Capítulo 23

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O dia foi suave hoje, voltei pra ativa e resolvi algumas pendências la do escritório e da boca. Agora tem baile pra comemorar a minha volta.
Cheguei no baile, lotadasso como de costume, quando eu cheguei os meninos colocaram seus fuzis pra cima e atiraram pro alto, fogos de bandida é assim mesmo haha muita gente veio falar comigo, tava mais famosa do que de costume. Dou um role pelo baile na rua e subo pro camarote, pego meu wisque e fico la com a Manu e os meninos.
Bianca: Chegamos! - Ela fala e me da um beijo no rosto
Leticia: Pensei que não vinham mais pô. - Falo e dou um selinho da Maju. - Nunca fui de ficar de selinho, nem de casalzinho, ainda mais em baile, mas com ela era diferente, ela fazia meu coração bater mais forte, não podia negar.
Manu: Quando vai assumir ela de vez? - Ela fala sussurando do meu lado
Leticia: Ja dei até selinho, como assumir mais do que isso?
Manu: Ta me zuando ne?! Pedindo pra ela ser sua fiel né Let, aceitar que foi laçada.
Letícia: Sei não mano, eu gosto pra caralho dela, mas não sei se quero perder minha liberdade e nem sei se ela é fechamento.
Manu: Lets, você quase morreu, passou por maior veneno e ela que estava la, não tem prova maior de fidelidade e fechamento, do que permanecer fiel a alguém quase morto. - Ela falou isso e vi que ela tinha razão, vou pensar nisso e ver como faço esse pedido.
Olho em volta procurando a Maju e vejo ela conversando com a Babi, decido ir até elas.
Babi: Que bom que chegou patroa, tava contando pra patricinha daquele dia que ela deixou o trabalho incompleto e eu terminei por ela. - O que deu nessa maluca mano?
Letícia: Ta chapando Barbara? Cala a boca!
Babi: Cala a boca por que? Teve até rapley. - Essa mina tava me tirando, me livrei da Fernanda, pra encontrar uma pior.
Letícia: Mano cala a porra da boca! - Falo com ódio.
Babi: Maju? Esse seu nome né. - Ela fala olhando pra Maju, que acente com a cabeça. - Vou passar a real, todas mina Bi ou lésbica da quebrada ja passaram na mão da patroa, você é só mais uma. - Ela fala isso e Maju me olha com decepção.
Letícia: EU MANDEI VOCÊ CALAR A PORRA DA BOCA. - Grito e pego minha pistola da cintura apontando pra ela. - Seguinte Barbara, eu não vou deixar mais nenhuma maluca se meter no meu caminho pra atrapalhar minhas relações, então. - Faço sinal pro Menor se aproximar. - Leva ela pra sala da justiça e de um dia grátis no salão da quebrada.
Babi: Meu não faz isso por favor. - Ela fala desperada.
Leticia: Não queria atenção piranha?! Vai ter.
Maju: Leticia calma! Não faz isso com ela por favor, por mim, se é que eu significo algo pra você . - Ela fala assustada.
Letícia: Porra viu. - Passo a mão na cabeça. - Por você. - Falo olhando pra Maju e volto olhar pra Babi. - Você deu sorte que a mina é sussa, mas ta avisada, qualquer gracinha é poucas. Ela apenas acente e sai.
Maju: Então é isso? Essa é a solução pra tudo? Apontar uma arma? Raspar cabelo? - Ela fodia minha mente nas palavras
Letícia: Mano eu não raspei por você, então jaé
Maju: Mas você ia e pior apontou a arma pra ela sem pensar em todo mundo em volta que não tem nada haver. - Ela respira fundo e continua. - Eu vou embora, pra mim ja deu ficar aqui no meio de quem só resolve as coisas na bala.
Ela fala isso e simplesmente sai, me deixando na maior neurose e o que era pra ser comemoração, vira fiasco.
Bianca: Ei calma, não liga pra minha irmã, ela não bate bem. - Ela fala e ri
Letícia: É complicado pequena, bem complicado. Acho que vou embora também.
Bianca: Posso pedir uma carona? Sou sua vizinha e minha irmã saiu e nem lembrou que eu tava com ela.
Letícia: Jaé. - Falo e seguimos para minha moto e logo chegamos em casa. - Entregue
Bianca: Obrigada. - Ela faz uma pause e concluí. - Putz to sem chave. E ninguém ta atentendo. O que eu faço agora?
Letícia: Bom quer dormir aqui? Tenho quarto sobrando.
Bianca: Ai eu aceito, muito muito obrigada.

A dona do morro e a falsa patricinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora