O quê? 뭐?

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Jang-Mi

Pela janela do carro, avistei uma imensa casa na qual era tomada por iluminação e cores delicadas, como se fosse tudo estrategicamente planejado e bem feito. Ao sair do cenário reluzente, ouvi batidas vindo do lado de fora do carro, e ineditamente papai abre a porta, dizendo:

— Querida? Chegamos.

Desci do veículo, vendo meu pai dar a chave para um funcionário da casa estacionar seu carro, e fico abismada ao me dar conta da realidade do seu patrão.

Fomos recebidos por uma moça, cujo caráter era dócil e ela se mostrou simpática conosco. Estava me divertindo muito com todo aquele tratamento, até que ela nos acompanha para a sala de estar, onde se encontrava o Sr. Kai e sua esposa, o qual cumprimentam eu e meu pai.

— Jae-Ho! Que imenso prazer recebê-lo esta noite. — diz o Sr. Kai, se levantando do sofá para vir abraçar meu pai, dando batidinhas em seu ombro.

— O prazer é meu Sr. Não sei como retribuir todo o favor que vem fazendo por mim e pela minha família, somos imensamente gratos! — papai diz, dando um sincero sorriso.

— E você? É a Jang-Mi, não é mesmo? Seu pai me fala muito sobre você. Que admirável vê-la pessoalmente. — o homem vem a minha direção, estendendo sua mão direta para eu cumprimentá-lo.

— Quanta gentileza da sua parte, Senhor! É o mínimo que posso fazer depois de ter se oferecido a me dar uma bolsa de estudos na Branksome Hall Asia. Obrigada por ter visto potencial em mim, prometo honrá-lo no futuro da minha carreira — me curvo diante dele.

— Imagina! É o mínimo que posso fazer após seu pai me dizer que você era aluna destaque na escola anterior, e pelo visto está sendo nessa também! Seus professores falam muito bem de você e seu comportamento. — ele se vira para o meu pai — Parabéns por educá-la tão bem sozinho.

A energia positiva que aquela casa emanava não poderia ser descrita, sua esposa, a srta. Nabi era um pouco tímida e se aproximava apenas para dizer uma palavra ou outra, mas estava sempre sorrindo.

Ele nos convidou para sentar à mesa, e assim que os pratos começaram a chegar, escuto barulhos de salto ecoando pela casa, se aproximando de nós e mostrando uma garota que aparentemente teria a mesma idade que eu e segurava uma bolsinha preta para combinar com seu salto e vestido.

— Desculpe o atraso, sogrinha. — a menina disse, logo mostrando um bico para a srta. Nabi.

— Imagina! Queridos, essa é a Jina, ela é a minha nora. — diz a srta. Nabi, sorrindo delicadamente.

Jina se curva brevemente diante de nós, voltando a atenção para seus sogros.

— Por que ele não aqui? — consigo escutar a garota sussurrar. Se tem uma coisa que ela pode ser eleita como péssima, essa coisa é disfarçar.

— Ah, verdade! — diz o sr. Kai, fechando os olhos, como se demonstrasse decepção. — Desculpe Jae-ano e Jang-mi, meu filho tem certos problemas de atraso, mas não irá se repetir.

— Imagina, sr. Kai! Ele está na casa dele. — Diz papai, tentando aliviar a tensão que se instaurou na mesa ao estar faltando apenas uma cadeira ocupada para começarmos o jantar.

O sr.Kai estende seu indicador, e num estante, um dos seus empregados chega e ele diz:

— Vá chamá-lo.

O moço assente e rapidamente sai da sala de jantar, trazendo consigo alguém que burrava, mas logo se prostrou diante da mesa.

— Olá senhores, perdão pelo atraso, eu me chamo Hueningkai.

Minha cabeça que antes estava abaixada, enquanto eu olhava distraída para o prato, levanta ao reconhecer aquela voz e avistar o dono dela.

Não.

O novato de hoje mais cedo?

Ao perceber o meu choque e não conseguir tirar os olhos de Hueningkai, ele me vê e sorri, acenando e dizendo:

— Nos encontramos de novo, Jang-Mi? Que sorte a minha. — diz sarcástico, enquanto eu não consigo dizer sequer um "a".

— Vocês se conhecem? — pergunta o seu pai, apontando para ambos.

— Por incrível que pareça, sim. Acredita que ela é representante de classe e foi a mesma quem me apresentou o colégio?

— Que maravilha! Bom, podemos comer! — diz a srta. Nabi, e todos nos prostramos a comer.

📎📎📎

O jantar estava realmente sem defeitos. Já era hora da sobremesa, e assim que parto um pedaço do pudim e coloco na boca, sou imobilizada com o olhar de Kai que estava a minha frente.

O desconforto invade o meu corpo mais uma vez essa noite, porque desde que ele chegou, tenta olhar disfarçadamente, porém falhando, e dando sorrisinhos que deixavam uma Jina enciumada fervendo de ódio ao seu lado.

Nossos pais nos deram um espaço para conversarmos, com a desculpa de "Apresente a casa para ela, Hueningkai", segundo seu pai.

— Não vai embora, não? — pergunta o garoto, praticamente jogado sobre a poltrona da sala, enquanto eu estava tentando ter a postura mais ajustada possível diante deles.

— Vou dormir aqui hoje. — Jina responde, ainda me fuzilando com o olhar.

Ao ouvir, ele revira os olhos e pega o seu celular, rolando o feed como se estive entediado. Jina, com uma expressão brava, sai da sala, subindo as escadas e pedindo para uma das mulheres que trabalhavam naquela casa preparar seu banho, já se passava das 23 horas.

— Desculpa por isso, não me dou muito bem com ela. — diz ele, voltando a sua postura original na poltrona.

— Você não me disse que namorava. — comentei baixinho.

— Ela não é minha namorada, e sim noiva. — senti o choque ao ouvir aquelas palavras. — E não se preocupa, ela tem esse jeito amargo mesmo, isso é o que mais detesto nela.

— Bom... então por que está com ela? — pergunto, tentando não soar invasiva.

— Você sabe... negócios de família. A verdade é que eu não vejo a hora de Jina cometer um deslize para eu usar de desculpa parar romper esse casamento. Não aguento mais toda essas regras e principalmente lidar com ela.

— Tenta conversar com ela. Quem sabe vocês não viram pelo menos amigos nesse processo? — sugeri.

— Você acha que eu não já tentei? Mas ela não quer acordo. É difícil de se explicar, você não entenderia.

— Tudo bem. — de alguma forma, tocar naquele assunto era um ponto sensível para ele, então o respeitei.

Ouço o barulho da porta do escritório se abrindo e meu pai sorri pra mim, entendi que chegara a hora de voltarmos para casa.

MIMADO | Hueningkai Onde histórias criam vida. Descubra agora