Capítulo 33

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Abro os olhos e Taz cai, com um tiro na cabeça, em minha frente esta a Maju, chorando muito e com minha pistola na mão.
Leticia: Meu! Por que você fez isso? - Falo me levantando e me aproximando dela
Maju: Ele era meu pai, se tinha alguém com o direito de fazer isso era eu. - Ela fala e desaba se ajoelhando ao lado do corpo de Taz.
PH: LETICIIIA!! - Ele entra arrombando a porta, CR e Manu entram atrás - Ouvi o disparo, você ta bem? - Ele olha e ve o corpo de Taz. - Você conseguiu, você matou ele!
Letícia: Não foi eu
PH: Como não? - Ele me olha confuso
Maju: FUI EU, EU MATEI O MEU PAI - Ela grita em lagrimas.
Letícia: Amor calma. - Me ajoelho do seu lado
Maju: Não manda eu me acalmar Letícia, era isso o que você mais queria, você queria tanto vingança, pronto esta vingada, ele esta morto. - Ela esbraveja
Leticia: Meu, eu queria sim, mas não queria que você fizesse isso.
Maju: E queria o que? Que você fizesse? Que você se igualasse a ele? Matar um homem desarmado, da mesma forma que ele fez com seu pai? - Ela tinha razão, se eu tivesse atirado, ia estar fazendo a mesma coisa que ele fez um dia, matando um homem desarmado em frente a filha. Eu sei que fazia muito isso de matar gente desarmada, mas não queria fazer desse jeito com ele, queria uma batalha justa, pra mostrar que eu era bem melhor.
Leticia: Mas e você não se importa de ter se igualado?
Maju: Não, no fundo eu sou como ele. Eu não sabia a vida que ele levava, mas agora que soube tudo o que ele fez e depois de eu ter feito isso. - Ela fala chorando e aponta pro corpo de Taz. - Vejo que sou igual.
Letícia: Não fala isso Maju, você não é igual ele.
Maju: Eu sou LETÍCIA, EU MATEI O MEU PAI . MEU PAI!- Ela grita e chora cada vez mais, decido não dizer nada, apenas a abraço.
Maju: Mas foi melhor assim né?! ele queria tanto me matar, matar minha família e até a mulher que amo. - Ela fala tentando se auto confortar e eu apenas a abraço forte e beijo sua testa, nem sabia o que dizer namoral.
Leticia: Manu, por favor, tira ela daqui e tenta acalma-la, eu tenho mais uma vingança pra concluir
PH: Que vingança?
Letícia: Da Taina e da Ana Clara, elas são as X9 do morro.
PH: A Taina? - Ele me olha surpreso
Letícia: A própria. Passa um radio pra Matança e vem comigo - Falo colocando o fuzil nas costas, a pistola na cintura e saio. Hoje acabo com toda essa palhaçada.

Procuramos ela por quase todo morro.
PH: Não sei mais onde procurar
Matança: Ja olhamos em tudo. - Eles falam e me lembro que só não fui no barraco abandonado, que eu ia com ela nas antigas.
Leticia: Sei onde elas podem estar, bora. - Ligo a moto. - Me sigam.
Fomos para o barraco, mas paramos a moto um pouco longe, pra não dar tempo delas fugirem se ouvissem a gente.
Vejo elas no barraco pela janela, Taina sentada em frente a Ana, consigo ouvir o que elas falam, mas não deixo que elas me vejam.
Taina: Eu entreguei a mina que mais amei pro pior inimigo dela, eu não sei o que eu fiz. - Ela respira fundo, olha pra cima e concluí. - Mas se não é pra ser minha, não vai ser de ninguém mesmo e foda-se.
Ana: Assim que se fala e quem sabe uma de nós, consegue ser a fiel do PH, com certeza ele vai assumir o morro agora que a outra la esta morta. - Ouço aquilo e meu sangue ferve ainda mais, faço sinal pro PH e a Matança se aproximarem, dou um chute na porta de madeira do barraco, que sem muita força ja abre.
Letícia: Sério mesmo que você achou que tinha conseguido Taina? - Entro com PH e Matança e elas me olham assustadas.

A dona do morro e a falsa patricinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora