Capítulo 3

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Maju

Maju: Você sabe que não vamos né? Não vou pisar la no morro, não tenho preconceito, mas é perigoso né. - Falo assim que a tal de Letícia entra no carro
Amanda: Vamos sim, não tem o que temer, quero balançar a raba e dizem que o baile de la é o melhor e se você não for vou ficar muito chateada de verdade, você nunca vai comigo.
Maju: Caramba Amanda, que saco. - reviro os olhos. - Ta bom, mas vamos embora cedo
Amanda: Ta bom. - Ela fala animada e me abraça.

...

A noite chegou e aqui estávamos nós, um cara não deixou a gente passar, mas logo a menina da praia desceu.
Letícia: Patricinha no morro pra mim é novidade
Maju: Qual é meu? Quer que vamos embora nós vamos. - Falo e puxo a Amanda
Letícia: Calma fia, não quero que vão não, mas o povo do lado nobre, não é muito de subir pra ca
Amanda: Só se for os que você conhece né, nós estamos direto, só não nesse. Queremos sua amizade e talz, mas eai, vai deixar a gente subir ou vai ficar embassando?
Letícia: Pode subir sim. - Ela fala, sobe na moto e faz sinal pra eu subir
Maju: Não não não, de jeito nenhum eu subo nisso. - Nunca gostei de motos, não ia subir, ainda mais naquela enorme
Letícia: Ooo gata me ajuda a te ajudar, o baile é longe, sobe ai que sua amiga vai com meu parceiro
Maju: Não não. - Não ia nem ferrando
Leticia: Beleza, então sobe a pé e chega la de manhã. - Fala ligando a moto
Amanda: Espera! Para frescura Maria Julia e sobe nessa moto, porque eu não vou a pé nem fodendo. - Ela fala me encarando. Reviro os olhos e subi na moto, mesmo contra minha vontade, mas era isso ou ouvir a Amanda reclamar por uma vida.

Chegamos no baile estava muito cheio, a Letícia levou a gente pra uma casa, com uma área de frente por baile, que disse que era o camarote dela e eu danço um pouco e depois bebo o wisque que ela me deu
Letícia: Eai patricinha ta curtindo o baile? - Ela fala e da um gole na cerveja
Maju: To sim, nunca tinha vindo em um. - Dou uma olhada em volta, apesar de eu nunca ter ido em um baile de favela, até que estava legal
Letícia: Imaginei, patricinha não cola na favela. - ela fala e da risada
Maju: Não sou patricinha, apenas não conhecia baile. - To me irritando com ela me chamando de patricinha toda hora
Leticia:E o que mais não conhece que eu possa te apresentar?
Maju: Ah sei la, fala algo e eu digo se ja fui ou fiz. - Falei encarando a mesma
Letícia: Ja pegou mulher? - Ela me pergunta sem rodeios
Maju: Uma vez.
Letícia: Quer pegar outra?
Maju: Depende quem é essa outra? - Falo e confesso que sabia e queria que fosse ela, ela era gatinha
A resposta dela foi um beijo, ela me beijava enquanto apertava minha cintura e eu a nuca dela, senti meu corpo ferver e ela me puxou pra dentro da casa, em um quartinho que tinha la.
Maju: Ta doida? Vamos voltar pra la. - Arrumei meu vestido, enfim a voz da consciência falou
Ela se aproximou de mim e apertou minha cintura e falou no meu ouvido
Letícia: Você realmente quer voltar?
Eu não sei se era o efeito do alcool, mas não sei o que deu em mim, mas não respondi nada e apenas a beijei, um beijo quente, ela logo levantou meu vestido e pegou na minha bunda, fomos interrompidas pelas batidas na porta.

Manu: Letícia ta ai?
Ela fez sinal de silêncio pra mim
Manu: Leticia abre a porra dessa porta, que eu sei que você esta ai e ta tendo briga por sua causa la em baixo.
Leticia: Caralho viu. - Fala ajeitando a roupa e abre a porta
Manu: Desculpa atrapalhar, mas a Taina ta no meio da briga.
Letícia: Puta que pariu, vambora. - Fala e olha pra mim. - Desculpa gata, mas depois continuamos.
Foi Deus que enviou essa menina pra chamar ela, me impediu de fazer uma besteira que ia me arrepender depois, até porque provavelmente nem ia valer a pena, mulher não deve saber fazer tão bem mesmo. - Arrumo meu vestido e saio do quarto, chamo a Amanda, falamos com o cara que nos levou e pedimos para ele nos levar embora, ele chama um outro cara e assim faz.

A dona do morro e a falsa patricinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora