade que eu tinha da Eun e apresentei a escola pra um aluno novo à mando da Srta. Lee.

— Uou, quanta responsabilidade, ein? — aceno para ele, concordando. — Te chamei pra conversar porque vamos jantar fora hoje. Pode ser?

—Tem algum motivo em especial?

— Nenhum. É à convite do meu chefe, você não o conhece ainda, será uma oportunidade legal!

— Ah, sim. Então tudo certo. Tenho que estar pronta de que horas?

— Às 19hrs. Sem atrasos! — ele cerra os olhos — Da última vez que saímos, o restaurante quase estava fechando.

— Aí, pai! Não exagera! — faço uma cara dramática para ele.

Rimos e fui ao meu quarto, decidir a roupa de hoje.

Hueningkai

Sentado num pufe no canto do quarto, com o corpo jogado e o dedo deslizando a tela no meu celular, recebo uma ligação que me fez bloquear o aparelho em minhas mãos e bufar. De novo essa menina?

Como esperado, a porta do meu quarto é escancarada sem a minha autorização e uma Jina brava passa sobre ela, me fazendo revirar os olhos.

— Recusando minhas ligações de novo?

— O que você quer, Jina? — levanto do pufe, ignorando a presença da garota irritada no meu quarto.

— O que eu quero? Isso são modos de falar com sua noiva quando ao menos você nem me deu satisfações de que voltou da Califórnia? — ela altera o tom de voz comigo.

— Olha, vem cá, quantas vezes eu já falei pra você que eu não devo satisfação nenhuma da minha vida, porque esse noivado não passa de puro interesse financeiro entre a empresa da sua mãe e a do meu pai? — me irrito, mas não repito a alteração dela.

— Se ao menos você tentasse colaborar para que isso desse certo, seria mais fácil. — Ela se senta sobre a minha cama, cruzando os braços.

— Já disse que só precisamos nos dar bem na frente deles. Qual a dificuldade de entender isso, Jina? A gente nem sente nada um pelo outro mesmo. E será mesmo que sou eu que não colaboro para que isso dê certo? Ou é você que fica com essas crises de ciúme do nada?

— Não quero ter que dar explicações para você também, quando eu claramente já deixei evidente que queria tentar, sim, ter algo com você. Para você ter uma ideia do que é estar no meu lugar, as pessoas hoje estavam me perguntando se tínhamos rompido o noivado porque não nos viram juntos na escola e você estava de conversinha com uma garota pelos corredores.

— Pelo amor de Deus, ela só estava me apresentando a escola porque a srta. Lee tinha mandado! - coloco as mãos sobre a cabeça, andando pelo quarto - Sei que errei ao não ter dado a impressão certa para os outros, mas isso não vem ao caso, o que você está fazendo aqui?

— Sua mãe me convidou para um jantar de negócios hoje. — diz, convencida.

— Ah, claro. E você tem que estar presente como minha noiva? — pergunto, irônico.

— Vou me retirar, não aguento essa sua presença tóxica. — ela sai, dando uma batida na porta.

Que garota insuportável.

Taehyun

Estou sentado sobre a cama com o videogame nas mãos enquanto um Hueningkai reclamão está ao meu lado.

— Nossa você tinha que ver o modo como ela sutou e agiu como se tivesse alguma autoridade sobre mim! — ele confessa, bufando.

— Cara, relaxa! Você quer um suco? — ofereço e ele recusa. — Não esquenta a cabeça com a Jina, todo mundo sabe que ela só quer atenção.

— O pior é que eu não posso ser muito severo com ela porque minha família gosta muito dela e, pô, eu cresci com a Jina! Eu sei que isso machuca muito ela.

— Entendo. Depois do casamento melhor... ou não. — solto uma gargalhada e ele serra os olhos pra mim, partindo para cima com um travesseiro.

O quarto agora está emanado de risos altos e escandalosos. Ficamos cansados e ofegantes depois de tanto brincar.

— Sabe o que eu estava pensando? — solto, de repente.

— No quê? — meu amigo me pergunta, curiosos.

— Depois de concluir o ensino médio eu quero servir.

— Nunca tinha parado para pensar nisso antes, mas por que essa ideia repentina? — diz, Kai, pegando duas garrafas de água no freezer.

— Achei que seria legal fazer parte do exército, tô precisando pegar uns músculos. — mostro o meu bíceps falhado e ele quase se engasga com a água. — Brincadeiras a parte, porque isso eu consigo consertar com academia, mas em geral é que eu gostaria de esvaziar a minha mente um pouco, sabe? Passar um tempo longe da família, porque as coisas aqui em casa não andam muito bem, desde que descobriram que eu perdi o Suneung.

— Por que você não tenta uma Eurotrip? — sugere ele.

— Seria uma boa! Mas papai nunca deixaria eu viajar o mundo sem ter nenhum compromisso ainda, tipo, faculdade. Por isso pensei que o exército será uma boa desculpa.

— Você pensa demais, Tae! Mas ó, vou sentir saudades, hein? Fala com a gente pelo grupo todos os dias quando pegar no celular, por favor! — implora, ele.

— Claro que eu não vou deixar de falar com vocês, né, bobão!

Kai me abraça, nos balançando e recebe uma ligação do seu pai, pedindo sua presença em casa para um jantar que teria mais tarde. Nos despedimos e ele se retira da minha casa

MIMADO | Hueningkai Onde histórias criam vida. Descubra agora